A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) de Câmara rejeitou nesta terça-feira, por 36 votos a 18, o pedido para retirar da pauta a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que restringe decisões monocráticas de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e de outros tribunais superiores, como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A medida foi desbloqueada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e encaminhada à CCJ após o ministro Flávio Dino, do STF, bloquear o pagamento de emendas parlamentares na semana retrasada.
A pedido do líder da oposição na Câmara, Filipe Barros (PL-SC), nomeado relator na semana passada, o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) substituiu-o no papel. Barros desistiu porque viajava com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Após a leitura do parecer pelo relator, houve um pedido de visão coletiva feito por parlamentares da base aliada do governo Lula, que adia a análise da PEC para duas sessões. Os deputados Orlando Silva (PCdoB-SP), Patrus Ananias (PT-RS), Chico Alencar (Psol-RJ) e Welter (PT-PR) pediu uma vista.
Além da oposição, os parlamentares do Centrão votaram fortemente pela manutenção do projeto na pauta do colegiado liderado por Caroline de Toni (PL-SC).
Aprovada pelos senadores em novembro do ano passado, a PEC proíbe a concessão de decisão monocrática que suspenda a eficácia da lei e só permite que sejam tomadas durante o recesso do Judiciário – e, neste caso, com julgamento dos demais ministros no âmbito 30 dias. . Além disso, determina que as decisões cautelares sobre a inconstitucionalidade de leis deverão ter seu mérito julgado no prazo de seis meses.
Ao final da leitura de seu parecer, Van Hattem defendeu o avanço da medida. “Esta é uma proposta absolutamente equilibrada. Eu gostaria que fosse um pouco mais longe. Mantém espaço para outras decisões monocráticas. É a medida mínima necessária para que as relações entre os poderes sejam verdadeiramente republicanas.”
Na semana passada, a presidente da CCJ afirmou não ver problemas na eventual análise da PEC pela CCJ, porque a comissão apenas avalia a admissibilidade e não analisa o mérito. “Na CCJ é só admissibilidade. Depois há a comissão especial. São projetos tranquilos para planejarmos e acredito que iremos aprová-los diante dos últimos acontecimentos ocorridos no Supremo”, afirmou Caroline.
Apesar do eventual avanço da PEC na CCJ, interlocutores de Lira acreditam que ele não determinará a criação da comissão especial, próximo passo do processo, assim que o texto avançar no colegiado presidido por Caroline.
Para eles, o presidente da Casa atuará com cautela para evitar que a iniciativa seja vista como uma afronta ao Judiciário.
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