Segundo de uma prole de cinco, de seus irmãos, ele é Bernardo. No Brasil, no auge de 1 metro e 85 centímetros, Bernardo Rocha de Rezende é Bernardinho. Apesar da imaginação do treinador sempre à beira de um colapso nervoso na lateral da quadra, atrás das alas do Especialista XPBernardinho conversou com calma e calma com as centenas de pessoas que compareceram, uma de cada vez, para tirar foto com ele.
Ali, nos bastidores do maior evento do mercado financeiro do Brasil, Bernardinho não foi apenas um dos treinadores de maior sucesso do vôlei. E seu apoio não foi para qualquer vitória, mas para uma pequena pausa para comer e se hidratar enquanto cumprimentava velhos amigos das quadras.
Em poucos minutos, Bernardinho subiria ao palco principal do evento para falar para um público de cerca de 1.200 pessoas. Um público 100 vezes maior que um time de vôlei – com seus seis jogadores em quadra mais os seis reservas.
Lá, no palco do Especialista XPBernardinho não precisou gritar para transmitir a mensagem. Além do clima estar quase sempre sob controle na plateia, havia um microfone e todas as atenções estavam voltadas para ele quando falava.
Bernardinho é figura marcante no evento, do qual participa desde a primeira edição. Há anos investe na corretora, relacionamento que nasceu de sua história com Benchimol.
“O pai de Guilherme [Benchimol, co-fundador e presidente do conselho de administração da XP] Ele é o cardiologista de toda a minha família. Então eu conheci o XP lá atrás e ele [Guilherme] Ele me convidou para palestrar na primeira edição do Expert, lá no Rio, em 2010. Vi a empresa evoluir. Mesmo que eu esteja ‘perdendo’ compromissos [com seu cardiologista] já faz muito tempo… meu coração está bom”, disse ele em entrevista ao Investimento em valor, em Especialista XP este ano.
Entre os “Faria Limers”, Bernardinho é elogiado pelo sucesso como treinador e como investidor. E na Expert XP, os “atletas de corretor nacional” Eles anseiam pelas lições aprendidas em uma das áreas mais admiradas pelo mercado financeiro: o esporte.
E lições do esporte são o que Bernardinho tem de sobra em seus mais de 45 anos dedicados ao voleibol (mais de 22 deles como treinador).
Apesar de ser economista formado pela PUC-Rio e tendo trabalhado em Banco de Garantia (fundado por Adolfo Campelo Gentil e posteriormente controlado por Jorge Paulo Lemann e seus parceiros) antes de embarcar profissionalmente no voleibol, Bernardinho usa suas habilidades técnicas para atuar no mercado de capitais.
Em conversa com o Investimento em valorrevelou-se um investidor fundamentalista e seguidor da filosofia de investimento do bilionário Warren Buffettque faz uma análise baseada no valor atual das empresas e na crença na solidez do negócio.
Portanto, na sua carteira de ativos, as maiores posições estão em: fundos de ações, ações e até renda fixa.
Mas nada sem criptoativosum grupo que, em vez de depender hoje de Bernardinho, não deveria entrar no seu portfólio.
Confira os destaques do bate-papo com Bernardinho.
Valor investe: Por que você investe com XP?
Bernardinho: Tudo diz respeito às pessoas. O pai de William [Benchimol, co-fundador e presidente do conselho de administração da XP] Ele é o cardiologista de toda a minha família. Então eu conheci o XP lá atrás e ele [Guilherme] Ele me convidou para palestrar na primeira edição do Expert, lá no Rio, em 2010. Vi a empresa evoluir.
E embora eu esteja faltando ao meu compromisso [com seu cardiologista] Já faz um tempo… meu coração está bom. (risada)
Além disso, tenho amigos com escritórios independentes ligados à XP. São pessoas em quem acredito. Num relacionamento de longo prazo haverá acertos e erros, e é essa afinidade de crenças que me seduz. Agora, ganhar e perder fazem parte do jogo.
Valor investe: Mas você investe como economista ou com mentalidade técnica?
Bernardinho: Invisto com uma mente técnica, no sentido de que invisto, antes de mais nada, nas pessoas. Grandes projetos com as pessoas erradas tendem a dar errado, enquanto as pessoas certas farão o projeto funcionar.
Valor investe: Assim?
Bernardinho: A primeira grande “tiro” que tirei foi no restaurante Delírio tropical. Meus sócios na empresa talvez tenham sido os que mais me ensinaram sobre gestão de pessoas, pois estabeleceram uma cultura muito forte em uma rede relativamente pequena de 11 empresas.
É o alinhamento dos nossos valores que nos norteiam: respeito, disciplina, resiliência e cuidado com as pessoas. É um pouco do que um treinador tem que fazer, de certa forma.
Quando falo em cultura e respeito, estou me referindo ao fato de que, por exemplo, a maioria dos Delírio Tropical paga até o café que toma no restaurante. Isto significa respeitar as minorias e as pessoas que apoiaram este projeto no início.
Valor: Mas como aplicar esta filosofia aos mercados de capitais?
Bernardinho: Embora eu tenha conhecimento acadêmico sobre o mercado, estou enferrujado em decidir sozinho sobre um fundo ou outro. Então eu uso minha mente técnica para escolher as pessoas que trabalharão comigo e investirão para mim.
