agosto 6, 2024
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Megaoperação em SP prende líder do PCC e mira GCMs suspeitos de comandarem milícia na cracolândia | Política

Megaoperação em SP prende líder do PCC e mira GCMs suspeitos de comandarem milícia na cracolândia | Política
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Um megaoperaçãolançado nesta terça-feira (6) em São Paulocumpriu mandados de prisão, busca e apreensão com o objetivo de desmantelar as atividades do crime organizado no cracolândia, região central da capital. A ação iniciada pela manhã resultou até o momento na prisão de um homem identificado como líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) e pelo menos dois guardas civis metropolitanos e um ex-agente da GCM suspeitos de liderar um milícia suspeito de extorquir comerciantes e moradores da região.

Também foram alvo de traficantes acusados ​​de venda de drogas, armas ilegais, roubo de telemóveis e exploração sexual e prostituição.

A operação “Salus et Dignitas”(saúde e dignidade) foi iniciada pelo Ministério Público de São Paulo, Governo do Estado, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público do Trabalho.

A operação é acompanhada de perto pelo governador do estado, Tarcísio de Freitasao lado do secretário estadual de segurança, Guilherme Derrite (PL), um dos principais bolsonaristas no governo do estado. “O objetivo [da operação] era adotar uma abordagem abrangente e integrada, que pudesse fechar os pontos de apoio do PCC no centro da cidade, os pontos que acabam alimentando toda essa atividade criminosa”, disse o governador em entrevista coletiva sobre o megaoperação.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, também esteve presente. A CGM está vinculada à prefeitura. Em suas redes sociais, Nunes disse que a direção disponibilizou 400 agentes para trabalhar na operação desta terça.

A maior parte da força de trabalho é composta por agentes estaduais e federais. A ação mobilizou mais de mil policiais rodoviários civis, militares e federais, procuradores, representantes de subprefeituras e do Ministério do Trabalho e Empregosegundo o governo de São Paulo. As equipas das forças de segurança e o Ministério Público devem executar mais de 200 mandados de prisão, busca e apreensão, sequestro e bloqueio de bens e suspensão da atividade económica.

A investigação do Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), investiga cinco áreas principais de atuação dos criminosos. Apontam para a exploração de mão de obra dependente química em locais como ferros-velhos e pontos de reciclagem; manutenção de redes hoteleiras como locais de exploração sexual e “tribunais do crime”; lojas clandestinas que recebiam celulares roubados e a atuação de guardas municipais para extorquir comerciantes e moradores da região central em troca de segurança.

O quinto núcleo da investigação centra-se Favela do Moinho que, segundo Gaego, seria a base da organização criminosa e onde havia depósitos de armas e drogas, além de uma rede de monitoramento de comunicação para o Polícia Militar.

Durante a ação, um dos presos foi Leonardo Monteiro Mojaconhecido como Leão do Moinhoapontado como um importante líder do PCC e proprietário de hotéis e estabelecimentos comerciais no centro.

A prefeitura deve vedar 44 imóveis que eram destinados à venda e consumo de drogas e montar uma estrutura de abrigo social no centro, para atender moradores locais, usuários de drogas e moradores de rua.

Segurança e uso de drogas na região conhecida como cracolândiaNo centro, estão dois temas sensíveis da cidade, que já foram explorados por candidatos a prefeito de São Paulo.

Apesar de ser uma questão de prerrogativa do governo estadual, a segurança é apontada como o principal problema da cidade, segundo pesquisa Ficha de dados lançado em julho. Para evidenciar a questão, três candidatos, entre eles o prefeito, escolheram ex-policiais militares como vice-presidente.

Conforme recomendação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e com o apoio de Tarcísio, Nunes foi nomeado vice Ricardo Mello Araújo (PL), ex-comandante da Rota. O “influenciador” Pablo Marçal (PRTB) escolheu o ex-PM Antônio de Jesus (PRTB). A empresária Marina Helena (Novo) passa tempo com o ex-coronel Reynaldo Priell Neto (Novo), ex-chefe de gabinete da Secretaria de Segurança Urbana. Além dos três candidatos que têm ex-PMs como vice-presidente, o apresentador José Luiz Datena tem a segurança como bandeira.

Nunes e Tarcísio exploraram a cooperação entre administrações municipais e estaduais no enfrentamento da Cracolândia e dos problemas de segurança. Tarcísio é um dos principais militantes do prefeito, ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O governador e o ex-presidente tiveram papel de destaque na convenção que oficializou a candidatura de Nunes no sábado (3). Na operação lançada nesta terça-feira, o governo de São Paulo divulgou ações de inteligência para identificar os envolvidos no esquema criminoso em cracolândia.

O deputado Tabata Amaral, candidato pelo PSB, concordou com a estratégia da operação, mas questionou por que a prefeitura não antecipou parte das ações. “O prefeito poderia ter agido e revogado as licenças desses hotéis e ferros-velhos há muito tempo, mas optou por não fazer nada. Por que?”.

Megaoperação na Cracolândia — Foto: Reprodução/X – governo de SP

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