A empresa mantém um mineroduto dentro de terras indígenas, em Tomé-Açu, e as comunidades não foram devidamente consultadas, diz o documento do MPF e da DPU. Obras em mineroduto (arquivo) O Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União (DPU) recomendaram à Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) a suspensão imediata das licenças ambientais concedidas à Imerys Rio Capim Caulim para a operação de mineroduto em terras indígenas em Tomé-Açu, nordeste do Pará. A Semas terá dez dias para responder à sugestão do MPF e da DPU, mas a Secretaria informou que ainda não foi notificada oficialmente sobre a recomendação. A Imerys Rio Capim Caulim (atual Artemyn) disse que “a partir do momento em que obteve a licença para operar na região, cumpriu todos os protocolos e leis estabelecidas pelos órgãos reguladores”. Segundo o documento, os povos indígenas da região não foram consultados previamente e sofrem com a violação de diversos direitos. Falta de estudos adequados Em relação à consulta aos povos indígenas, a recomendação do MPF e da DPU destaca que esta não pode ser confundida com a realização de audiência pública, o que já foi reconhecido pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Leia também: Ação quer suspender obras de dutos de mineração em área quilombola no Pará Integrantes do Ministério Público Federal e da Defensoria Pública da União observaram que a Semas não considerou as comunidades como indígenas e não realizou estudos de impacto adequados sobre essas comunidades, que são obrigatórios. “Um verdadeiro processo de tornar estas pessoas invisíveis na região afetada – desrespeitando fundamentalmente os seus próprios direitos fundamentais e humanos à autodeclaração e à autodeterminação.” A recomendação prevê a suspensão das licenças até que seja realizada consulta gratuita, prévia e informada às comunidades indígenas. Acesse o canal g1 Pará no WhatsApp Além disso, o documento prevê um estudo dos impactos socioambientais sobre os povos indígenas, levando em consideração protocolos de consulta indígena, peculiaridades étnicas, culturais, sociais e ambientais. Em outubro do ano passado, o MPF já havia apontado a falta de estudo de componentes indígenas e quilombolas nas áreas de dutos de mineração instalados por empresas privadas no Pará, o que seria uma exigência para licenciamento ambiental. Conflito A área onde está instalado o gasoduto, em Tomé-Açu, tem se tornado palco de constantes conflitos envolvendo comunidades tradicionais, que afirmam que a circulação foi bloqueada pelas equipes da Imerys. A empresa obteve autorização da Justiça para que os funcionários tenham acesso ao território indígena. Os indígenas são contra a entrada desses trabalhadores porque a empresa estaria causando danos ambientais, com contaminação de mananciais e prejuízos à caça e à pesca. Artemyn (ex-Imerys) explica que a contribuição da equipe é necessária para manter o conjunto de tubulações que compõem o duto e que estão danificados e com sinais de vazamento. A empresa colocou-se à disposição para colaborar com as autoridades competentes na investigação de qualquer situação relacionada com danos às atividades tradicionais das comunidades. Análise do órgão federal Caso a Semas não cumpra a recomendação, o MPF e a DPU poderão entrar em contato com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para que o órgão analise os pedidos de renovação de licenças ambientais para operação de gasoduto transporte de caulim (um tipo de argila), que aguardam há mais de dez anos decisões definitivas da Secretaria. A Semas também recomendou o prazo de 90 dias para finalizar os pedidos de renovação por meio da realização de estudos de impactos socioambientais aos povos indígenas. VÍDEOS: veja todas as novidades do Pará no g1 Pará
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