Demorou quase oito meses para esperar. Mas o Ibovespa finalmente atingiu seu novo recorde de fechamento. Nas sessões anteriores, o principal índice da bolsa brasileira atingiu outra marca histórica, mas recuou antes do encerramento do pregão. Esta segunda-feira, no ponto mais alto do dia, atingiu os 136.179 pontos, perdendo algum dinamismo antes de fechar.
- Mesmo assim, o Ibovespa subiu 1,36%, encerrando o dia aos 135.778 pontos. No mês, já aumenta 6,37%. No acumulado do ano, o sinal foi invertido. Em vez de perdas, regista agora ganhos de 1,19%.
- Após meses de baixo giro, o volume de negócios da bolsa também parece ter se recuperado, registrando hoje R$ 20 bilhões, acima da média diária de R$ 16,6 bilhões dos últimos 12 meses.
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“O mercado passou a observar um ambiente mais favorável para os ativos brasileiros. A alta desta segunda-feira foi impulsionada principalmente pelas expectativas de taxas de juros nos Estados Unidos e no Brasil. A possibilidade de queda dos juros americanos, aliada à chance de aumento da taxa Selic, faz com que o chamado carry-trade tende a se tornar atrativo, impulsionando a bolsa”, afirma Leandro Ormond, analista da Aware Investimentos . (Entenda o que é carry trade clicando aqui).
Diante desse cenário, o especialista já vê o Ibovespa ultrapassando os 140 mil pontos em breve. Segundo ele, a desvalorização cambial sofrida pelo real nos últimos meses também contribui para o retorno do capital estrangeiro à bolsa.
Esta manhã, o Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central (BC), mostrou que os economistas participantes da pesquisa passaram a projetar inflação mais baixa para 2025, horizonte considerado mais importante para decisões de política monetária. O custo disso, porém, seria uma Selic mais alta.
Para completar a percepção de que a inflação deve ser controlada, O diretor do BC, Gabriel Galípolo, disse mais uma vez que a diretoria indicada pelo atual governo está comprometida em manter o índice de preços o mais próximo da meta de 3% ao ano.
Galípolo é um dos nomes mais populares a ocupar a presidência do BC após a saída de Roberto Campos Neto. Com os comentários recorrentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre as altas taxas de juros, o mercado temia que o próximo governo priorizasse os interesses políticos em detrimento do controle da inflação.
As mensagens do diretor são bem recebidas pelo mercado e ajudam a calibrar a curva de juros do Brasil. Nesta segunda-feira, as taxas dos contratos futuros caíram, refletindo o novo cenário local e também nos EUA.
- As taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DI) referentes a janeiro de 2025 permaneceram estáveis em 10,84%. Os prêmios em contratos de prazo mais curto estão mais ligados às expectativas dos investidores em relação à Selic;
- Para janeiro de 2034, passaram de 11,38% para 11,33%. Estas taxas mais longas geralmente medem o “risco fiscal”, que é a capacidade do governo de manter as contas públicas atualizadas.
O dólar comercial também recuou mais uma vez frente ao real. Esse movimento também contribui para manter as expectativas de inflação mais baixas, já que a taxa de câmbio é um dos fatores que mais influenciam o índice de preços.
- A moeda americana caiu 1,03%, sendo negociada a R$ 5,41, após atingir R$ 5,70 em julho. Este é o menor preço da moeda em quase dois meses. Em agosto, a queda foi de 4,29%, o que ajudou a reduzir a valorização para 11,51% no acumulado do ano.
Nos Estados Unidos, o mercado também teve um dia de queda dos juros, o que ajudou a conter o avanço do dólar nos mercados emergentes. Agora, os players do mercado veem a redução de 0,25 ponto percentual na taxa de juros como mera questão de tempo.
O consenso é que o primeiro corte será feito na próxima reunião do Banco Central Americano (Federal Reserve). Nesta semana, os investidores aguardam pistas sobre a política monetária em meio aos discursos do presidente do Fed, Jerome Powell, que participará do simpósio anual de Jackson Hole, um dos mais aguardados pelo mercado, nos dias 22 e 24 de agosto.
“O Goldman Sachs reduziu em 20% a probabilidade de recessão nos EUA, na sequência dos dados positivos da semana passada, razão pela qual assistimos à forte valorização das ações globais, lideradas por empresas de tecnologia e inteligência artificial. “, explica Hemelin Mendonça, especialista em mercado de capitais e sócio da AVG Capital.
Do lado positivo, a Vale e outras empresas do setor de mineração e siderurgia reagiram positivamente ao aumento do preço do minério de ferro. A desvalorização do dólar, que costuma afetar os exportadores, esteve longe de surtir efeito neste dia de apetite ao risco no mercado.
Com a queda das taxas de juros, as empresas ligadas ao mercado interno (que operam no Brasil) e sensíveis às taxas, como varejistas, bancos e construtoras, também subiram de forma constante.
“As ações do Bradesco estão em alta, pois é um bom momento para as ações do setor bancário, que tiveram bom desempenho revelado nos balanços e têm previsão melhorada para a carteira de crédito no final deste ano. Além disso, o Goldman Sachs recomendou a compra do Bradesco devido à recuperação da crise estrutural, com resultados do segundo trimestre acima das expectativas”, avalia Mendonça.
Segundo ela, as ações do Magazine Luiza são beneficiadas pelas maiores projeções de crescimento (PIB) do país projetadas para o final do ano. “Além disso, o câmbio estável e as projeções de juros para o final também beneficiam o varejista, além das operações digitais da empresa que estão impulsionando as vendas”, completa.
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