O impacto desse movimento no Brasil, que já conta com esse tipo de produto de investimento desde 2021, foi sentido com um aumento significativo no número de cotistas nos 12 ETFs listados na B3, a bolsa de valores brasileira.
O segundo trimestre do ano, porém, foi marcado por uma queda generalizada, com a principal criptomoeda em valor de mercado perdendo cerca de 10%. Mesmo assim manteve rentabilidade positiva e os acionistas também mantiveram suas posições.
O ano de 2023 terminou com cerca de 210 mil cotistas em cripto ETFs e, no final de julho passado, chegaram a quase 230 mil. A média diária de negociações ultrapassa 16 mil, com movimentações financeiras de R$ 49 milhões, sendo mais da metade liderada pelo HASH11, primeiro cripto ETF do mundo, composto por uma cesta variada de ativos, lançado pela gestora brasileira Hashdex, em agosto 2021.
Na semana passada, o mercado brasileiro voltou a assumir a liderança com o lançamento de um ETF para solana, criptomoeda da rede blockchain de mesmo nome, que cresce no ecossistema de finanças descentralizadas (DeFi), com o desenvolvimento de contratos inteligentes.
Os chamados contratos inteligentes, em inglês, são aplicações autoexecutáveis que contêm todas as definições e condições dos contratos financeiros que estão substituindo documentos tradicionais como empréstimos e compra e venda de ativos reais, como imóveis.
A QR Asset Management, gestora responsável pelo primeiro ETF de bitcoin “puro”, lançado em 2021, obteve aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para colocar no mercado o QSOL11, que começará a ser negociado na B3 no final do mês .
“Com a aprovação do novo ETF Solana, o Brasil volta a estar na vanguarda”, destaca Renato Nobile, gestor da Buena Vista Capital. “Tanto na quantidade de ETFs como, principalmente, na diversificação de protocolos e estratégias, o Brasil está muito, muito avançado em comparação aos países desenvolvidos.
Reforço americano e maturidade brasileira
Theodoro Fleury, gestor e diretor de investimentos da QR Asset Management, destaca que a chegada dos ETFs de bitcoin ao mercado americano influenciou os investidores brasileiros. “Assim como acontece com outros cases e ativos, as tendências do mercado americano acabam chegando ao mercado brasileiro. A repercussão gerada pela chegada dos ETFs de bitcoin aos EUA, associada à forte valorização do ativo, chamou a atenção para os ETFs listados aqui no Brasil.”
Segundo Fleury, o movimento “gerou um fluxo positivo de recursos para esses veículos, principalmente ETFs de bitcoin, como o QBTC11, que teve um aumento significativo no número de cotistas ao longo de 2024”.
Lançado em 2022, no auge do chamado inverno criptográfico, quando o preço do bitcoin despencou, o BITI11 é um dos destaques deste ano. O número de cotistas do ETF Itaú Asset bitcoin cresceu cerca de cinco vezes.
Para Renato Eid Tucci, líder de estratégias indexadas e investimento responsável do Itaú Unibanco, “o crescimento no número de acionistas do BITI11 é um forte indicativo da maturidade dos investidores brasileiros em relação aos criptoativos”.
“Esse aumento demonstra maior aceitação e confiança nesses ativos, à medida que os investidores buscam novas formas de diversificar suas carteiras”, destaca Tucci.
Para ele, as perspectivas para os cripto ETFs são promissoras, “pois esses produtos oferecem uma forma acessível e segura de exposição ao mercado criptográfico, sem a necessidade de gerenciar diretamente as complexidades desses ativos”.
O pioneiro HASH11 registrou crescimento mais modesto no número de cotistas, de janeiro a julho, mas continua sendo o mais negociado em seu segmento e o terceiro maior entre todos os ETFs negociados na B3.
“O HASH11 tem uma proposta de valor diferente dos ETFs compostos por um único ativo, pois oferece ampla exposição ao crescimento do mercado de criptoativos, independente de quais teses sairão vitoriosas no curto prazo”, observa João Marco, diretor de gestão da Hashdex.
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