g1 explica táticas popstar e relembra a história das paradas, marcada por estratégias para subir no ranking. A competição movimenta os fãs na busca pelo número 1. Qual álbum fez mais sucesso, “Let It Be” dos Beatles ou “The Tortured Poets Department” de Taylor Swift? De acordo com os gráficos da “Billboard”, a resposta é a segunda opção. Com classificações das faixas e álbuns mais ouvidos, as paradas são a principal métrica atual de popularidade musical. Eles parecem dar respostas simples a questões complicadas: O que realmente leva ao sucesso? Quem é mais popular? Qual artista teve mais impacto? E como não há uma resposta exata, grandes artistas entenderam que permanecer no topo das paradas é uma das melhores formas de afirmar status. Quem tem números tem tudo. Afinal, o mundo da música é um mercado. Grandes nomes da indústria não entendem apenas de música, mas também de vendas e metas. São bons empresários, com cursos de marketing atualizados e estratégias para dominar a área. Alguns são estranhos; outros são discretos; a maioria deles faz parte do jogo. À medida que a corrida ao topo das paradas musicais se torna cada vez mais competitiva Lançar discos enquanto dormem Em abril de 2024, Taylor Swift lançou seu décimo primeiro álbum, “The Tortured Poets Department”, em 19 versões físicas diferentes, incluindo vinil, CDs e fitas cassete. Os diferentes produtos ajudam nas vendas e no tempo de inatividade. Com o retorno da adoção aos formatos físicos, principalmente entre os jovens, grandes artistas voltaram a investir em diversas edições (como “colecionáveis” ou com faixas bônus) de um mesmo álbum. A própria Taylor fez isso em 2022 com o álbum “Midnights”, lançado em quatro edições físicas cujos encartes se complementam. E não só ela. Álbuns como “Eternal Sunshine”, de Ariana Grande, e “Cowboy Carter”, de Beyoncé, ambos de 2024, tiveram diversas edições com encartes diferentes. É um luxo para quem tem fãs ávidos, que realmente se dedicam a comprar itens diferenciados de seus artistas favoritos. Mas foi Taylor quem dominou as paradas em 2024. Além das versões físicas, a cantora investiu pesado em novas versões digitais de “The Tortured Poets Department”, com faixas bônus, versões acústicas e muito mais. E em muitos casos, esses lançamentos apareceram justamente quando outros ameaçaram tirar a “loira” do topo. Taylor Swift para o álbum ‘The Tortured Poets Department’. Divulgação Quando o álbum de Billie Eilish foi lançado, Taylor lançou três novas versões de “Tortured Poets”, limitadas, com faixas bônus. Semanas depois, Charli E quando a imprensa noticiou que o cantor country Zach Bryan poderia estar no topo das paradas? Dois dias depois (e antes do fim da “contagem semanal” da Billboard), o álbum de Taylor ganhou três novas versões digitais, disponíveis por tempo limitado. A frequência de lançamentos até virou piada nas redes sociais: a cada novo álbum importante, “em algum lugar da Pensilvânia”, Taylor parecia estar se preparando para lançar mais edições de seu álbum. Taylor Swift lançou novas edições de seu álbum ao longo dos meses e continuou no topo das paradas. a indústria da música” pelos fãs: a cantora é uma poderosa gestora de seus negócios e, se fosse CEO, teria muito o que comemorar no LinkedIn. “The Tortured Poets Department” ficou em primeiro lugar na lista americana da “Billboard” por 12 semanas consecutivas e em 10º nas paradas do Reino Unido. Com o álbum, Taylor quebrou os recordes de Whitney Houston e se aproximou do marco “Songs In The Key of Life” de Stevie Wonder. com o maior número de faixas em primeiro lugar na história da “Billboard” e já teve 78 músicas no top 10. A especialidade de Drake é a lógica do streaming. Com a consolidação de plataformas como o Spotify, álbuns com mais faixas começaram a gerar mais músicas. mesmo artista no topo das paradas. E no caso do rapper, a maioria de seus álbuns tem pelo menos 15 faixas, alguns chegando a 25 músicas. Também aproveita estratégias mais assertivas e específicas, como incorporar um hit “antigo”. novo álbum de Drake na Reprodução ‘Hotline Bling’/YouTube Um exemplo é “Hotline Bling”, lançado em julho de 2015. Com grandes números e muita repercussão online, a música foi um dos maiores sucessos da carreira do artista. NÚMEROS ALTOS: Drake é maior que os Beatles? E Drake sabia como usar isso para se promover. Em fevereiro de 2016, a RIAA Association (American Recording Industry Association) mudou suas regras, contando os números do streaming para considerar os discos de ouro, platina e diamante. Drake lançou o álbum “Views” em abril de 2016, com a inclusão de “Hotline Bling” como “faixa bônus”. A música havia saído mais de dez meses antes do álbum – o que, na era do streaming, é uma eternidade. Por que, então, “reaquecer” o single? Porque ao incorporar os números de “Hotline Bling”, “Views” já estreou com vendas suficientes para ser considerado um disco de platina. Invista em networking No Brasil, uma “história de sucesso” inegável é Ana Castela. A carreira de cowboy é como a de uma startup de sucesso: começou há alguns anos, mas já rende muito. Assim como Swift, ela é