Com perfil discreto, o ministro Herman Benjamim volta aos holofotes ao assumir, nesta quinta-feira (22), a presidência do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
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Ao longo de 18 anos na corte, esteve sempre atento às liturgias e procurou ficar longe de polêmicas. Em 2017, porém, coube ao ministro denunciar o processo que pedia a revogação do Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Pelas regras, o cargo de fiscal da Justiça Eleitoral é ocupado por um dos representantes do STJ na Justiça Eleitoral.
Considerado um juiz rigoroso, o ministro votou pela cassação de toda a chapa que havia sido eleita em 2014. Na época, o petista já havia sofrido impeachment e a Justiça Eleitoral acabou poupando Temer, que estava na Presidência. O placar foi 4 a 3, contra o impeachment.
Natural de Catolé do Rocha (PB), Herman Benjamin foi indicado para a corte ainda no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2006. O petista é um dos esperados na solenidade desta quinta-feira, que reunirá também ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e outras autoridades.
No Judiciário, o ministro é considerado referência na área de direito ambiental e na defesa dos povos indígenas. No início da carreira foi um dos redatores do Código do Consumidor. Ele também atuou como membro do Ministério Público de São Paulo.
Herman Benjamin comandará o STJ no biênio 2024-2026, e substituirá o ministro Maria Thereza de Assis Moura no escritório. A vice-presidência será assumida pelo ministro Luís Felipe Salomãoum dos nomes mais influentes do tribunal, formado por 33 magistrados.
Salomão é próximo dos ministros do STF Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. À frente da Inspetoria Nacional de Justiça nos últimos dois anos, lançou uma ofensiva contra magistrados que atuaram na Operação Lava-Jato.
Um de seus primeiros atos foi realizar correções extraordinárias na 13ª Vara Federal de Curitiba e nos gabinetes pertencentes à 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
Em abril, após a conclusão da fiscalização, determinou o afastamento do juiz Gabriela Hardtque substituiu o ex-juiz Sérgio Moro em Curitiba, e outros magistrados ligados ao caso, incluindo dois desembargadores do TRF-4.
As medidas causaram desconforto ao presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso, e foram posteriormente revogadas pelo plenário do órgão.
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