O pedra obteve lucro líquido ajustado de R$ 497 milhões no segundo trimestre de 2024, aumento trimestral de 10,4% e aumento anual de 54,4%. A receita total foi de R$ 3,205 bilhões, crescimento trimestral de 3,9% e crescimento anual de 8,5%.
Na comparação com o mesmo período de 2023, houve aumento de 10,6% nas receitas de serviços financeiros, que atingiram R$ 2,822 bilhões. Na área de software, permaneceram estáveis, em R$ 383 milhões.
A diretora de estratégia da Stone, Lia Matos, afirma que os resultados foram impulsionados pelo aumento do volume de pagamentos processados, em ritmo mais acelerado que o da indústria, e pelo crescimento da capacidade de monetização, tanto na adquirência quanto nas áreas de crédito e bancário serviços.
O volume total de pagamentos processados (TPV), que incluiu cartões e Pix, totalizou R$ 126 bilhões, aumento trimestral de 7,5% e aumento anual de 21,6%. Considerando apenas os cartões, o TPV foi de R$ 110,9 bilhões, aumento de 13,8% em 12 meses. Em Pixforam R$ 15,2 bilhões, aumento de 141,5% na mesma comparação.
O TPV das micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), segmento foco da Stone, subiu 24,6% em 12 meses, para R$ 109,3 bilhões.
“À medida que continuamos a crescer acima do mercado, continuamos a ganhar quota de mercado”, afirma Matos. Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), as transações com cartão cresceram 11% no segundo trimestre. O executivo acrescentou que a empresa tem capacidade para continuar ganhando participação de mercado, com base nas diferenças de distribuição e modelo de atendimento.
A adquirente encerrou o segundo trimestre com 3,904 milhões de clientes ativos, crescimento de 29,5% em um ano. O “take rate” (taxa cobrada por cada transação) das MPMEs foi de 2,54%, estável na comparação trimestral e acima dos 2,48% registrados um ano antes.
Carteira de crédito atinge R$ 712 milhões
A Stone encerrou o segundo trimestre com uma carteira de crédito de R$ 712 milhões, um aumento de 32% em relação ao trimestre anterior. No mesmo período do ano passado, foram apenas R$ 18,7 milhões.
Os depósitos de clientes totalizaram R$ 6,5 bilhões, um aumento trimestral de 8% e um aumento anual de 65%. A plataforma bancária aumentou a sua base de clientes em 62%, atingindo 2,7 milhões.
Com os resultados observados no primeiro semestre, a Stone já se aproxima “orientação” planejado para o ano. A empresa pretende chegar ao final de 2024 com uma carteira de pelo menos R$ 800 milhões em crédito e ultrapassar R$ 7 bilhões em depósitos.
O CFO da Stone, Mateus Scherer, afirma que as previsões representam “pisos” e, por isso, a empresa não pretende revisar o guidance. Acrescenta que a carteira total de crédito ainda é pequena e, portanto, há muito espaço para crescimento, independentemente das condições macroeconómicas. “O ritmo de crescimento, porém, não será linear, estamos realizando diversos testes, com diferentes perfis de clientes.”
A inadimplência da carteira era de 2,6% ao final de junho. Scherer destaca que a Stone trabalha com um modelo de perda esperada de 10%, mas, no início, optou por fazer provisões em torno de 20%, volume que agora está sendo reduzido para 18%.
A oferta de crédito, que derrubou resultados e ações da empresa em 2021, foi reformulada em 2022 e novos testes começaram a ser realizados no ano passado. Agora, a ideia é ampliar a oferta, mas com cautela.
Stone destaca ainda que, ao longo do ano, a empresa destinou recursos ao programa de recompra de ações, aprovado em 2023, e já executou quase a totalidade do R$ 1 bilhão proposto.
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