agosto 29, 2024
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Selic sobe, juros nos EUA caem. Mas e a bolsa? | Bolsas e índices

Selic sobe, juros nos EUA caem. Mas e a bolsa? | Bolsas e índices
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No início do ano, o cenário desenhado para o mercado acionário brasileiro era bem diferente do atual. As apostas eram de que seria um ano positivo para as ações, até porque a Selic cairia muito. Em meados do terceiro trimestre, porém, o contexto é muito diferente. As perspectivas, quem diria, são um aumento nas taxas de juros aqui. Mas engana-se quem pensa que, por conta disso, a bolsa deixou de ser atraente. Depois de quebrar o recorde do anoanalistas acreditam que Ainda há razões para permanecer otimista com ela. E a razão vem de fora: Taxas de juros mais baixas nos Estados Unidos poderiam beneficiar o Ibovespa.

Primeiro você precisa entender isso O Brasil e os Estados Unidos estão em uma situação econômica muito diferente. E os dois cenários também trazem consequências diferentes para o mercado financeiro. No brasildepois um início de ano calmo, com a subida dos preços aparentemente sob controlo, A força da atividade econômica fez com que a inflação voltasse. E assustou a ponto de o Banco Central interromper o ciclo de cortes da Selic e começar a considerar um aumento nas taxas de juros.

Mesmo com IPCA-15 apresentando desaceleração, não foi suficiente para trazer alívio, como destacou Roberto Campos Neto, presidente do BC. E o futuro presidente, Gabriel Galípoloatual diretor de política monetária que tomará posse no final do ano, também já deu sinais de ser a favor do aumento das taxas de juro. Além disso, os dados económicos que acompanharam o indicador também não foram muito encorajadores. O Caged mostrou que o mercado de trabalho continua aquecido e, por isso, as pressões inflacionárias continuam.

Sobre isso, os Estados Unidos seguiram o caminho oposto. No início do ano, a economia apresentou resiliência (e, consequentemente, mais pressão inflacionária). Recentemente, no entanto, os indicadores económicos mostraram uma desaceleração da economia, o que significa que a inflação pode estar sob controle. Assim, O Federal Reserve (Fed, banco central americano) já sinalizou que um corte nas taxas de juros deverá ocorrer na reunião da próxima semana.

Como bem sabemos, o aumento e a diminuição das taxas de juro têm efeitos diferentes nos investimentos. Se as taxas de juros subirem (como provavelmente acontecerá no Brasil em breve), ativos de renda fixa ficam mais atrativos. Isso ocorre porque sua renda está vinculada a juros. Portanto, se as taxas de juros forem maiores, sua rentabilidade também será maior. O mercado de ações, por sua vez, passa a ser negligenciado. Afinal, por que arriscar se a renda fixa está rendendo mais?

Portanto, uma Selic mais alta seria suficiente para afastar os investidores do Ibovespa e derrubá-lo, certo? Não necessariamente. Segundo analistas, é possível que o corte dos juros nos Estados Unidos ajude o mercado acionário brasileiro. Tal como um aumento nas taxas de juro favorece o rendimento fixo e penaliza o mercado bolsista, um corte nas taxas de juro faz o oposto. Nos Estados Unidos, as taxas deverão começar a cair na próxima semana. Isto significa, então, que se espera que o apetite pelo risco dos investidores aumente, à medida que se espera que a rentabilidade da renda fixa americana diminua. E, segundo analistas, O Brasil parece ser um bom destino para estrangeiros.

“Com o início do ciclo de corte de juros nos Estados Unidos, há menos atratividade na renda fixa americana e maior no capital de risco. E isto beneficia enormemente a procura de risco nos mercados emergentes. maior fluxo de estrangeiros para esses mercados. O O Brasil, além de ser grande, líquido e com uma economia indo bem, está bem posicionado em relação aos seus concorrentes. Isto porque a China tem dificuldade de crescer, o México está numa situação política complicada e a Índia tem ativos caros“, afirma Priscila Araújo, parceiro de O3 Capital.

Segundo o especialista, outro ponto importante é que um aumento nas taxas de juros agora no Brasil pode trazer um sinal positivo ao mercado. Isso porque, segundo o gestor, Isto daria origem à ideia de que o Banco Central está verdadeiramente empenhado no combate à inflação, a ponto de antecipar um movimento para evitar que ele retorne, o que poderia gerar mais confiança estrangeira no mercado brasileiro.

“Esse processo de aumento dos juros pode ser positivo para o mercado acionário, porque gera maior confiança no cenário, na questão fiscal, no comprometimento da política monetária. E o mercado de ações gosta de previsibilidade“, afirma.

Fernanda Siqueira, chefe de pesquisa da Guia de Investimentotem uma visão um pouco mais cautelosa, mas ainda otimista. Para ele, uma alta da Selic neste momento pode não comprometer o mercado acionário se o mercado entender que se trata de um caso pontual. Ele afirma ainda que o mercado acionário brasileiro tende a acompanhar o que acontece no mercado americano. Dado que se espera que o mercado de acções dos EUA continue a subir, especialmente depois da queda das taxas de juro e com o risco de recessão nos EUA diminuindoO Ibovespa deverá seguir o mesmo caminho.

