Depois de confirmar a recepção de denúncias de assédio sexual alegadamente cometidos pelo Ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Sílvio Almeidaa Organização Não Governamental (ONG) Eu também chamou a atenção para suas ações em relação ao atendimento às vítimas. Principalmente depois de uma nota do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) afirmar que a organização “tem um histórico relacional controverso em relação às atribuições deste departamento” e ter tentado intervir num processo licitatório, sugerindo assim que as denúncias poderiam ser retaliação. A nota foi repudiada por Me Too.
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A Me Too Brasil é uma organização sem fins lucrativos que presta apoio a vítimas de violência sexual. A organização foi inspirada no movimento iniciado nos Estados Unidos que foi responsável por condenar o produtor de Hollywood Harvey Weinstein a 23 anos de prisão. As acusações contra Weinstein começaram em 2017 e desencadearam o movimento #MeToo, que expôs casos de abuso sexual em Hollywood.
No Brasil, a ONG existe desde 2020 e segundo dados publicados em seu site, já foram prestados 250 serviços, com 120 encaminhamentos realizados e 420 voluntários cadastrados. A ONG é uma organização que conta com uma equipe de psicólogos e advogados para apoiar as vítimas. A entidade não recebe denúncias, mas sim denúncias de assédio via site ou telefone. A partir desse contato, as vítimas são encaminhadas para atendimento psicológico, jurídico e social. Os parceiros da entidade incluem grandes empresas e representantes de instituições financeiras.
Ao explicar sua atuação constante no site, a organização afirma: que “A Me Too Brasil trabalha de forma totalmente voluntária e conta com mulheres – e homens – comprometidos com o combate à violência sexual no Brasil e com ampla expertise em suas respectivas áreas de conhecimento”.
Sobre a posição do ministério, a ONG refutou as acusações e afirmou que “é inaceitável que canais oficiais de comunicação pública sejam utilizados para defesa pessoal de qualquer autoridade, especialmente em situações que exijam investigação”. E afirmou que: “a entidade não participa de licitações, não recebe e nunca recebeu qualquer tipo de financiamento público e atuou como sociedade civil colaboradora, fornecendo sugestões para melhoria do modelo de licitação herdado do governo anterior”.
A entidade confirmou as denúncias após publicar reportagem feita pelo portal “Metrópoles” sobre o caso. Segundo a nota, a confirmação ocorreu com o consentimento das vítimas. O ministro nega as acusações. “A organização de defesa das mulheres vítimas de violência sexual, Me Too Brasil, confirma, com o consentimento das vítimas, que recebeu denúncias de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos. Eles foram atendidos pelos canais de atendimento da organização e receberam apoio psicológico e jurídico.”
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