As Paraolimpíadas chegaram ao fim, mas a valorização das atividades esportivas voltadas para pessoas com deficiência não deve acabar ou ser vista apenas neste período dos Jogos Paralímpicos. Terminam no dia 8 de setembro as Paraolimpíadas de Paris, Jogos em que o Brasil bateu recorde de medalhas. No total, foram 89 medalhas, sendo 25 de ouro. Três paraenses subiram ao pódio na França: Fernanda Yara, ouro nos 400m no atletismo, Luh Sousa, prata no revezamento de natação, e Parazinho também conquistou o bronze com o time de goalball. As Paraolimpíadas chegaram ao fim, mas a valorização das atividades esportivas voltadas para pessoas com deficiência não deve acabar ou ser vista apenas neste período dos Jogos Paralímpicos. Projetos de esporte adaptado promovem igualdade de oportunidades no Pará A equipe de basquete em cadeira de rodas “Gigantes de Aço”, de Parauapebas, recebeu, em agosto, 10 cadeiras de rodas adaptadas para a prática esportiva. Crédito: Divulgação Projetos que promovem a inclusão ganham medalha de ouro quando se trata de investir e acreditar, todos os dias, no potencial das comunidades. Chegou recentemente uma dessas medalhas para a equipe de basquete em cadeira de rodas “Gigantes de Aço”, da Associação dos Portadores de Deficiência Física de Parauapebas e Região (APDFIP). Em agosto, o grupo recebeu 10 cadeiras de rodas adaptadas. O projeto “BCR para Todos”, do qual a equipe faz parte, é patrocinado pela Vale por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, em parceria com a Confederação Brasileira de Basquete em Cadeira de Rodas (CBBC). Geová Botelho, técnico e capitão do time “Gigantes de Aço”, comemorou a iniciativa. “Estamos muito felizes em nos beneficiar deste projeto. Essas cadeiras nos proporcionarão mais qualidade em nossos treinamentos, pois são cadeiras profissionais que nos permitirão desenvolver melhor nossas atividades esportivas de alto rendimento”, comenta. Outra iniciativa que também está no pódio é o Projeto Incluir, que incorpora diversas modalidades de esportes adaptados e oferece alternativas saudáveis e construtivas para crianças, jovens e adultos do sudeste paraense, promovendo ensino e aprendizagem aos participantes. Técnico em administração e integrante do projeto Incluir há 1 ano e 8 meses, Erick dos Santos, 35 anos, encontrou na prática da Bocha, esporte que surgiu na Grécia antiga e chegou ao Brasil no início do século 20, o possibilidade de evoluir em seu processo de reabilitação. O atleta, que tem Distrofia Muscular Congênita e é cadeirante, descobriu o esporte durante tratamento na Rede Sarah Kubitscheck e, no ano passado, conquistou a medalha de bronze em competições da região Norte. Em 2024, acaba de conseguir a classificação para atuar como atleta profissional da modalidade. – O que me fez escolher a bocha foi a facilidade de jogar e como ela ajuda no processo de reabilitação. Minha saúde melhorou consideravelmente junto com minha disposição física, meu estado psicológico e meu humor. Entendo que a inclusão e o investimento das pessoas com deficiência no desporto são essenciais porque qualquer forma de exercício é válida e traz vantagens como a socialização e, sobretudo, o respeito, dentro e fora do desporto. Assista vídeos sobre o esporte paraense
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