setembro 8, 2024
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Em chamas há dois meses, Parque Guajará-Mirim perdeu 33% de vegetação

Em chamas há dois meses, Parque Guajará-Mirim perdeu 33% de vegetação
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Parque possui 216 mil hectares; O incêndio já consumiu uma área cinco vezes maior que a área urbanizada de Porto Velho. As autoridades apontam que os incêndios foram criminosos. Imagens mostram destruição causada por queimadas no Parque Guajará Mirim Há dois meses, incêndios criminosos destruíram a fauna e a flora do Parque Estadual Guajará-Mirim (PES), uma das maiores unidades de conservação de Rondônia. O incêndio já consumiu uma área cinco vezes maior que a área urbanizada de Porto Velho. O PES Guajará-Mirim possui 216 mil hectares de mata protegida. Os incêndios criminosos destruíram mais de 73 mil campos de futebol, o equivalente a 33% de toda a área. Por ser uma unidade estadual, o parque é de responsabilidade do governo de Rondônia. Nas primeiras semanas do incêndio, o Ibama informou que o fogo já havia consumido 70 hectares. Em um mês, as chamas se espalharam e atualmente a área queimada é 1.000 vezes maior do que o inicialmente relatado. Área destruída no Parque Guajará-Mirim Painel de Incêndios Os incêndios cresceram tanto que se tornaram o maior registro ativo em Rondônia e contribuíram para colocar o estado entre os piores índices de incêndio dos últimos 14 anos. Incêndios criminosos Desde que os incêndios foram identificados, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) já destacou a possibilidade de ações criminosas. A hipótese foi reforçada quando foram encontradas garrafas de combustível perto dos incêndios, bem como pegadas. Garrafa encontrada próximo às queimadas no Parque Guajará-Mirim Divulgação Segundo o procurador do Ministério Público de Rondônia (MP-RO), Pablo Hernandez Viscardi, as evidências indicam que as queimadas foram provocadas em retaliação às fiscalizações ambientais, principalmente as realizadas em Operação Mapinguari: a maior ação de despejo já realizada em Rondônia. Na ocasião, pelo menos 10 pessoas foram presas, mais de 2 mil cabeças de gado foram retiradas da unidade de conservação e centenas de estruturas de invasores ilegais foram destruídas. Barracos construídos dentro do Parque Estadual do Guajará-Mirim Silas Paixão/Ministério Público de Rondônia “Sabemos que os incêndios são criminosos, sabemos que esses criminosos que trabalham lá agem de forma organizada, articulada, já temos linhas investigativas nesse sentido. Não há incêndio acidental, não há fogo voluntário, há dolo, há crimes”, apontou o procurador. Para dificultar a ação dos brigadistas, os invasores espalharam armadilhas pelo caminho, como árvores derrubadas e objetos pontiagudos para furar pneus de veículos. “É um aparelho caseiro chamado ouriço que eles usam nas estradas para fugir da fiscalização, pequenas lanças que costumam furar os quatro pneus das picapes”, relata o tenente da Polícia Militar Ambiental, Paulo Henrique. Ouriços perfuram pneus de veículos no Parque Guajará-Mirim Divulgação Segundo o promotor Pablo Hernandez Viscardi, o cenário no Parque é de guerra, inclusive com ataques diretos. “Uma equipa de bombeiros que tentava apagar incêndios ali foi alvo de uma emboscada, tendo sido disparados 10 tiros contra a tripulação”, revelou. Histórico do combate Documentos que o g1 teve acesso mostram que as chamas foram identificadas no dia 11 de julho. Sedam contatou o Ibama no dia 12; seis dias depois, uma equipe do Prevfogo foi ao local. Ou seja, quando os combates começaram, o parque já estava em chamas há pelo menos uma semana. A equipe de combate inicial era composta por 12 pessoas, utilizando apenas meios terrestres. Desde então, brigadistas já apontavam que o número de agentes em combate era pequeno. Posteriormente, equipes da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), do Batalhão de Polícia Ambiental e da Polícia Militar também movimentaram pessoas e recursos terrestres para o combate às chamas. A falta de apoio aéreo foi outro grande problema. Agentes que trabalham no combate há dois meses relatam o cansaço de se deslocar a pé até onde se concentram os focos, além da dificuldade em chegar aos pontos mais isolados. “Seria muito importante o apoio aéreo para lançar água para recolher os brigadistas no final do dia. Já andamos praticamente 4 km fazendo aceiros e vamos ter que devolver esses 4 km na perna. O apoio aéreo sairia de onde precisássemos para combater o incêndio”, relata José Baldino, líder do esquadrão. Sobre o apoio aéreo, a Sedam informou ao g1 que “fez arranjos” para que o Centro de Operações Aéreas (NOA), da Secretaria de Estado de Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec) fosse enviado ao local, mas que “devido às más condições neste momento, é impossível ter uma visão perfeita do trânsito, a equipe da NOA não consegue responder à solicitação. Na semana passada, quase dois meses depois, o governo de Rondônia solicitou apoio aéreo ao governo federal. Área devastada no Parque Estadual Guajará-Mirim, 2024 Força-Tarefa Rede Amazônica Com o objetivo de combater de forma mais eficaz as chamas no Parque e identificar possíveis criminosos por trás das queimadas, o MP-RO, por meio do Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente (Gaema ), organizou a Operação Temporã. Mais de 200 agentes estão envolvidos na operação, entre integrantes do Ibama, Polícia Federal, Polícia Militar, Polícia Militar Ambiental, Comando de Fronteira do Exército, Secretaria de Desenvolvimento Ambiental, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar e Politec. “O que [os incêndios] Melhorou muito nos últimos dias, principalmente depois do dia 30, quando o Ministério Público Estadual liderou uma reunião com todas as forças que fecharam todas as vias de acesso ao parque e tivemos uma excelente resposta”, aponta o superintendente do Ibama, César Guimarães. O superintendente destaca que havia três grandes frentes de incêndio ativas no Parque Guajará, todas sem controle. Com o início da Operação Temporã, dois deles foram totalmente controlados. “Isso deixa muito claro que todos os incêndios que ocorreram no parque foram criminosos, porque com o fechamento de todos os acessos houve uma redução significativa no número de incêndios”, revela. Registros de incêndios Incêndios no Parque Guajará-Mirim PrevFogo Em 2024, Rondônia bateu recordes de incêndios. Entre janeiro e 5 de setembro foram registrados 7.282 surtos: o maior número dos últimos 14 anos para o período. Os incêndios significativos ocorrem durante um período de extrema secura e secura. Pela primeira vez desde que o monitoramento começou em 1967, o rio Madeira ficou abaixo de um metro. A capital do estado, Porto Velho, está há mais de três meses sem chuvas significativas, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A última vez que o estado de Rondônia registrou um valor tão significativo entre janeiro e setembro foi em 2010, com uma diferença muito pequena. Na época, foram identificados 7.293 surtos. Veja também: Parque estadual Guajará Mirim, em Rondônia, sofre com incêndios há quase dois meses

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