#1: As ondas da Nebulosa Vela!
Ao contrário do mar do Taiti, existem muitas ondas no espaço!
Esta é a Nebulosa Vela. Há cerca de 11 mil anos, uma estrela massiva morreu na região. suas camadas externas colidiram com o meio interestelar, criando padrões que renderiam uma nota 10 pro @gabriel1medina!#AstroMiniBR pic.twitter.com/N7SlhP1vCM
— Yanna Martins Franco (@martins_yanna) 5 de agosto de 2024
A Nebulosa da Vela é um dos remanescentes de supernova mais impressionantes visíveis na Via Láctea, localizada a cerca de 800 anos-luz da Terra, na constelação da Vela. Formada há aproximadamente 11 mil anos, a nebulosa é o resultado de uma explosão de supernova, que marcou o fim de uma estrela massiva.
O evento cataclísmico lançou uma grande quantidade de matéria estelar ao espaço, criando uma estrutura complexa de filamentos coloridos de gás e poeira de beleza indescritível que podemos ver na imagem acima. A nebulosa se estende por cerca de 100 anos-luz, sendo um dos objetos mais estudados pelos astrônomos devido à sua proximidade e à riqueza de informações que oferece.
Quando a onda de choque da supernova viaja pelo espaço, ela aquece o gás ao seu redor, fazendo com que brilhe intensamente em diferentes comprimentos de onda, especialmente no espectro visível e de raios-X. Estas camadas são visíveis como filamentos brilhantes que se espalham pela nebulosa, delineando as regiões onde a onda de choque é mais intensa.
Observar remanescentes de supernovas é útil não apenas para encantar nossos olhos, mas principalmente para nos ajudar a entender mais sobre a física das explosões de supernovas e o ciclo de vida das estrelas.
#2: O impacto de um asteroide na Suécia
Acho que vi um gatinho????
Cerca de 380 milhões de anos atrás, um asteróide colidiu com a Terra onde hoje é Dalarna, na Suécia. O chamado “anel de Siljan” mede mais de 50 km de diâmetro e é a maior estrutura de impacto conhecida na Europa e está entre as 20 maiores da Terra.#AstroMiniBR pic.twitter.com/e3jKMLpjZB
—Mirian Castejon?? (@MirianCastejon) 27 de março de 2024
O Anel Siljan, localizado no centro da Suécia, é uma das maiores estruturas de impacto da Europa, com um diâmetro de aproximadamente 52 quilómetros. É uma cratera formada há cerca de 377 milhões de anos, durante o período Devoniano, quando um grande asteróide colidiu com a Terra.
A estrutura geológica é caracterizada por um alto anel externo, que circunda um vale central, onde atualmente está localizado o Lago Siljan, o sexto maior lago da Suécia. Esta formação única atrai geólogos e cientistas de todo o mundo, que estudam as suas camadas rochosas para compreender melhor os impactos dos asteróides e a história geológica do planeta.
A origem do Anel Siljan foi confirmada na década de 1960, quando cientistas descobriram evidências de metamorfismo de choque, como quartzo queimado, em rochas da região. Além da sua importância científica, o Anel Siljan é um recurso natural valioso, com rochas sedimentares ricas em petróleo e gás natural que estão atualmente em exploração.
A sua existência é uma lembrança dos acontecimentos catastróficos que moldaram a Terra ao longo de milhares de milhões de anos e oferece uma janela única para o estudo dos processos geológicos associados aos impactos das rochas espaciais.
Nº 3: O legado das sondas de Oportunidade e Espírito
Há 20 anos, a dupla de rovers Opportunity e Spirit pousou em Marte para uma viagem de 90 dias. Como os Jeeps não são sindicalizados, acabaram fazendo horas extras por quase 15 anos! A Spirit operou até 2010 e a gravadora Opportunity trabalhou duro até 2018 #AstroMiniBR[1/4] pic.twitter.com/aar6qfOmvL
— Projeto Céu Profundo (@CeuProfundo) 24 de janeiro de 2024
As sondas Opportunity e Spirit, ambas parte da missão Mars Exploration Rover da NASA, marcaram um capítulo extraordinário na exploração de Marte. Lançadas em 2003, as duas sondas pretendiam inicialmente explorar a superfície do planeta vermelho por apenas 90 dias, mas superaram todas as expectativas, operando durante anos. A Spirit explorou a região de Gusev até 2010, enquanto a Opportunity, que se tornou uma das missões mais antigas da NASA a Marte, operou até 2018. Juntos, eles percorreram dezenas de quilômetros de terreno marciano, realizando análises detalhadas do solo, rochas e atmosfera, e enviando grandes quantidades de dados para a Terra.
O legado científico das sondas Spirit e Opportunity é imenso. Entre as suas descobertas mais notáveis está a confirmação de que Marte já teve condições que poderiam ter sido favoráveis à vida, com evidências de ambientes aquosos num passado distante. As sondas identificaram minerais que só se formam na presença de água, como a hematita e a sílica hidratada, e capturaram imagens de paisagens marcianas que sugerem a ação da água líquida no passado.
Além disso, as missões proporcionaram uma nova compreensão da geologia marciana, ajudando a preparar o caminho para futuras missões, como a Curiosity e a Perseverance, que continuam a explorar a possibilidade de vida no planeta.
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