A expressão em inglês dificulta a compreensão. Mas só de saber que “cashback significa “dinheiro de volta” torna a conversa interessante. Na prática, o conceito nada mais é do que a devolução ao consumidor de parte do valor gasto na compra de produtos, na realização de transações financeiras e no pagamento de impostos. Ainda longe da penetração alcançada nos Estados Unidos, a adoção do cashback no Brasil cresceu significativamente durante e após a pandemia.
A justificativa, segundo André Penariol, CEO da IZIO&Co – startup especializada em eficiência promocional para a rede varejista – é a maior participação da indústria, a massificação dos apps, o crescimento do varejo digital e o uso de inteligência artificial para ofertas personalizadas .
“O cashback é um mecanismo de retenção de clientes mais rápido e eficaz que outros, porque dá poder de compra ao consumidor”, afirma. “Hoje, as plataformas e aplicativos digitais permitem a criação de programas de fidelidade que proporcionam soluções de cashback verdadeiramente eficientes, capazes de dar mais visibilidade aos negócios em um cenário competitivo.”
Não surpreende que 42% dos consumidores que compram em apps considerem o cashback o melhor recurso, segundo estudo realizado pela Panorama Mobile Time e Opinion Box.
“Fizemos uma pesquisa com 1,4 milhão de compradores e 20 lojistas e concluímos que o formato promove aumento de 83,5% nas despesas com compras”, diz Penariol. Com mais de 15 milhões de cadastros e 50 clientes parceiros com cerca de 2,5 mil pontos de venda, a IZIO&Co estima que cerca de R$ 40 milhões em cashbacks serão gerados pelos lojistas da plataforma em 2024. No ano passado foram R$ 30 milhões.
Os benefícios para o varejo, garantem os especialistas, são muitos. Entre eles, o incentivo à recompra é um investimento acertado, pois só vale para o cliente que realiza a compra. De acordo com a pesquisa “Global Cashback Report 2020”, as promoções de cashback geram um aumento de três a quatro vezes na taxa de conversão e um aumento médio no valor do pedido de 46%, tornando-se uma estratégia de expansão de vendas.
Foi de olho nesse comportamento que a Bibi Calçados, com 130 lojas no país, adotou a ferramenta na rede. “Fizemos um piloto durante dois anos em lojas próprias e em algumas franquias até chegarmos ao modelo ideal para o varejo de calçados infantis”, diz Camila Kohlrausch, diretora de marca e varejo da Bibi. “Estipulamos 15% do valor da compra como desconto para novas compras. Como resultado, registramos receita incremental de 8,5% no primeiro semestre deste ano apenas com cashback.” No mesmo período, 11,37% das vendas foram realizadas através de resgate de vouchers (“GiftBack”).
A meta é aumentar esse percentual para 20%. Segundo o executivo, os clientes habituais gastam, em média, sete vezes mais que o valor do bônus.
Com a carteira integrada ao app 99, que conta com mais de 50 milhões de passageiros, o 99Pay oferece cash back para usuários que pagam viagens com saldo na carteira (1%), pagamento de contas (1%) e recarga de celular (3). %). “Quando disponibilizamos novos produtos ou funcionalidades, a oferta de cashback também é uma grande aliada na apresentação das novidades aos usuários”, afirma Luiz Landgraff, head de operações e estratégia da 99Pay. “No primeiro semestre de 2023, a carteira retornou R$ 69 milhões em incentivos, sendo R$ 18 milhões em cashback.”
Para Leandro Capolupo, cofundador da BonifiQ, startup que oferece programas personalizados de fidelidade e cashback, o mercado brasileiro vive um momento de entendimento de que cashback não é um custo – a iniciativa se traduz em resultados. “O objetivo é aumentar a fidelização e o engajamento com a marca”, afirma. “Os programas são mais tangíveis, a ponto de aumentar a taxa de conversão de quem recebeu o benefício e utilizou de 5% para cerca de 15% nos últimos quatro anos.” Com cerca de 430 programas ativos, mais de 1,4 milhão de consumidores impactados, o BonifiQ registrou R$ 19 milhões em receita gerada na plataforma por empresas parceiras.
Com grande parte das vendas concentradas no segundo semestre, a Toy Mania lançou seu programa de cashback no início de 2023, com o objetivo de aumentar a frequência de compra, já que os brinquedos são um produto sazonal. “Passamos de uma taxa de recompra de 3,5% para 12%”, diz Eduardo Carvalho, head de e-commerce e digital. “Os participantes do sistema de pontos tiveram um ticket médio 78% maior, o que resultou em um aumento de 11% no faturamento.” Com foco no comércio virtual, a Toy Mania registrou 600 mil pedidos em 2023, com ticket médio de R$ 180.
empréstimo pessoal do banco pan
simulador de empréstimo de caixa aposentado
empréstimo consignado para assalariados
O pós-comércio aumenta receita com ‘cashback’ | Os métodos de pagamento apareceram primeiro no WOW News.