agosto 23, 2024
7 mins read

Vai ter recessão nos EUA? É hora de investir lá ou fugir? | Investimento no Exterior

Vai ter recessão nos EUA? É hora de investir lá ou fugir? | Investimento no Exterior
Antecipação saque aniversário fgts


Não é novidade que alguns analistas chamam a atenção para um risco de recessão nos Estados Unidos. Mas alguns dados económicos recentes trouxeram este alerta com mais força.. O forte mercado de trabalho americano, que vinha demonstrando resiliência e era até motivo de preocupação em trazer mais pressão inflacionária, subitamente apresentou uma desaceleração maior do que o esperado. Como resultado, investidores e agentes financeiros começaram a questionar se os EUA poderiam estar a entrar numa crise. Assim, também cresceram as preocupações de quem investe ou pensava em investir no país. Mas É hora de fugir de lá? Segundo os analistas, embora os dados mais recentes tenham levantado um alerta, Ainda não há evidências claras de que uma recessão esteja iminente, mas o cenário inspira cautela.

Como é a cena lá?

A situação atual nos Estados Unidos é uma economia com taxas de juros em níveis recordesresultado de uma medida do Federal Reserve (Fed, banco central americano) para controlar a forte inflação que veio após a pandemia e a covid-19. No final do ano passado, a alta dos preços dava sinais de arrefecimento e muitos analistas apostavam que o Fed começaria a cortar as taxas de juros no início deste ano. No entanto, não foi isso que aconteceu. Isto porque os dados do mercado de trabalho mostraram uma força crescente, que preocupou a autoridade monetária.

Embora pareça contraditório dizer que dados fortes sobre emprego levantam preocupaçõesisso é o que estava acontecendo nos EUA. Afinal, quando o mercado de trabalho está forte, significa que há demanda por mão de obra por parte das empresas. E se as empresas procuram trabalhadores, tendem a aumentar o salário nominal para atrair esses novos funcionários. O resultado disto é mais inflação, precisamente o que a Fed queria conter.

Recentemente, porém, esses dados começaram a ceder. Mas a queda foi maior do que o esperado. No final de Julho, o inquérito da ADP mostrava que o número de empregos criados no sector privado naquele mês era de 122 mil postos de trabalho, muito abaixo dos 150 mil criados em Junho e também abaixo das previsões dos analistas, que previam 149 mil novas vagas..

Logo depois, em No início de agosto, os dados do relatório sobre o emprego na folha de pagamento mostraram um quadro semelhante. Segundo o indicador, os EUA criaram 114 mil empregos em julho, uma desaceleração em relação às 179 mil vagas abertas em junho. O valor também ficou bem abaixo das projeções dos analistas, que esperavam a criação de 178 mil empregos no mês.

A desaceleração preocupou muito o mercado e levou os investidores a compre dólares e busque refúgio em títulos americanosjá tentando se proteger em um mercado seguro de uma possível recessão e seus efeitos no mercado global. Mas, por Filippe Santa Fégerente multimercado na ASA, a reação pode ter sido exagerada. Ele afirma que, apesar da desaceleração, os números do mercado de trabalho americano ainda mostram forte atividade.

O que chamou a atenção nos Estados Unidos foi a velocidade da desaceleração do mercado de trabalho. Mas os níveis de emprego ainda são saudáveis. Estamos falando de uma economia que gera, em média, 150 mil empregos por mês. Não há razão para alarme a este respeito“, diz o especialista. “Antes tínhamos o cenário de uma economia crescendo mais que o potencial, e agora esse crescimento está voltando para algo próximo do potencial, podendo crescer um pouco abaixo, dependendo da rapidez com que será essa desaceleração”, completa.

Guilherme Castro Alves, sócio e estrategista-chefe da corretora digital Avenidaconcorda que o tom adotado pelo mercado imediatamente após a divulgação dos dados pode ter sido um pouco “alarmista“. Para ele, Trata-se, de facto, de um abrandamento, mas ainda não existem provas suficientes para afirmar que se transformará numa recessão.

“Uma coisa é falar em desaceleração, outra é falar em recessão. É normal que a economia desacelere, faz parte do ciclo, é normal. O que estamos vendo é uma desaceleração. Em algumas atividades, como a indústria, é um pouco mais forte. Mas em geral Não vejo uma recessão nos EUA. Na verdade, os dados da folha de pagamento foram influenciados pelo furacão Beryl, que deixou muita gente em casa e você mede isso como um aumento do desemprego nos EUA”, afirma. “Teríamos que ver os dados da atividade económica mudarem muito para que fosse uma recessão”ele afirma.

Um ponto relativamente positivo nisso tudo, segundo analistas, é que, de fato, inflação tem dado sinais de controle nos Estados Unidos. Mesmo longe da meta de 2% ao ano, em um período de 12 meses, o índice de preços ao consumidor (IPCna sigla em inglês) desacelerou de 2,98% em junho para 2,92% em julho, quarta queda consecutiva e menor valor desde março de 2021.

