Projeto mineiro transforma retalhos de marcas famosas do grupo Soma em ecobags

Iniciativa vinculada à Universidade Federal de Uberlândia promove o empoderamento feminino por meio da moda sustentável com participação de costureiras locais. Participante do projeto Aroeiras em ação Projeto Aroeiras/Divulgação Linhas, agulhas, tecidos e criatividade são tudo o que Aroeiras precisa para bordar cores e histórias que serão carregadas por muitas pessoas. Transformam sobras e tecidos reciclados em produtos únicos e cheios de vida. O que deveriam ser apenas bolsas virou expressão de arte, resiliência, empoderamento feminino e irmandade através do Projeto Aroeiras, que carrega a alma e a essência do cerrado mineiro. O g1 conversou com a pioneira da iniciativa, a estudante de Nutrição Tarcila Martins, que explicou cada detalhe da ideia que, nas palavras dela, “é como coração de mãe”. A iniciativa social está vinculada à equipe Enactus da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e tem como foco ajudar estudantes universitários a melhorar o mundo por meio da ação empreendedora. Receba novidades do Triângulo e região no WhatsApp Pensando em utilizar materiais que muitas vezes são descartados pelas grandes marcas têxteis, em meados de 2019, Tarcila Martins liderou o projeto que abraçou mulheres dos bairros periféricos de Uberlândia e trouxe cor para suas vidas. A aluna conta que “a vontade de aprender o ofício da costura e também a vontade de ganhar uma renda adicional” foram fatores muito importantes que a ajudaram na criação do projeto. No entanto, as coisas não começaram como são hoje. Em 2019, “o projeto teve apenas uma atividade: capacitação em corte e costura ministrada por integrantes da equipe Enactus UFU e professores voluntários”, explica Tarcila. “Depois, enfrentamos a pandemia, com atividades remotas e trabalhando com sobras doadas pelas costureiras locais. Só em 2022 recebemos os tecidos do Grupo Soma e celebrámos uma parceria com o Centro Comunitário Sal da Terra, onde atualmente decorrem as nossas atividades. lugar.” Crescimento em 2023 No início de 2023, a Aroeiras vendeu seu primeiro produto, as “ecobags Aroeiras”, todas feitas com sobras das marcas Farm, Maria Filó e Hering. Mulher usa uma das ecobags do Projeto Aroeira Projeto Aroeiras /Divulgação Hoje, o projeto cresceu e atua em duas vertentes: curso básico de corte e costura ministrado pela professora Osana Carvalho e criação de novos produtos, além de formação administrativa e comercial São costureiras do bairro Shopping Park, que. já sabemos como fazer os produtos “Aroeiras ainda não é uma marca exemplar na economia circular, mas definitivamente acreditamos e contribuímos para uma moda mais sustentável.” Por que “Aroeiras”? O nome Aroeiras tem uma explicação muito simples: inspirado nas árvores do cerrado e na sua resiliência, representa a força que a mulher Tarcila tem, que há 5 anos teve o desejo de ajudar e mudar o mundo em alguns. Dessa forma, também enfrentou muitas dificuldades na condução do projeto “O principal desafio que encontramos até agora foi entender como poderíamos alinhar os aspectos sociais e ambientais e manter a autosustentabilidade do negócio, e implementar isso na comunidade”. Juntas, a Aroeiras conseguiu superar esses desafios e fazer a marca crescer nacionalmente. Costureiras durante o projeto Projeto Aroeiras/Divulgação Impacto Social Desde o início, o projeto mostrou a força da Aroeiras. Além disso, fortaleceu cada vez mais a vida e a psicologia das artesãs. “Algumas mulheres que participaram do projeto conseguiram investir em coisas que antes não eram possíveis, como Dona Lenir, que pintou a fachada de sua casa, e Dona Maria, que conseguiu consertar sua máquina de costura.” Tarcila conta ainda que a única coisa planejada na marca era o público-alvo, que eram os jovens. O resto aconteceu de forma orgânica e ela não tinha ideia do impacto que a marca teria na vida de todos. na vida das mulheres envolvidas, percebemos que é algo muito orgânico. Elas apresentam melhorias na costura e um aumento significativo na renda, mas também podemos observar uma melhora na autoestima e nas habilidades psicossociais”. Uberlândia UFU Aroeiras Projeto/Divulgação Além do impacto social, há também o impacto ambiental. Desde a sua criação, a marca quis ressignificar a moda de forma sustentável, utilizando materiais descartados por fabricantes de roupas e grandes grupos de moda. “A parceria é direta com o Grupo Soma, responsável por marcas como Farm, Animale e Maria Filó. Eles têm um programa de doação de sobras dessas grandes marcas. Entramos em contato e nos responsabilizamos pela contratação de uma empresa que faria o transporte correto dos resíduos têxteis. .” VÍDEO: Família é feita refém após dupla roubar doce e não escapar com motocicleta Briga de família na véspera de Natal termina com dois esfaqueados Golpistas fingem ser banqueiros e fazem mulher perder mais de R$ 25 mil em golpe telefônico Futuro da marca As Aroeiras cresce , e Tarcila quer que a marca alcance patamares cada vez maiores. Para isso, trabalham em produtos que atendem a uma gama maior de clientes, mas sempre mantendo um único critério: “manter a identidade”. “Estamos trabalhando para transformar o projeto em têxtil”. cooperativa de gestão de resíduos e fabricação de artigos de moda, liderada pelas nossas Aroeiras”, complementa. Como participar do projeto e comprar ecobags Os cursos oferecidos pelas Aroeiras são abertos a mulheres. As participantes só precisam ter disponibilidade e vontade de aprender costura, bordado. e outras atividades oferecidas pela comunidade Para costurar as peças é preciso ter experiência em costura – embora, no momento, a marca já tenha costureiras “permanentes”. A marca atualmente vende em feiras que ocorrem esporadicamente na cidade e também por meio de. mídia social. Projeto Aroeiras costura Uberlândia UFU Projeto Aroeiras/Divulgação Acompanhe as redes sociais do g1 Triângulo: Instagram, Facebook e Twitter Receba novidades do g1 Triângulo no WhatsApp VÍDEOS: veja tudo sobre Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas A

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