Entre os dias 7 e 15 de setembro, a previsão é que quase todas as regiões do Estado registrem baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas. O Paraná está em alerta para uma nova onda de calor que deve atingir o estado na próxima semana. Entre os dias 7 e 15 de setembro, a previsão é que praticamente todas as regiões do Paraná registrem baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas, segundo o Simepar e a Defesa Civil. Na última quarta-feira (4/9), foi decretada situação de emergência em todo o Estado devido à seca que atinge vários municípios paranaenses desde o mês passado. Somente em agosto, o Estado registrou cerca de 20 mil focos de calor, aproximadamente seis vezes mais do que o registrado em julho. Leia também Mapa das queimadas: veja as cidades afetadas pelas queimadas no Brasil La Niña coloca em alerta produtores paranaenses ‘Soltamos os frangos e porcos para que não morram queimados’ Segundo previsão do Simepar, a umidade relativa mínima média na semana poderá ser inferior a 20% nas regiões Norte e Noroeste e inferior a 30% nas regiões Centro e Sudoeste do Paraná. Somente o Litoral deverá registrar umidade relativa mínima superior a 60% no período. A temperatura máxima média deve ficar acima de 30ºC em quase todo o estado. Nas regiões Norte e Noroeste, os termômetros podem registrar anomalia de temperatura de até 8º C, o que significa que as temperaturas ficarão acima das médias históricas do período. “Teremos onda de calor e tempo seco em quase todo o estado, exceto no litoral. Quando isso acontece por dias seguidos, as condições são favoráveis para a ocorrência de incêndios, por isso é preciso ter cuidado nesse período”, afirma o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib. Previsão de temperaturas máximas no Paraná Decreto Simepar Por meio do Decreto 7.258/2024, fica autorizada a dispensa de licitação de contratos de prestação de serviços, obras e aquisição de bens necessários ao combate à seca pelo prazo máximo de 180 dias. A medida também reforça a mobilização de órgãos estaduais vinculados à Coordenadoria Estadual de Defesa Civil. A situação é causada pela sequência de dias com altas temperaturas e baixa umidade relativa, o que aumenta o risco de incêndios florestais. Nos primeiros oito meses do ano, foram registrados mais de 10 mil incêndios no Estado, segundo o Corpo de Bombeiros. Para a Federação da Agricultura do Estado do Paraná, a publicação do decreto reflete a gravidade do momento. “A adoção de medidas é fundamental para minimizar os impactos no setor agrícola e também na sociedade. Afinal, o grave desabastecimento que o Estado vive e o alto índice de incêndios florestais têm gerado perdas econômicas”, afirma o presidente interino do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette. “Além dos danos às áreas de produção agrícola, os incêndios também estão devastando nossas florestas e áreas de preservação ambiental, colocando em risco a população civil, a biodiversidade e os recursos naturais”, acrescenta o diretor. A federação destaca ainda que o decreto atende ao pedido do segmento. Trigo Uma das culturas mais afetadas pelos extremos climáticos no Paraná é o trigo. Segundo boletim do Departamento de Economia Rural (Deral) divulgado esta semana, a colheita do trigo avança com produtividade abaixo do esperado devido à estiagem, com aumento no ritmo de trabalho esperado para os próximos dias. “Algumas áreas estão sujeitas à dessecação devido ao crescimento desigual causado pela falta de chuvas durante o seu desenvolvimento”, informa o boletim. Segundo o Deral, até o dia 2 de setembro, 11% da safra de trigo já havia sido colhida no Estado, sendo 28% em condições ruins, 36% médias e 36% boas. Alertas e recomendações Quando as condições climáticas indicam alto risco de incêndios florestais, a Defesa Civil emite alertas aos bombeiros regionais, para que a corporação possa agir com maior rapidez na resposta aos focos que surgirem. Em agosto, a Defesa Civil emitiu alertas de alto risco para todo o Estado entre os dias 18 e 23. “É importante que a população esteja alerta nestes horários para evitar qualquer incêndio e avisar os bombeiros quando notar algum foco. É preciso ficar ainda mais alerta em locais remotos, onde os incêndios podem ter maiores proporções”, alerta Marcos Vidal da Silva Junior, membro da Defesa Civil. Segundo a porta-voz do Corpo de Bombeiros, capitã Luisiana Guimarães Cavalca, pequenas ações podem fazer a diferença e evitar grandes incêndios. “As principais recomendações são não usar fogo para limpar terreno, não queimar lixo, não soltar balões e descartar corretamente o material vegetal, evitando pilhas de folhas e galhos”, orienta. O tempo seco também causa desconforto respiratório e pode agravar problemas respiratórios como asma e bronquite. Isso acontece porque o tempo seco desidrata as vias respiratórias e causa irritação. Por isso, segundo especialistas, nesse período é importante hidratar-se com frequência.
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