agosto 15, 2024
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Morre Octávio Florisbal, que dirigiu a Globo por 10 anos | Empresas

Morre Octávio Florisbal, que dirigiu a Globo por 10 anos | Empresas
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Octávio Frioli Florisbal, que dirigiu a Rede Globo por uma década, entre 2002 e 2012, morreu na noite de terça-feira, dia 13, em São Paulo. Ele tinha 84 anos. Conhecido pela gentileza que demonstrava com as pessoas e pela determinação que dava às suas tarefas, trabalhou na emissora por mais de 30 anos. Nesse período ocupou diversos cargos, encerrando a carreira como membro do Conselho de Administração.

Em nota, a Globo afirmou: “Perdemos mais que um grande profissional, cuja trajetória sólida e bela correspondeu à da Globo. Perdemos um amigo. Um parceiro incansável também na missão de construir um mercado forte, ético e vigoroso. Um exemplo de liderança, que nos ajudou a fazer da Globo o que é hoje, com seu talento, dedicação e energia. Octávio faz parte da história da comunicação brasileira, da nossa empresa e das nossas vidas.”

Octávio Florisbal nasceu em 20 de maio de 1940, em São Paulo. Seu pai, Elegardo, era avicultor; sua mãe, Josephina, dona de casa. Ainda adolescente, mudou-se para o Rio de Janeiro, sozinho, para estudar no Colégio Pedro II – uma das instituições de ensino mais antigas do país – e, posteriormente, no Colégio Naval.

Octávio foi um líder exemplar profissionalmente e pessoalmente”

—Carlos H. Schroder

Formou-se em comunicação e marketing pela ESPM de São Paulo, com diversos cursos de especialização em Nova York.

Começou a trabalhar em 1961, como assistente administrativo na agência de publicidade J.Walter Thompson, cuja filial brasileira era dirigida por seu tio, Renato Castelo Branco, também vice-presidente da empresa americana.

Passou por outras agências, como Norton Publicidade e Lintas Internacional, antes de ingressar na Globo em 1982, com a missão de estruturar o departamento de marketing da emissora. Foi diretor da Central Globo de Marketing por oito anos, assumindo então a função de superintendente comercial.

A profissionalização do modelo de venda de espaços publicitários deu o tom da sua gestão, repercutindo em todo o ecossistema publicitário do país.

Em 2002, ele se preparava para passar uma temporada na região italiana da Toscana, ao lado da esposa, Helena, quando foi surpreendido com um convite de acionistas para assumir interinamente o cargo de diretor-geral da Rede Globo. Ele substituiu Marluce Dias, que havia saído por motivos de saúde. Durante dois anos ocupou o cargo na Superintendência Comercial. Em 2004, assumiu definitivamente a direção.

“Sempre ouvi dizer que o diretor-geral da Globo é poderoso, quem manda… Mas quando você começa a ocupar o cargo, você aprende que não deve exercer esse poder. É preciso se integrar às equipes, trabalhar com elas, comemorar junto quando alcança uma meta e ficar triste quando ela não chega”, disse o executivo ao Valor em 2011.

A ênfase na colaboração tornou-se uma marca registrada do anunciante. “Quando assumi, temporariamente e depois definitivamente, tentei consolidar esse processo, que é ter uma gestão na TV Globo em que tenhamos um planejamento estratégico, objetivos estratégicos, em que as diferentes áreas, seus diretores e equipes participem efetivamente disso. processo, eles são permanentemente comunicados, incentivados, para alcançar e superar resultados”, disse em depoimento ao projeto Memória Globo. “E numa televisão como a TV Globo, que é uma das maiores redes do mundo, e talvez uma das melhores, senão a melhor, esse processo participativo faz a diferença”

A rotina de trabalho incluía uma longa sucessão de reuniões com a equipa – “umas oito ou dez por dia e às vezes ainda sobra o jantar”. Ele tratou cada interlocutor de maneira diferente. Os artistas, disse ele, eram mais sensíveis e por isso dedicava muito tempo a ouvi-los. Com os jornalistas a conversa foi mais objetiva. No departamento comercial, afirmou, era preciso agir como um empresário.

Num momento marcado pela transformação digital, que só se aprofundaria nos anos seguintes, com impacto no consumo de media e entretenimento, Florisbal demonstrou que não tinha medo da mudança. Ele não via a internet como uma ameaça e previa integração entre os meios de comunicação.

“A televisão vai absorver o computador. Você vai assistir televisão aberta ou fechada, vai ficar online, fazer seus negócios por aquela tela e sempre será comunicação”, disse, em depoimento ao Memória Globo.

O executivo deixou a direção da emissora em dezembro de 2012, quando foi sucedido por Carlos Henrique Schroder, até então responsável pelas áreas de Jornalismo e Esportes da Globo. O plano de sucessão foi elaborado antecipadamente e contou com a participação de Florisbal.

“Octávio foi um líder exemplar profissionalmente e pessoalmente. Sempre se preocupou com o lado humano da equipe e nunca deixou de prestar atenção aos detalhes na hora de gerir a equipe. Como resultado, houve harmonia em sua gestão. Ele faz muita falta”, disse Schroder, em nota ao Valor.

Com a sucessão, Florisbal assumiu cargo no Conselho de Administração das então Organizações Globo. O conglomerado tornou-se Grupo Globo em 2014, com maior integração e troca de informações entre suas empresas e, em 2021, integrou todas as empresas e marcas audiovisuais, no âmbito do projeto UmaSóGlobo, passando a atuar como uma “media tech”.

Florisbal permaneceu na Globo até 2017. Desde então, dedicou-se ao Instituto Helena Florisbal (IHF), fundado em 2013 para prestar assistência social gratuita, com reabilitação, capacitação e melhoria da qualidade de vida de crianças e idosos no estado. de vulnerabilidade. .

Helena, sua companheira de vida e nome da instituição, faleceu em 2009. “Ela saiu cedo e me deixou aqui. Que falta de responsabilidade!”, disse ela ao Valor, dois anos depois de perdê-la.

Em seu site, a IHF, da qual Florisbal foi fundador e atuou como diretor executivo, publicou uma nota de condolências: “Octávio se destacou em todas as atividades sociais e profissionais às quais dedicou seu tempo e paixão. […] Nestes 11 anos de atividade, os frutos do empenho de Octávio traduzem-se em mais de 40 entidades atendidas, 34 das quais estão hoje em atividade, abrangendo projetos em lares de apoio a crianças com cancro e outras doenças graves, pessoas com deficiência, pessoas em situação vulnerabilidade e risco social. “.

Um dos idealizadores e primeiro presidente do São Paulo Media Group, organização focada em pesquisa de audiência, Florisbal também foi um dos profissionais mais respeitados do mercado publicitário nacional.

Em 2009, foi reconhecido como “Personalidade do Ano” pela Associação Brasileira de Propaganda “pela dedicação, inovação consistente e competência com que trabalha para desenvolver os interesses de todo o setor de comunicação”.

Mesmo nessas ocasiões, não esqueceu a importância do trabalho em grupo. “Cada vez que recebo um prêmio eu digo: ‘Olha, vou estender para todos os meus companheiros, porque é assim que deve ser”, disse ele ao Memória Globo.

A cerimônia de despedida aconteceu nesta quarta-feira, 14, no Cemitério do Morumby, em São Paulo.

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