setembro 2, 2024
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Cidades menos saneadas carecem de investimentos, vontade política e capacidade técnica | Saneamento

Cidades menos saneadas carecem de investimentos, vontade política e capacidade técnica | Saneamento
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A falta de acesso à água potável impacta quase 32 milhões de brasileiros, e cerca de 90 milhões ainda não têm acesso à coleta de esgoto, fatores que resultam em problemas de saúde e mortalidade infantil. As regiões Norte, Nordeste e Sudeste concentram as cidades com pior desempenho no Ranking de Saneamento 2024 do Instituto Trata Brasil, que analisou os indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) para 2022, das 100 maiores cidades do país.

Os dados mostram que o Brasil ainda está muito longe da meta de universalização, estabelecida para 2033. Em comparação ao ano anterior, a coleta de esgoto aumentou de 55,8% para 56%, enquanto o tratamento aumentou de 51,2% para 52%. 0,2%. Isso equivale a mais de 5.200 piscinas olímpicas de esgoto não tratado despejadas na natureza todos os dias.

Ao analisar os dados é possível observar uma clara correlação entre o volume de investimentos e os avanços nos indicadores de saneamento das cidades. Segundo o Plano Nacional de Saneamento (Plansab), o nível mínimo de investimento deveria ser de R$ 231 por habitante. Porém, entre as 20 piores cidades da lista, a média foi de R$ 73 por habitante; entre os 10 piores, esse valor cai para R$ 48, representando apenas 21% do mínimo necessário para a universalização em 2033.

Gesner Oliveira, da GO Associados, afirmou que a desigualdade regional pode ser explicada por uma combinação de fatores históricos e estruturais. “O país sempre teve uma distribuição desigual dos investimentos em infraestrutura, concentrados no Sudeste e no Sul, que se tornaram mais desenvolvidos economicamente. Desde o período colonial, e mais tarde, com a industrialização, que favoreceu a construção de redes de abastecimento de água e de esgotos”, disse.

Gesner também mencionou que se o país quiser alcançar a universalização até 2033, o investimento anual precisará mais que dobrar, passando de R$ 22 bilhões para R$ 47 bilhões.

“No caso desses municípios, por terem indicadores muito defasados, investir pouco dificulta muito o alcance das metas. Mais investimentos trazem melhorias nos indicadores”, disse Luana Pretto, presidente do Instituto Trata Brasil. “O tratamento de esgoto é o principal desafio a ser superado. Temos menos de 10 anos para universalizá-lo, mas ainda assim, cinco capitais do Norte e três do Nordeste não tratam nem 35% do esgoto gerado. eleições municipais é preciso colocar o saneamento no centro das discussões”, acrescentou Pretto.

Percy Soares Neto, sócio da Ikigai Consultoria e especialista em saneamento, disse ao Valor que, além de investimento, é preciso vontade política para enfrentar o problema. “É preciso ter um bom operador, acompanhado de um bom regulador para acompanhar o investimento.” Outro ponto importante é a qualidade da modelagem do leilão. “O Piauí iniciou um processo com diversas dúvidas sobre o modelo e nenhuma operadora se interessou em prestar o serviço lá. A decisão política precisa estar associada a uma boa área técnica”, afirmou.

No Estado do Rio de Janeiro, com quatro cidades entre as 20 piores (Belford Roxo 96º, Duque de Caxias 95º, São Gonçalo 94º e São João de Meriti 89º), a estatal Cedae é responsável pela produção de água. Porém, as redes de distribuição, coleta e tratamento de esgoto foram privatizadas em 2021 e transferidas para três concessionárias privadas: Águas do Rio, Iguá e Rio+Saneamento.

Ao Valor, a Cedae afirmou que investirá mais de R$ 5 bilhões nos próximos quatro anos para aumentar e modernizar sua capacidade. “O avanço nos serviços de água e esgoto depende da rede privatizada desde 2021. Nos municípios onde a Cedae mantém serviços, trabalha para a universalização até 2033”, declarou a empresa.

No Pará, onde três cidades estão entre as piores (Santarém 98, Belém 93 e Ananindeua 90), a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) disse ao Valor que conseguiu, junto ao BNDES, empréstimo de R$ 314 milhões para as obras do Tratamento de Bolonha Estação, principal sistema da Região Metropolitana de Belém, que beneficiará cerca de 1,5 milhão de pessoas. “A Cosanpa contratou um empréstimo de US$ 125 milhões com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para viabilizar um projeto que beneficiará dois milhões de pessoas em Belém, Ananindeua e Marituba”, afirmou.

Procuradas, as empresas Caerd (Porto Velho-RO), Equatorial CSA (Macapá-AP), Saerb (Rio Branco-AC), Cagece (Juazeiro do Norte-CE) e Aegea (da concessionária Águas do Rio) não retornaram pedidos de entrevista.

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