O dólar à vista fechou a sessão desta terça (20) com força altoaproximando-se novamente de R$ 5,50, após ontem ter operado abaixo do nível de R$ 5,40. Os traders mencionaram tanto um movimento de realização de lucros, após a valorização consistente do real nas últimas semanas, quanto algum efeito externo. Além disso, comentários menos conservadores do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, teriam apoiado a dinâmica.
Terminadas as negociações, o dólar comercial fechou em alta de 1,35%, a R$ 5,4846após ter tocado a mínima de R$ 5,4347 e atingido a máxima de R$ 5,4918. O euro comercial valorizou 1,73%, a R$ 6,1012. O real também caiu 1,71% frente ao peso colombiano e 1,29% frente ao peso chileno, mas subiu 0,35% frente ao peso mexicano.
Após apreciação consistente na última sessão (e nas últimas duas semanas), o real perdeu espaço no pregão de hoje. Os traders citam alguma realização de lucros e correção excessiva, enquanto os investidores aguardam sinais sobre o futuro da política monetária aqui e nos Estados Unidos.
Hoje, em entrevista ao jornal “O Globo”, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Netoafirmou que “há opiniões divergentes no grupo [Comitê de Política Monetária, o Copom] no equilíbrio dos riscos”. Em evento do BTG Pactual, ele afirmou que a autoridade continua dependendo de dados.
Luiz Eduardo Portella, gestor da Novus Capital, diz que o presidente do BC foi “pacífico” (a favor da flexibilização monetária) na entrevista ao jornal “O Globo” desta terça e não mudou muito o tom no evento do BTG. “Parece uma estratégia combinada para dar espaço aos diretores que continuarão [no Copom]especialmente o Gabriel Galípolo“, diz.
Na avaliação do gestor da Novus, o chefe da autoridade monetária não quer se comprometer agora com aumento dos juros. “[Ele está] indicando que não está no grupo que acha que o equilíbrio de riscos é assimétrico”, acrescenta. Mesmo sem tom conservador por parte de Campos Neto, Novus estima alta de 0,25 ponto percentual na Selic em setembro. “Galípolo foi muito vocal para uma subida [dos juros]. Se não aumentar, veremos grande parte desta melhoria recente revertida.”
Sobre o dia, Portella lembra que o movimento da semana passada foi muito forte na curva de juros de longo prazo e com forte queda do dólar. “Hoje o mercado percebeu [lucros]. Houve uma inclinação da curva de 0,15 ponto percentual nas taxas de juros e um dólar mais forte.”
Em nota aos clientes, o Goldman Sachs destaca que questões locais, em especial o tom mais “hawkish” do BC (favorável ao aperto monetário), explicariam a recente melhora do real. “O modelo [do Goldman do valor justo] sugere que, em geral, os fatores globais apontariam para um real um pouco mais fraco em agosto, dada a deterioração gradual dos termos de troca do Brasil”, diz. “Apesar da valorização recente, cerca de 6% do enfraquecimento do real observado desde o início de abril permanece ‘inexplicável’ pelos dados do modelo e provavelmente reflete o prêmio de risco interno”, apontam.
Embora ele ainda veja espaço para a valorização da moeda brasileira, ganhos adicionais exigirão desenvolvimentos construtivos na frente fiscal ou um dólar mais fraco a nível global, o que indica um difícil caminho a seguir. “Levando em conta todos esses fatores, nossas projeções para o dólar subiram para R$ 5,35, R$ 5,30, R$ 5,20 em 3, 6 e 12 meses (ante R$ 5,10, R$ 5,00 e R$ 4,90 anteriormente)”
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O pós Dólar tem forte alta de 1,35% e apaga toda valorização do real ontem | Finanças apareceu primeiro em WOW News.