setembro 19, 2024
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Preso há 6 meses, mentor da ‘Barbárie de Queimadas’ segue em presídio no RJ; entenda a situação

Preso há 6 meses, mentor da ‘Barbárie de Queimadas’ segue em presídio no RJ; entenda a situação
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O tribunal analisou três pedidos da defesa de Eduardo dos Santos Pereira para cumprimento de pena no Rio de Janeiro, mas todos foram negados. Está preso há seis meses no Estabelecimento Prisional de Benfica. Eduardo dos Santos Pereira é acusado de ser o mandante da Barbárie de Queimadas e está foragido Reprodução/TV Cabo Branco A prisão de Eduardo dos Santos Pereira, idealizador da “Barbárie de Queimadas”, completa seis meses nesta quinta-feira (19) . ). Após três anos foragido, o condenado foi preso em março deste ano, em Rio das Ostras, no Rio de Janeiro. Apesar dos pedidos para que ele seja transferido para cumprir pena na Paraíba, a transferência de Eduardo ainda não foi concluída. LEIA MAIS Após recaptura, Eduardo dos Santos é o único preso entre os 10 condenados da ‘Barbárie de Queimadas’; veja a pena de cada um Nos últimos meses, a Justiça da Paraíba analisou três pedidos da defesa de Eduardo dos Santos para que o acusado cumprisse pena no Rio de Janeiro. Alegam a necessidade de garantir a visitação familiar, melhor ressocialização dos presos e garantir a sua integridade física. Atualmente, o condenado está preso no Presídio de Benfica, na cidade do Rio de Janeiro. Nos primeiros dias após a prisão, a Justiça da Paraíba solicitou posicionamento da Gerência Executiva do Sistema Prisional (Gesipe), órgão responsável pelos processos de transferência e troca de presos. Gesipe informou que o crime ocorreu na Paraíba e que é do interesse do sistema penitenciário paraibano que o condenado cumpra a pena no estado. Além disso, Gesipe afirmou que o criminoso deve retornar ao Presídio de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes, conhecido como PB1, de onde fugiu em novembro de 2020. Segundo o órgão, o local é adequado para garantir a integridade física do preso. O Ministério Público da Paraíba (MPPB) também foi chamado a se manifestar e negou o pedido da defesa, reforçando que o preso deve cumprir pena na Paraíba. Ao analisar um dos pedidos, ainda em março, a juíza Andrea Arcoverde destacou que não é direito do preso escolher o local onde deseja cumprir a pena, mas deve ser observada a conveniência e o interesse da administração penitenciária. Prisão Pública José Frederico Marques, conhecido como Benfica Henrique Coelho/G1 Todos os pedidos da defesa de Eduardo dos Santos foram negados pela Justiça da Paraíba. O último pedido para que Eduardo dos Santos cumpra pena na Paraíba foi assinado no dia 16 de setembro, também pela juíza Andrea Arcoverde. O juiz encaminhou a decisão ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e reiterou o pedido de autorização para devolução do preso ao Estado da Paraíba. O g1 entrou em contato com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), perguntou se recebeu a decisão e quais serão os próximos passos para a transferência de Eduardo para a Paraíba, mas não houve resposta até o momento. Houve também contato com a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro, que informou não ter sido notificada sobre a decisão de transferência de Eduardo dos Santos. Gesipe da Paraíba disse que até o momento não recebeu determinação, autorização ou pedido formal da Justiça do Rio de Janeiro ou da Paraíba para transferência dos acusados. O g1 também não conseguiu localizar a defesa de Eduardo dos Santos Pereira. Parentes de vítimas pedem transferência para presídio federal Os familiares de Izabelle Pajuçara e Michelle Domingos, vítimas falecidas na “Barbárie de Queimadas”, solicitaram à Justiça da Paraíba, ainda em março, a transferência de Eduardo dos Santos Pereira diretamente para presídio federal. De acordo com a petição judicial, as famílias estão assustadas e acreditam que ele tentará fugir novamente caso seja enviado para a prisão estadual. “O lugar certo para prender Eduardo é um presídio federal, onde ele receberá um tratamento diferente daquele que teve (…) dificultará a possibilidade de uma nova fuga, ao mesmo tempo que confortará as famílias que, por tanto por muito tempo, conviveu com sentimento de insegurança e angústia”, afirmou a defesa dos familiares das vítimas na petição. Mentor penitenciário carioca da Barbárie de Queimadas com pena de 108 anos está preso no RJ há mais de 3 anos após fugir