O ministro Carmem Lúciado Supremo Tribunal Federal (STF), durante a sessão da Primeira Turma, afirmou que é necessário que todos os tribunais do Poder Judiciário tenham julgamentos públicos. A fala ocorreu em resposta a um advogado que se manifestou para pedir a intervenção do STF para que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) torne os julgamentos virtuais mais abertos –atualmente, as votações não são públicas e apenas o resultado é publicado.
O advogado Fernanda Neves da Silva aproveitou a plataforma para pedir ao Supremo que analisasse a falta de transparência nos julgamentos virtuais do STJ em termos gerais. “Aqui no STF e no TSE [Tribunal Superior Eleitoral] as sessões virtuais começam e os votos são lançados. Mas o STJ não é público, ficamos uma semana sem saber o que disse o relator. O partido está impedido de prestar qualquer esclarecimento, de poder colocar um memorial”, informou.
Depois, o ministro Luiz Fux, informou que o assunto não poderia ser discutido em aula. “É um tema delicado que discute a autonomia dos tribunais e seus regulamentos, então a discussão teria que ser pelo plenário e não pela turma”, afirmou.
Logo em seguida, a ministra Cármen afirmou que a transparência dos tribunais é garantida pela Constituição e deve ser cumprida. “A Constituição estabelece a publicidade dos julgamentos”, disse ela. “É necessário que todos os tribunais do poder judiciário brasileiro cumpram o que determina a Constituição: os julgamentos são públicos e os julgamentos públicos não significam que estejamos apenas em público, significa tornar públicos todos os dados, especialmente os fundamentos – como têm todas as decisões deve ser fundamentado – e o fundamento deve ser conhecido por todos.”
O tema será discutido no plenário do STJ nesta quarta-feira (7) por meio do Projeto de Emenda Regimental 125. A ideia é mudar o sistema de julgamentos virtuais, ampliando o escopo das ações e permitindo mais interação. No modelo atual, o plenário virtual do STJ é restrito e funciona apenas para casos de recursos internos, como embargos, recursos internos e recursos regulatórios e não há interação, em caso de desacordo o processo segue para a sessão presencial.
Pela proposta que será votada, existe a possibilidade de o julgamento virtual abranger recursos repetitivos em casos de jurisprudência pacífica. Além disso, os julgamentos permaneceriam abertos por sete dias, com a disponibilização dos votos de cada ministro, interrupção por pedidos de revisão e possibilidade de intervenções de advogados com questões de fato e memoriais durante a semana do julgamento virtual.
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