“A coisa mais provável de acontecer, na minha opinião, é que a bolsa continua a sair. E espera-se que o mercado de ações americano suba ainda mais com o corte das taxas de juros naquele país. Então, o mercado de ações aqui deve continuar subindo, principalmente porque acho que a alta da Selic vai ser pequena“, afirma.

O riscosegundo o especialista, é que a economia continue resiliente e a inflação seja persistente, mesmo com esses aumentos da Selic. Isso poderá levar o BC a continuar aumentando os juros no próximo ano, o que poderá gerar muita insatisfação no governo e no Congresso.gerando pressão para aumento de gastos e comprometendo assim a questão fiscal.

“A única maneira de uma alta dos juros aqui ser positiva para o mercado de ações é se as pessoas entenderem que será muito pontual, em um curto espaço de tempo, e, enquanto isso, há um cenário favorável para que os fluxos estrangeiros cheguem voltar. aqui”, diz ele. “Meu medo é apenas se a inflação continuar surpreendendo para cima e a atividade continuar muito forte. Porque aí a reação do governo poderia ir contra o trabalho que está sendo feito pelo Banco Central”, afirma.

Embora as preocupações fiscais estejam latentes no mercado (afinal, um país com contas públicas em dia tende a atrair mais investimentos), Beto Saadia, economista e sócio da Nomos, afirma que este pode ser um ponto positivo neste momento.

Para ele, o facto de os impulsos fiscais terem diminuído recentemente (com medidas como redução de impostos sobre a folha de pagamento) pode ajudar a controlar a inflação no futuro e, consequentemente, ajudar a manter o fiscal sob controle. Estas medidas, combinadas com o corte das taxas de juro nos Estados Unidos, poderão trazer investidores para cá, especialmente depois da forte saída dos últimos meses.

Estas são duas boas notícias que contribuem para a alta da bolsa. A primeira é que o impulso fiscal diminuirá. E este foi um dos grandes incentivos à inflação nos últimos anos. A segunda são as taxas de juros mais baixas nos EUA. E a partir do momento que há essa notícia positiva, o Brasil acaba sendo um bom destino para estrangeiros. Houve muita saída de capital dos fundos multimercados nos últimos dois anos, tivemos uma saída forte de estrangeiros esse ano, então, a bolsa é muito barata“, afirma.

E no meio disso tudo, onde investir?

No início do ano, quando a perspectiva era de que a Selic continuasse em trajetória de queda, as principais recomendações se concentraram nas ações de empresas que se beneficiariam com juros mais baixos, como varejistas e construtoras. Com a perspectiva de aumento dos juros, porém, esse cenário mudou. Mesmo que a projeção seja de que o mercado acionário continue em alta, os títulos considerados mais seguros são a tendência atual.

Agora, é melhor evitar grandes riscos, como exportadores e produtores de commoditiesporque estamos num cenário de baixo crescimento global. O petróleo subiu recentemente, mas não muito. Então, nessa área de commodities somos muito seletivos”, afirma Siqueira, da Guide.

Para ele, papéis cíclicos (ou seja, sensível aos ciclos económicos) eles podem não se sair tão bem num cenário como o atual. Portanto, as apostas são nos setores mais defensivos.Estamos a olhar atentamente para as quotas dos supermercados, bem como para as quotas das concessões rodoviárias, da distribuição de combustíveis e até do setor financeiro, que, embora já tenha subido muito, os resultados têm sido bons”ele afirma.

Apesar de destacar que O mercado de ações brasileiro, em geral, tem preços atrativosAraújo, da O3, afirma que, justamente porque a atividade econômica é forte no Brasil, alguns setores podem se beneficiar mais.

O setor financeiro se beneficiaporque as altas taxas de juros são favoráveis ​​ao spread bancário. As seguradoras também“, ele afirma.”Além disso, os sectores nacionais têm mais vento favorável do que as matérias-primas que dependem da China e dos EUA, que estão a abrandar. Os segmentos de infraestrutura, shopping centers e setor elétrico também são boas apostas, assim como o varejo de vestuário, que tem boas oportunidades“, afirma.

Araújo lembra disso, porque “a bolsa é barata“De uma forma geral, é importante, neste momento, olhar para a dinâmica da empresa, para os seus dados e para o mercado em que atua, para tomar as melhores decisões.

Por fim, a Saadia, da Nomos, tem uma solução um pouco mais prática. Para ele, Investir no índice “small caps” pode ser suficiente para garantir bons ganhos. Para quem não sabe, essas empresas são aquelas com menor valor de mercado, mais expostas à economia local.

“Muita gente diz que é importante selecionar ações e tudo mais. Mas neste caso não é importante, porque a aula [de empresas menores] como um todo é prejudicado pela saída. Quando saem estrangeiros, fundos, etc., eles vendem uma cesta inteira de ativos. Então, em geral, tudo é barato nessa categoria”, finaliza.

sobe, desce — Foto: Getty Images

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Após a alta da Selic, as taxas de juros nos EUA caem. Mas e a bolsa? | Bolsas de Valores e Índices apareceram primeiro no WOW News.



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