E não vou procurar apenas quem me dá mais, procuro pessoas de confiança que me dêem de forma consistente. Perder ou ganhar faz parte do jogo, a questão é se confio na pessoa para me ajudar a superar um obstáculo.
Portanto, nunca prometerei retornos que não existem.
Valor investe: Falando em promessas de retorno que não existem, o atleta é um dos principais alvos de golpistas com propostas de investimentos irrealistas…
Bernardinho: Vulnerável… o atleta fica vulnerável a esse tipo de oferta. A maioria não possui conhecimento técnico ou financeiro de investimento. São vários os casos de ex-alunos, atletas e companheiros que ganharam bem e depois perderam tudo nesse tipo de esquema. Hoje eles enfrentam dificuldades.
Valor investe: Isso te preocupa?
Bernardinho: Muito! Há muitas pessoas nesses círculos esportivos que fazem promessas absurdas de investimento. Uma vez, Murilo [Endres, ex-jogador da seleção de vôlei] Ele me mostrou um investimento que lhe apresentaram e que prometia retornos incríveis.
Era um material muito bonito. Olhei para ele e pensei ‘isso não é possível’. Resolvi passar a apresentação para meu irmão mais novo, que atua no mercado financeiro.
Ele voltou 15 minutos depois e me disse: ‘”Olha, Bernardo, se você quer investir em empresas que fazem apresentações, invista nelas. O material é muito bonito. Mas não invista um centavo para investir COM eles.”
Valor investe: Como você lida com esse assédio de golpistas contra o time que você treina? Você pode orientar seus atletas?
Bernardinho: Aconselho, mas não tenho poder na decisão do atleta. Recomendo pessoas sérias que possam te aconselhar e até alerto para não acreditar em certas coisas.
Mas, se o atleta quiser comprar um carro grande e você disser “não compre carro importado agora, espere um pouco”, ele entende que você o está reprimindo. Naquele momento, ele pensa que está no auge e tem muito dinheiro. Então às vezes ele cai em armadilhas dessa natureza.
Valor investe: Voltando à questão dos retornos impressionantes, uma vez você disse que não investiu em criptoativos. Continua assim?
Bernardinho: Sim, Eu permaneço fora deste mercado criptográfico.
Bernardinho: Eu não invisto em coisas que não conheço. Isso significa que é um ativo ruim? Não. Quem sou eu para dizer se um ativo como esse é bom ou ruim? É simplesmente uma história que não entendo.
E esta é uma lição que o mercado ensina.
O Warren Buffett ficou de fora pontocom no início do século e deixou de ganhar muito dinheiro. Aí uma daquelas grandes revistas internacionais fez capa dizendo que ele havia perdido o “toque de Midas” (referência à mitologia grega, diz respeito à capacidade de fazer prosperar algo). Mas então a bolha das pontocom estourou e muitas pessoas perderam muito dinheiro.
Não que seja parecido, mas a questão é que fiquei de fora de algo que não tenho conhecimento. Por mais que eu confie em um consultor ou em alguém para me ajudar a pensar nisso, eu precisaria dedicar um tempo para tentar entender esse mercado antes de entrar nele.
Ainda há muitas dúvidas e não sou eu, uma pessoa distante do mundo dos criptoativos, que vou me aventurar em um ambiente que muita gente estuda.
Valor investe: E como você decide em quais ativos investir?
Bernardinho: Um ex-amigo de faculdade criou um fundo no qual ainda hoje invisto. Fizemos um estágio juntos em um banco de investimento. Quando estudamos juntos, tínhamos uma filosofia de investimento semelhante:
- Por que a empresa vale menos hoje?
- Quais são os fundamentos básicos da empresa?
- A empresa está sofrendo com fatores externos?
- Acredito no longo prazo desta empresa?
E acredito nisso, no longo prazo das empresas, em ajudar um negócio a crescer e chegar onde quer. Ficar de olho no desempenho dos ativos o tempo todo, nos altos e baixos do dia a dia, e se desesperar porque caiu um pouco é ineficiente.
Se você não tem convicção nem estômago para essa dinâmica, não invista em ações, mas sim em algo mais linear.
Mas, se eu acredito que o Brasil pode crescer, que boas empresas têm capacidade de crescer e que existem boas oportunidades, vou investir.
Valor investe: Como é composta sua carteira de investimentos hoje?
Bernardinho: Hoje, eu Estou mais alocado em ativos de renda variável com maior risco. Além da posição em Fundo Dínamoque é minha maior posição no portfólio atualmente, Tenho muitas ações em empresas.
Eu estive contando, são ações de 12 empresas no momento. Além da minha participação na rede de academias Bodytechminha maior alocação para empresas hoje também inclui startups NãoMoode alimentos à base de ingredientes vegetais, e Liquidzbebidas eletrolíticas, que deverão triplicar a receita este ano, e muitas outras.
Na renda variável, entre ações, tenho Ambev e outros nomes do setor privado. OKque vem caindo recentemente, e alguns nomes ligados ao Estado.
Na renda fixa, o percentual atualmente está abaixo do que deveria ser, considerando o meu perfil. Mas devo reinvestir em renda fixa o que puder ganhar com esses ganhos neste momento, assim equilibro os riscos da carteira.
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