Candidato à reeleição tinha 19% no final de agosto. Tabata e Datena empatam abaixo do trio, com 8% cada. Nova pesquisa realizada pela Quaest em São Paulo indica que os movimentos do 7 de Setembro e o maior tempo de exposição na TV favoreceram o candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB). O emedebista passou de 19% para 24% em duas semanas e agora aparece numericamente à frente de Pablo Marçal (PRTB), com 23%, e Guilherme Boulos (PSOL), que tem 21%. A margem de erro estimada da pesquisa é de mais ou menos três pontos percentuais, o que significa que o trio está tecnicamente empatado. O deputado federal, apoiado por Lula (PT) na disputa, tinha 22% das intenções de voto na pesquisa anterior, divulgada em 28 de agosto —antes, portanto, do início da propaganda eleitoral no rádio e na TV. Marçal e Nunes apareciam nessa altura com o mesmo índice, 19%. Abaixo do trio, a pesquisa realizada entre domingo e terça-feira mostra a deputada federal Tabata Amaral (PSB) na quarta posição, com 8% (mesmo percentual da pesquisa anterior), empatada com o apresentador José Luiz Datena (PSDB), que variou de 12% a 8% em duas semanas. A candidata Marina Helena (Novo) tem 2% de menções e também está empatada na dupla (ela tinha 3% na pesquisa anterior). A menos de um mês da votação, 8% dos eleitores declaram a intenção de votar em branco ou inválido (contra 7% na sondagem anterior), e outros 5% declaram-se indecisos — menos três pontos do que no final de agosto. O candidato Bebeto Haddad (DC) pontuou 1%, enquanto João Pimenta (PCO), Ricardo Senese (UP) e Altino Prazeres (PSTU) não pontuaram. Os resultados da pesquisa apontam para uma recuperação de Nunes, que disputa com Marçal o eleitorado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu apoiador, num embate que teve um capítulo importante no sábado. Em manifestação realizada na Avenida Paulista, o emedebista embarcou no mesmo carro de som de Bolsonaro e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), mas participou de forma discreta, quase despercebida. O ex-técnico, que dias antes havia viajado para El Salvador, desfilou entre os manifestantes para produzir conteúdo para suas redes sociais, sua principal plataforma promocional. Marçal é o único entre os líderes da disputa que não tem direito a tempo durante o horário eleitoral obrigatório e tem sido alvo de seus adversários — Nunes adotou recentemente em suas propagandas um roteiro semelhante ao que Tabata já vinha usando contra o Candidato PRTB nas redes sociais, com a lista de acusações feitas em cenário digno de filme policial. Boulos aproveitou o episódio em sua propaganda de TV, dizendo que estava visitando a periferia da cidade enquanto seus adversários participavam de um evento comemorativo do ataque à democracia ocorrido em 8 de janeiro de 2023. O candidato ofereceu grande parte de seu tempo de exposição em as telas Lula, buscando fortalecer sua ligação com o presidente, e também com sua candidata a vice-presidente, a ex-prefeita Marta Suplicy (PT). Contratada pela TV Globo, a pesquisa realizada pela Quaest entre os dias 8 e 10 de setembro entrevistou 1,2 mil eleitores com 16 anos ou mais. A pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral sob o número SP-09089/2024.
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