Cleverton Vieira Santos nasceu prematuro e teve sequelas neurológicas. Cleverton Vieira Santos recebeu alta após um ano e sete meses internado em Santos. Vanessa Rodrigues/A Tribuna Jornal O pequeno Cleverton Vieira Santos trocou as paredes do hospital pelo ar puro da rua e pelo conforto do lar. Ele recebeu alta do Hospital Guilherme Álvaro, em Santos, litoral de São Paulo, após 1 ano e 7 meses de internação na unidade. Clique aqui para acompanhar o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. A chegada em uma casa adaptada em Praia Grande (SP) dá início a uma nova fase na vida de Cleverton e de sua mãe Josefina Vieira Santos, que moram na unidade pediátrica da unidade de saúde há 570 dias. “É muita emoção. Não consegui dormir esta semana porque estava muito ansiosa”, disse Josefina ao g1. A mulher começou a morar no hospital após dar à luz o menino, em 10 de janeiro de 2023, quando estava grávida de 31 semanas. e ela teve um descolamento prematuro da placenta. Cleverton nasceu fraco e teve anóxia. [falta de oxigênio no cérebro] sério. Segundo a coordenadora médica da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica do Hospital Guilherme Álvaro, Marcella Galafassi, o bebê passou por reanimação neonatal por 25 minutos e, por isso, ficou dependente de ventilação mecânica por um longo período. “Com essa falta de oxigenação, os pulmões não vão muito bem e o cérebro também sofre. E ele teve convulsões, várias infecções, ficou muito grave”, lembrou o especialista. Josefina recebeu apoio do namorado na alta de Cleverton Vanessa Rodrigues/A Tribuna Jornal Tratamento Durante o tratamento do menino, Josefina passou a morar no hospital e teve que deixar as filhas, de 12 e 19 anos, com a família em Sergipe, no Nordeste. “A batalha foi ótima. Não pude ficar com eles, porque minha vida parou e eu [estava] no hospital. Me dediquei a ele”, enfatizou. Segundo a mãe, ela morava em São Vicente, mas só passava no imóvel para lavar roupa. Ela logo retornou à unidade pediátrica. “Foi muito doloroso.” Apesar das complicações no quadro de Cleverton, ele conseguiu ganhar peso com ajustes na dieta e foi retirado da ventilação. Atualmente, ele respira sem auxílio de ventilação mecânica e se alimenta por gastrostomia, que é a alimentação direta no estômago por meio de sonda. Com a melhora, a equipe médica iniciou procedimentos para preparar a alta médica do bebê. “O que nos deixa felizes é que ele terá a chance de conhecer o mundo, conhecer a praia, ir a um parquinho e ter uma vida mais próxima da de uma criança neurotípica”, destacou a coordenadora da UTI pediátrica. Alta Para poder ver o filho fora do hospital, Josefina teve que se mudar para uma casa adaptada em Praia Grande. O imóvel recebeu a visita da equipe do Programa Melhor em Casa, que aprovou as condições para a liberação do bebê. Como a mãe não tinha berço ou outros itens básicos para cuidar do bebê em casa, a equipe do hospital, composta por médicos, enfermeiros e fisioterapeutas, organizou uma arrecadação para fornecer móveis e tudo o que fosse necessário para o cuidado de Cleverton. “Tudo que está em casa, eles doaram para mim. Arrumaram tudo, até o quarto do meu filho. Deus é maravilhoso e a equipe do hospital é adorável”, disse Josefina, que foi abandonada pelo pai do bebê, mas contou com o apoio do namorado e da equipe da unidade de saúde. Cleverton Vieira Santos recebeu alta nesta sexta-feira (23), em Santos. Vanessa Rodrigues/A Tribuna Jornal “Tem famílias de sangue que não chegam a esse ponto. Estou precisando”, destacou Josefina, que fez treinamento no hospital para aprender a cuidar do bebê. Na última sexta-feira (23), a família promoveu no hospital uma festa de despedida da coordenadora da UTI pediátrica, Marcella Galafassi. Eu estava cheio de sentimentos bons. “Felicidade que não se descreve e orgulho de toda a equipe, de todos que ajudaram e proporcionaram essa alta. E também orgulhoso do Jô, sua mãe, que foi nossa companheira, cuida muito bem dele. e também possibilitou que ele recebesse alta.” Recuperação Marcella explicou que o bebê precisará continuar acompanhado por pneumologista pediátrico e neuropediatra, além de reabilitação com fisioterapia respiratória e motora. Isso porque as lesões neurológicas são permanentes, mas a criança pode se readaptar. “Com muita fisioterapia, terapia ocupacional, toda essa nutrição, [o bebê] Há chance de voltar a comer, talvez falar e melhorar a qualidade de vida”, afirmou o médico, dizendo que isso dependerá do progresso de Cleverton com as terapias. Segundo a especialista, o bebê sempre será diagnosticado com falta de oxigenação, problemas pulmonares e convulsões, mas a tendência é que melhore à medida que for crescendo. Cleverton Vieira Santos está internado desde que nasceu no Hospital Guilherme Álvaro, em Santos. Vanessa Rodrigues/A Tribuna Jornal VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos
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