As detenções em massa e os desaparecimentos de activistas intensificaram-se e seguem os modelos implementados pelos regimes de Cuba e da Nicarágua. Nicolás Maduro, presidente da Venezuela. Leonardo Fernandez Viloria/Reuters A máquina de repressão chavista tornou-se mais sofisticada e também tem atuado na prisão de ativistas de direitos humanos que tentavam obter informações sobre os detidos e desaparecidos após o anúncio dos resultados eleitorais na Venezuela. O ditador Nicolás Maduro diz que duas mil pessoas — “vândalos, drogados e fascistas”, na sua definição — foram presas na semana passada. A ONG Foro Penal identificou 939 até a tarde deste sábado (3), dos quais 10% são adolescentes. Clique aqui para acompanhar o canal internacional de notícias g1 no WhatsApp “As prisões seguem o mesmo padrão irregular e inconstitucional de violações dos direitos humanos. As autoridades não permitem o acesso à defesa do detido e isso está acontecendo em todo o país”, afirma o diretor da ONG, Alfredo Romero. Só para citar dois exemplos, o advogado Kennedy Tejeda, que trabalha como voluntário na entidade, foi preso quando verificava a situação de alguns presos em Carabobo. A ativista e professora universitária Edni López teve o passaporte cancelado no aeroporto de Maiquetía, em Caracas, quando tentava embarcar em um voo para Buenos Aires, e está desaparecida desde domingo. Até as eleições do dia 28, a Venezuela tinha cerca de 300 presos políticos. Com base em relatos de detenções em massa, desaparecimentos de activistas e imagens de pessoas a serem retiradas à força das suas casas, este número tornou-se irrealista. “Estamos diante da sofisticação do aparato repressivo venezuelano, os métodos são cada vez mais violentos, mais sangrentos, há padrões ligados ao medo e à intimidação, temos visto um protagonismo por parte dos coletivos, do Sebin (Serviço Nacional Bolivariano de Inteligência) e das forças policiais”, observou Wanda Cedeño, coordenadora da ONG Voto Jovem. A perseguição aos opositores segue os modelos arbitrários levados a cabo por Cuba e pela Nicarágua contra os dissidentes destes regimes. Como afirmou o procurador-geral Tarek William Saab, as detenções funcionam porque “purificam a sociedade”. Maduro incentivou a denúncia anónima por parte dos cidadãos, apelando aos seus seguidores para que usassem uma aplicação do regime, Ven App, para denunciar compatriotas que protestavam contra os resultados das 28.ªs eleições. “Vamos abrir uma janela no App que utilizamos para que toda a população possa fornecer de forma sigilosa os dados de todos os criminosos que atacaram as pessoas e possamos ir atrás deles.” Para se ter uma ideia do ciclo ininterrupto de violência por parte do aparelho estatal, vale lembrar que Maduro e seus capangas estão sob investigação do Tribunal Penal Internacional por abusos cometidos por autoridades e forças de segurança durante protestos contra o governo em 2017. A investigação foi aberta após denúncia da Argentina, Colômbia, Chile, Paraguai, Peru e Canadá, baseada em relatos de execuções extrajudiciais, tortura, prisões arbitrárias, desaparecimentos e abusos sexuais. LEIA TAMBÉM: Edmundo González se autoproclama presidente eleito da Venezuela Deputado venezuelano abre investigação criminal contra González e o acusa de se declarar ‘falsamente vencedor’ da eleição Suprema Corte da Venezuela convoca González para comparecer perante o tribunal e responder perguntas
Simulação de empréstimo consignado Bradesco
quantos empréstimos um aposentado pode contrair
empréstimo pessoal em curitiba
simulador de empréstimo consignado banco do brasil
simulador de empréstimo em dinheiro
The post Venezuelanos testemunham a sofisticação do aparato repressivo chavista apareceu pela primeira vez em WOW News.