setembro 19, 2024
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Desaceleração chinesa afeta investimentos no setor mineral | Mineração

Desaceleração chinesa afeta investimentos no setor mineral | Mineração
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A desaceleração da economia chinesa derrubou os preços do minério de ferro e os agentes de mercado não trabalham com a perspectiva de valorização no curto prazo, o que impacta nas decisões de investimento. No início de setembro, o preço do minério entregue nos portos de destino na China, como Dalian, estava abaixo dos 100 dólares por tonelada, uma redução de cerca de 55% face ao recorde de 220 dólares por tonelada alcançado em 2021.

“Há muitas incertezas em relação ao crescimento econômico chinês e, consequentemente, em relação ao consumo de aço, o que impacta diretamente os preços do minério de ferro”, afirma Jayme Nicolato, CEO da Mineração Morro do Ipê. As perspectivas não são positivas. “Não há sinais de que a procura chinesa aumente significativamente num horizonte de um ou dois anos. Portanto, a projeção média do mercado é que o minério de ferro permaneça no nível atual”, afirma o consultor Afonso Sartorio, da EY Brasil.

A China importa cerca de 74% da oferta global de minério de ferro para complementar a sua própria produção. O minério abastece siderúrgicas que produzem cerca de 1,1 bilhão de toneladas de aço por ano, mais da metade da capacidade de produção mundial. Nos últimos 12 meses, esta produção superou em quase 100 milhões de toneladas a capacidade de consumo do país, dada a dificuldade do país asiático em manter a expansão planejada de suas atividades de construção e industriais.

Mineradoras com custos elevados podem enfrentar dificuldades”

—Ana Sanches

O patamar de US$ 100 por tonelada de minério de ferro é considerado referência no setor. Preços mais baixos tendem a inviabilizar operações de mineração que exploram jazidas com baixo teor de ferro ou reduzida viabilidade logística. “Um preço em torno de US$ 100 por tonelada é economicamente sustentável para mineradoras com operações eficientes e custos baixos, mas mineradoras com custos elevados podem enfrentar dificuldades”, afirma Ana Sanches, CEO da Anglo American no Brasil.

Sanches avalia que os grandes players do Brasil e da Austrália não deverão ter dificuldade em manter a produção e a oferta estáveis, mas o preço atual pode desencorajar novos investimentos em expansão ou em projetos com menor viabilidade econômica, o que pode, no médio prazo, limitar a oferta. O produtor brasileiro, porém, tem uma desvantagem em relação ao australiano, que é o custo logístico, devido à maior distância da China. O frete transoceânico entre os portos de Tubarão, no Espírito Santo, e Qingdao, na província de Shandong, no leste da China, está perto de US$ 30 por tonelada. “É um valor superior às médias históricas”, afirma Nicolato.

A Mineração Morro do Ipê, cujos acionistas são os grupos Trafigura e Mubadala, concluiu recentemente um investimento de R$ 1,3 bilhão para a implantação da mina Tico-Tico, em Brumadinho (MG). A nova mina, que deverá concluir o processo de ramp-up de produção até o final do ano, aumentará em 3,5 milhões de toneladas (mt) de minério por ano a capacidade de produção da empresa, realizada na mina de Ipê, para 9 mt. . anualmente em 2025.

A Tico-Tico produzirá “pellet feed”, minério em partículas finas, com alto teor de ferro e não utilizará barragens de rejeitos. “É um produto premium, de alto valor agregado, de alta demanda, que protege nossas operações em relação às oscilações do mercado”, afirma Nicolato. Atualmente, a China é o principal destino da produção do Morro do Ipê. Com a nova produção, a empresa espera atender também clientes na Europa e no Oriente Médio.

Os investimentos programados em exploração e extração de minério de ferro no Brasil totalizam US$ 17,27 bilhões entre 2024 e 2028, segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). O valor representa uma pequena expansão, de 2,1%, em relação ao previsto para o quinquênio 2023 a 2027. Praticamente não há previsão de novos projetos, apenas a execução de ampliações já contratadas, refletindo a situação desfavorável da commodity .

Os projetos em andamento que vão gerar a maior expansão da capacidade produtiva do país são da Vale, que este ano pretende atingir a margem superior do seu guidance de produção entre 323 milhões e 330 milhões de toneladas. A empresa promove expansão de 15 milhões de toneladas por ano na mina de Vargem Grande, em Nova Lima (MG), com entrada em operação prevista para o final deste ano, e aumenta a capacidade da mina de Capanema, em Santa Bárbara ( MG), em 15 mt por ano. , previsto para meados de 2025.

Até 2026, está prevista a conclusão do projeto de expansão de 20 mt/ano da mina S11D em Canaã dos Carajás (PA), que adicionará capacidade de 120 mt por ano. A projeção da empresa é que a produção ultrapasse 360 ​​toneladas em 2026.

Em fevereiro, a Vale e a Anglo American assinaram um acordo em relação aos ativos do Sistema Minas-Rio, entre os municípios mineiros de Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas, e os recursos minerais adjacentes de alto teor de ferro da Vale nas montanhas. da Serpentina. Pelo acordo, que ainda aguarda aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a Vale terá uma participação de 15% no Minas-Rio, que continuará sob controle e gestão da Anglo American.

O Sistema Minas-Rio, por sua vez, integrará os recursos de 4,3 bilhões de toneladas de minério de ferro de Serpentina. As duas empresas ainda não divulgaram o projeto de exploração da reserva. “A integração dos recursos minerais de Minas-Rio e Serpentina oferece potencial para dobrar a produção atual, mas a decisão ainda depende de avaliação da Anglo American e da Vale, seguindo os termos do acordo”, diz Sanches.

A atual capacidade de produção do Minas-Rio é de 26,5 milhões de toneladas, e o guidance de produção em 2024 está entre 23 milhões de toneladas e 25 milhões de toneladas. A Anglo American planeja investir R$ 11,5 bilhões entre 2024 e 2028 no projeto. A principal ação no momento é a instalação de uma planta de filtragem de resíduos, que tem investimento previsto de aproximadamente R$ 5 bilhões. O sistema utiliza tecnologia de filtragem a vácuo, com separação de água, que será reaproveitada no processo produtivo do Minas-Rio, e tem potencial de reduzir em 85% o lançamento de rejeitos na barragem.

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