A primeira condenação ocorreu em 2015. Duque foi preso em Volta Redonda, na manhã deste sábado (17), após cruzar informações de inteligência do Centro de Captação da PF no Rio. Renato Duque Reprodução Renato Duque, ex-diretor da Petrobras preso neste sábado (17) em Volta Redonda, zona sul do Rio de Janeiro, tem pelo menos 12 condenações na operação Lava Jato, que identificou um grande esquema de corrupção nos Serviços da Petrobras Departamento – na época, comandado por ele. Segundo o Ministério Público Federal, o esquema permitiu o desvio de recursos públicos em obras de diversas refinarias e gasodutos, contratos de sondas e outros contratos. Ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque é preso em Volta Redonda (RJ) Investigações da Lava Jato mostraram que diretores da Petrobras pediam propina para garantir vantagens nesses contratos. Como participante do esquema, Duque também teria recebido esses valores. O primeiro pênalti contra Duque aconteceu em 2015, durante a 10ª fase da Lava Jato. Ele foi condenado por associação criminosa. A pena do ex-diretor foi de 20 anos e 8 meses. Na época, ele estava preso no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. PF prende ex-diretor de serviços da Petrobras, em Volta Redonda Divulgação O ex-diretor de serviços da Petrobras foi preso em março de 2015, mas foi liberado em março de 2020 para responder ao caso em liberdade. Após ser solto, Duque colocou tornozeleira eletrônica e deixou a prisão no Paraná rumo ao Rio de Janeiro. Além disso, foi obrigado a entregar o passaporte e proibido de ter contato com outras pessoas investigadas pela Lava Jato. Menos de um ano depois, foi novamente condenado, desta vez por corrupção passiva e branqueamento de capitais: 20 anos de prisão, três meses e 10 dias, inicialmente em regime fechado. A decisão ocorreu durante a 14ª fase da Lava Jato. O então juiz Sergio Moro afirmou, na época, que haviam sido pagas propinas a funcionários de petroleiras, com recursos destinados ao financiamento político. Veja abaixo outras condenações de Renato Duque na Lava Jato: Setembro de 2015: 20 anos e 8 meses por corrupção e lavagem de dinheiro; Março de 2016: 20 anos, 3 meses e 10 dias por corrupção e lavagem de dinheiro; Maio de 2016: 10 anos por corrupção; Março de 2017: 6 anos e 8 meses por corrupção; Junho de 2017: 5 anos e 4 meses por corrupção; Agosto de 2017: 10 anos por corrupção; Maio de 2018: 2 anos e 8 meses por corrupção; Novembro de 2018: 3 anos e 4 meses por corrupção; Fevereiro de 2020: 6 anos, 6 meses e 10 dias por corrupção e lavagem de dinheiro; Julho de 2020: 3 anos e 11 meses por corrupção; Fevereiro de 2021: 3 anos, 7 meses e 22 dias para lavagem de dinheiro; Abril de 2021: 3 anos, 6 meses e 23 dias para lavagem de dinheiro. g1 tenta contato com a defesa de Duque. Momento da prisão O ex-diretor de serviços da Petrobras estava foragido desde julho, quando a Justiça Federal de Curitiba emitiu um mandado de prisão contra ele. Segundo informações do Blog de Julia Duailibi, a condenação foi pelos crimes de corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro no processo da Operação Lava Jato. Duque, condenado a 39 anos de prisão, chegou a ser procurado em Curitiba. Segundo a PF, ele também havia informado à Justiça um endereço no Rio de Janeiro. Renato Duque, de 69 anos, foi encontrado em uma casa no bairro de Niterói, após cruzar informações de inteligência do Centro de Captura da PF, no Rio de Janeiro. Levado para Benfica PF prende ex-diretor da Petrobras Renato Duque no Rio Após procedimentos legais, o preso foi encaminhado ao sistema prisional do estado, onde permanecerá à disposição da Justiça, segundo a PF. Ainda pela manhã, Renato Duque deu entrada no presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio.
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