fã do método quantitativo – mas a cantora country foca mais nos singles. Em 2024, ela não lançará novos álbuns (apenas EPs e faixas “soltas”), mas seu nome já aparece em 19 músicas inéditas. novos por mês. Para ela, que já está consolidada, a lógica é simples: quanto mais matéria for publicada, maiores serão as oportunidades de aparecer na mídia, no rádio e nas redes, e maiores serão as chances de arrecadar mais números para o seu nome. Em abril, Ana atingiu a marca de 30 semanas como a artista mais ouvida do Brasil, segundo a “Billboard”. Nem Taylor Swift, que superou outras brasileiras com “Poetas Torturados”, tirou a “boiadeira” do topo. Anitta, em maio) acabou perdendo novamente para Ana logo depois, quando a cantora sertaneja recuperou o fôlego e lançou novos longas. Ana também sabe o valor de investir em networking: como é comum na música sertaneja, seu trabalho envolve predominantemente parcerias com outros artistas. É uma forma de atrair ouvintes para os dois músicos, como na parceria entre a “boiadeira” e Alok, ou Ana e Ludmilla. Com isso, os nomes combinados também trazem mais reproduções de todos os principais nomes da faixa. A própria Ludmilla também adotou estratégia semelhante neste ano: com 23 músicas lançadas no primeiro semestre de 2024 (incluindo faixas solo e colaborações), ela foi a cantora pop mais ouvida no Spotify Brasil nesse período. Afinal, a tática não é nova, mas é eficaz. Este ano, Ana Castela não passou um mês sem conquistar o posto de artista mais ouvida do país (dados da “Billboard”). Ana Castela lançou diversas músicas em 2024 e conseguiu reconquistar o posto de artista mais ouvida no Brasil. Reprodução Venda bem seus produtos Algumas táticas são clássicas no mercado. Na década de 2000, o uso de remixes (novas versões de músicas, geralmente mais dançantes) era uma estratégia comum. Além de conquistar os ouvintes com uma sonoridade diferenciada, também ajudou nas paradas: as vendas do remix contaram como vendas do single original, impulsionando a música. Em 2001, “I’m Real (Murder Remix)” de Jennifer Lopez se tornou o maior sucesso da carreira da artista até hoje. Com isso, o álbum “J.Lo” (que só tinha a edição original de “I’m Real”) entrou no top 10 das paradas, mesmo não tendo a versão mais ouvida da música. A partir daí, a “Billboard” mudou as regras. Se o remix for muito diferente do original, as duas músicas são consideradas separadamente nas paradas. Por isso, diversos artistas preferem fazer uma versão bem parecida (praticamente igual), muitas vezes com a adição de um cantor convidado. Um marco que impulsionou o retorno dessa estratégia foi o TikTok. Motor inquestionável de novos sucessos, a rede de vídeos curtos está repleta de remixes. E para se destacar, os artistas passaram a lançar versões diferentes de cada música: acelerada (“acelerada”), desacelerada (“desacelerada”), instrumental e acapella (somente voz). O que corrige, corrige e aumenta os números da música original nas paradas. Um exemplo é a faixa “Espresso”, da cantora Sabrina Carpenter, que acompanhou outras cinco versões. Eles foram alterados para conquistar os ouvintes, mas permaneceram semelhantes o suficiente para impulsionar o original nas paradas. Remixes de ‘Espresso’ de Sabrina Carpenter. Reprodução/Spotify O top pertence aos espertos. A indústria da música é um negócio há muito tempo. A “Hot 100”, principal parada da “Billboard” para “todos os gêneros musicais”, foi fundada em 1958 e, desde então, gravadoras e artistas têm feito todo o possível e impossível para subir na lista. Na verdade, a metodologia “Hot 100” não era a mais confiável. Um “segredo conhecido” na indústria era que muitos recebiam subornos de gravadoras e empresários para favorecer certas músicas nas paradas. A “payola” ou, como se diz no Brasil, o “jabá”. As coisas melhoraram em 1991, quando a Billboard começou a usar o SoundScan, um sistema que usava registros de lojas de discos para contabilizar as vendas. A lista tornou-se muito mais confiável, mas não completamente infalível. Afinal, ainda era possível investir em estratégias de promoção e vendas. Segundo um artigo do “Huffington Post”, numa época em que os singles (faixas vendidas separadamente) custavam, em média, 3 dólares, muitos singles de Mariah Carey eram vendidos por 49 cêntimos ou mesmo distribuídos gratuitamente. E claro, quando é mais barato, vende melhor. Hoje, Mariah é conhecida por ser uma das artistas com mais músicas em primeiro lugar na história. Mas será que Mariah, Taylor, Drake, Ana Castela e tantos outros são menores de idade para isso? Difícilmente. As estratégias são comuns e não tiram desses artistas o fato de terem público, tamanho e capacidade para estar onde estão. Mas o topo é um lugar competitivo e, se houver maneiras de chegar ou permanecer lá, poucos conseguirão passar sem elas. Como todo setor, este tem livre concorrência, apostas e estratégias. Quem conseguir avançar vence.
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O post Você compraria 19 álbuns da Taylor Swift? Compreender o lado de marketing por trás da música pop apareceu pela primeira vez no WOW News.