de presídio de segurança máxima Divulgação/Mentor da Polícia Civil da “Bárbaria de Queimadas”, Eduardo dos Santos Pereira estava sozinho na casa onde morava quando foi preso na manhã desta terça-feira (19) em Rio das Ostras, município do Rio de Janeiro. Ele utilizou documento falso, em nome de um homem de 62 anos, e contou com ajuda operacional e financeira de familiares e, por um período, de um grupo criminoso. Foi após o fim da assistência desse grupo criminoso que a Polícia Civil da Paraíba teve mais facilidade para mapear o paradeiro do foragido. O fugitivo morava em uma pequena casa alugada e levava uma vida simples e reclusa, utilizando a bicicleta como meio de transporte. Eduardo dos Santos estava em Rio das Ostras há aproximadamente seis meses. Anteriormente, ele esteve em Macaé, onde teria morado por cerca de um ano. Delegado Geral da Polícia Civil da Paraíba, André Rabelo afirmou que Eduardo fugiu da Paraíba direto para a comunidade da Rocinha, no município do Rio de Janeiro, onde seu pai mora e tem um bar. E onde morou antes de se mudar para Queimadas, no interior da Paraíba. “Ele teve uma vida anterior no Rio de Janeiro. Chegou em Queimadas e com ele veio o hábito de ter, possuir, fazer o que quisesse com a mulher que quisesse. onde se sentiu protegido”, explicou o delegado geral. André Rabelo destaca que, desde a época de Queimadas, Eduardo já possuía um estilo incompatível com sua renda declarada. E esta realidade continuou após a fuga, pois Eduardo nunca trabalhou durante todo este tempo. O delegado explicou ainda que a assistência financeira e operacional de um grupo criminoso do Rio de Janeiro só foi suspensa no primeiro semestre de 2023, logo após a entrada no ar do programa Linha Direta da TV Globo. Polícia prende no RJ, Eduardo dos Santos Pereira, mentor da “Barbárie de Queimadas” (PB) Relembre a fuga da Penitenciária de Segurança Máxima PB1 PB1, em João Pessoa Walter Paparazzo/G1 O criminoso fugiu da Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes de João Pessoa, conhecido como PB1, em 17 de novembro de 2020. Eduardo trabalhava na cozinha e quando um policial criminal esqueceu um molho de chaves no local onde o preso trabalhava, ele pegou as chaves, abriu o depósito e saiu pela lateral da casa. porta da prisão. No programa Linha Direta do dia 11 de maio de 2023, o delegado da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), Tércio Chaves, relatou que Eduardo aproveitou a confiança que adquiriu com seu bom comportamento dentro do presídio. No momento da fuga, quatro policiais penais faziam guarda no setor e foram levados à Central de Polícia para prestar esclarecimentos. Um deles foi acusado de facilitação culposa e posteriormente libertado. Segundo Tércio Chaves, o policial criminal que supostamente esqueceu as chaves foi indiciado, mas o Ministério Público da Paraíba (MPPB), até maio de 2023, não havia apresentado queixa contra ele. A ‘Barbárie das Queimadas’ A ‘Barbárie das Queimadas’ aconteceu em 2012, quando cinco mulheres foram brutalmente estupradas durante uma festa de aniversário, por homens que consideravam seus amigos. Entre elas estavam Izabella Pajuçara e Michelle Domingos, mortas de forma violenta porque, durante os estupros, identificaram os agressores. Izabella Pajuçara e Michelle Domingues morreram após estupro coletivo em Queimadas Arquivo pessoal Segundo as investigações, os abusos foram planejados pelos irmãos Luciano e Eduardo dos Santos Pereira, que convidaram outros homens para abusar sexualmente dos convidados da festa de aniversário de Luciano. Segundo informações contidas no processo, o crime seria um “presente” para o aniversariante. Eduardo foi condenado a 108 anos e dois meses de prisão. Ele foi considerado culpado de dois homicídios, formação de quadrilha, cárcere privado, corrupção de menores e porte ilegal de arma, além dos cinco estupros. Por esses crimes, foi condenado a 106 anos e 4 meses de prisão. Além disso, recebeu pena de 1 ano e 10 meses de prisão pelo crime de causar lesão corporal a um dos adolescentes envolvidos no crime. Além de Eduardo, outros seis homens foram considerados culpados e receberam penas, enquanto três adolescentes foram condenados a medidas socioeducativas. O mandante do estupro coletivo foi preso em 2012, condenado em 2014 e estava foragido desde 2020, quando escapou da prisão estadual de segurança máxima pela porta lateral. O caso foi tema do programa Linha Direta, em maio de 2023. Vídeos mais assistidos no g1 Paraíba

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