A decisão do Copom levou em consideração a recente alta do dólar e as incertezas decorrentes da inflação. O Banco Central (BC) decidiu aumentar os juros pela primeira vez em dois anos. O aumento foi de 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano. A decisão, tomada por unanimidade pelo Comitê de Política Monetária (Copom), levou em consideração a recente alta do dólar e as incertezas por conta da inflação. As pressões no mercado de trabalho, a resiliência da actividade económica e um hiato do produto positivo (a economia está a evoluir no sentido de consumir mais do que a sua capacidade de produção) também foram argumentos citados no comunicado. Concorrência PMERJ 2014: Justiça unificará processos para proferir uma única sentença ‘Dinheiro esquecido’: R$ 11,2 milhões é o maior valor que uma pessoa deveria receber O último aumento de juros ocorreu em agosto de 2022, quando a alíquota passou de 13,25% para 13,75% por ano. Depois de passar um ano nesse patamar, a taxa teve seis cortes de 0,5 ponto e um corte de 0,25 ponto, entre agosto do ano passado e maio deste ano. Nas reuniões de junho e julho, o Copom decidiu manter a taxa em 10,5% ao ano. Quanto ao futuro, o texto do Copom não fez previsões. “O ritmo dos futuros ajustes nas taxas de juros e a magnitude total do ciclo ora iniciado serão ditados pelo firme compromisso de convergir a inflação para a meta e dependerão da evolução da dinâmica inflacionária”, informou o Copom. Inflação A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em agosto, o IPCA ficou negativo em 0,02%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a queda nos preços da energia puxou o índice para baixo, mas o alívio da inflação é temporário, pois a bandeira tarifária vermelha já foi acionada para setembro. A seca prolongada também terá impacto nos preços dos alimentos. Tecnologia: Acesso a . A previsão atualizada do Copom, porém, é que o IPCA chegue a 4,3% em 2024. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, argumentou que o choque na oferta de alimentos não deveria ser resolvido através de juros. Entenda o impacto da Selic O aumento da taxa Selic, que serve de referência para outras taxas de juros da economia, ajuda a conter a inflação. Isto acontece porque as taxas de juro mais elevadas encarecem o crédito e desencorajam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais elevadas prejudicam o crescimento económico. No último Relatório de Inflação, o Banco Central elevou a projeção de crescimento da economia em 2024 para 2,3%, mas o número deve ser revisto após o crescimento de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre. O mercado projeta um crescimento muito melhor. Segundo a última edição do boletim Focus, analistas econômicos prevêem expansão de 2,96% do PIB em 2024. Saiba mais taboola
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