Isto significa, portanto, que se a economia entrar numa trajetória mais lenta do que o esperado, a Reserva Federal tem espaço para fazer cortes nas taxas de juro maiores do que o planeado sem comprometer a luta contra a inflação.

“Do ponto de vista macroeconómico, os Estados Unidos estariam a atingir esse equilíbrio. A fase em que o aperto monetário tinha que estar no limite máximo, com juros elevados, já passou, e agora começa o ciclo de flexibilização, em que o Fed precisa calibrar a velocidade e a extensão dos cortes nas taxas“, afirma Danilo Igliorieconomista-chefe da Nômade.

Alexandre Espírito Santo, economista-chefe da Investimentos Wayconsidera, no entanto, que Um novo corte nas taxas de juro por parte da Reserva Federal poderia assustar os investidores e pôr em risco activos e até mesmo mercados mais arriscados, como o mercado de acções brasileiro.

Acho que um corte de 0,5 ponto percentual em vez de um corte de 0,25 ponto percentual na próxima reunião seria assustador. O Fed tem espaço para isso, mas o mercado pode entender que “a situação é realmente feia” e ficar com uma pulga atrás da orelha que aumentaria ainda mais a aversão ao risco. As pessoas não vão pensar ‘as taxas de juros estão caindo, então vou para a bolsa’”diz.

Mas e então: investir ou não nos EUA? Onde estão as oportunidades?

Dado que ainda não existem sinais claros de que uma recessão esteja a caminho, os economistas estão agora a prestar atenção ao possíveis cortes nas taxas de juros promovidos pelo Federal Reserve, o que ajudará inclusive a orientar as decisões dos investidores.

Para Espírito Santoé improvável que os EUA entrem numa “recessão muito severa”, mas ele acredita que existe a possibilidade de um crescimento muito modesto, até próximo de zero. E isso, na visão do especialista, deve se refletir no mercado acionário americano.

“Na minha opinião não será uma recessão tradicional, nada disso. Mas se tivermos um crescimento baixo, significa que a economia não está tão forte e, portanto, os resultados das empresas não serão maravilhosos.. E para que o actual rácio preço/lucro (P/L) das acções americanas faça sentido, os lucros das empresas têm de aumentar. Mas se a economia não estiver indo tão bem, isso não acontecerá, então poderemos ver uma queda nas ações“, afirma.

Para quem não sabe, o indicador “price to Earnings” (o famoso “P/L”) compara o valor de mercado da empresa (ou seja, o preço de cada ação negociada vezes a quantidade de ações disponíveis no mercado) com o lucro líquido dessa empresa. Isso dá ao investidor uma ideia de quanto tempo levaria para recuperar o dinheiro investido se aquela empresa distribuísse todo o seu lucro na forma de dividendos. A fórmula utilizada, portanto, é: o preço da ação daquela empresa dividido pelo lucro por ação (ou seja, o lucro líquido dividido por cada ação existente).

Para Castro Alves, de Nômade, Mesmo com queda quase inevitável nas taxas de juros americanas, renda fixa continua atrativa. Ele afirma que as taxas não serão tão altas como eram no início do ano, mas ainda assim Eles são altos e valem a pena.

“Na renda fixa ainda temos taxas elevadas. Não é o que era em abril, maio, mas voltamos um pouco ao que víamos no final do ano passado. flutuações do dólar”, diz ele.

Santa Fé, da ASA, concorda que A renda fixa americana continua sendo uma boa oportunidade. Para ele, Pode ser um bom momento para ficar de olho nos ativos fixos, pois as taxas de juros começarão a cair e, consequentemente, esses títulos aumentarão de preço.

Em relação para a bolsaCastro Alves, da Avenida, tem uma visão mais otimista. Para Castro Alves, o cenário não deve mudar muito, estruturalmente. O especialista reconhece que as gigantes tecnológicas tinham uma valorização elevada, que acabou por sofrer uma correção recente, mas afirma que recentemente as ações de empresas de outros segmentos começaram a apresentar melhor desempenho. Cabe ao investidor ficar de olho nos sinais do que está por vir.

Bandeira dos EUA rasgada — Foto: Getty Images

juros de empréstimo bancário

simular empréstimo pessoal itaú

empréstimo aposentado itau

quem recebe bpc pode financiar

simulador de empréstimo em dinheiro

Quanto tempo leva para cair um empréstimo do FGTS Pan Bank

empréstimo do Banco do Brasil

O post Haverá recessão nos EUA? É hora de investir lá ou fugir? | Investimento no Exterior apareceu primeiro em WOW News.



Wow News

Onde investir nos próximos meses deste ano? | Hora de Investir
Previous Story

Onde investir nos próximos meses deste ano? | Hora de Investir

FII: retorno de renda fixa com risco de renda variável. Será? | Colunas de Arthur Vieira de Moraes
Next Story

FII: retorno de renda fixa com risco de renda variável. Será? | Colunas de Arthur Vieira de Moraes

Latest from Blog

Go toTop

Don't Miss