O Banco Bmg registrou lucro recorrente de R$ 105 milhões no segundo trimestre, representando crescimento de 11,6% no trimestre e revertendo prejuízo de R$ 14 milhões no mesmo período do ano passado. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROAE) atingiu 10,8%.
A carteira de crédito do Bmg atingiu R$ 24,276 bilhões, representando redução de 2,4% no trimestre e de 1,5% em um ano. Desse total, 71% está em consignação e adiantamentos de FGTS. A originação dessas linhas aumentou 21,5% ao ano no primeiro semestre, para R$ 4,5 bilhões.
“Nosso foco continuou em gerar resultados sustentáveis e recorrentes. A margem financeira após o custo do crédito atingiu R$ 1,460 bilhão no primeiro semestre, com crescimento de 20,7% em relação ao mesmo semestre de 2023”, afirma o presidente do banco, Felix Cardamone.
Desde que assumiu o cargo, em março do ano passado, o Bmg decidiu “voltar ao básico”, revertendo a aposta que fazia na expansão da banca digital, descontinuando algumas carteiras, vendendo ativos não essenciais e revendo a estrutura organizacional. Os lemas passaram a ser racionalização de despesas e rentabilidade.
A inadimplência foi de 4,6%, acima dos 4,7% do primeiro trimestre e dos 5,5% do ano anterior. Flávio Pentagna Guimarães, vice-presidente e diretor de relações com investidores, afirma que o processo de limpeza da carteira, após o banco descontinuar as operações de cartão de crédito em parceria com varejistas, está concluído e os índices de inadimplência devem se estabilizar próximos aos níveis atuais. “Se houver mais quedas, não será drástico, principalmente porque estamos testando o mix de produtos.”
Com uma rede de 800 lojas – sendo 100 próprias e as demais franquias – o Bmg origina quase 70% de sua folha de pagamento por meio de correspondentes bancários. O produto, como um todo, vem sofrendo com o teto de juros dos benefícios do INSS, e muitos bancos migraram para canais digitais próprios para evitar gastos com comissões de terceiros.
João Consiglio, vice-presidente, afirma que os spreads da folha de pagamento do INSS estão nos menores níveis da história, mas que o banco vem investindo no relacionamento com correspondentes e não pretende fechar esse canal. “Se o canal digital fosse tão mais barato, todo mundo faria apenas 100% digital. O digital tem uma série de custos que não são explícitos, com desenvolvimento tecnológico, mídia e outros”, pontua. “É claro que buscaremos o equilíbrio entre o físico e o digital, mas não abriremos mão da nossa força física, que é um custo variável”, acrescenta Cardamone.
Em maio, o Bmg vendeu a participação de 50% na credenciadora Granito para o Inter, que já tinha a outra metade. Segundo o presidente, o movimento faz parte da estratégia do banco de focar no seu core business. “Não trabalhamos com pequenos negócios, que é o foco da Granito, então fazia muito mais sentido para o nosso parceiro. Estamos eliminando as ‘distrações’ para nos concentrarmos no crédito individual.”
Com uma originação de crédito muito forte, o Bmg vendeu R$ 1,2 bilhão em carteiras dessa linha no segundo trimestre. O volume, superior ao habitual, gerou ganhos ao banco, mas acabou sendo compensado por uma provisão cível que a instituição teve que fazer após o STF reverter seu julgamento favorável. Em abril, o plenário do STF finalizou o julgamento dos embargos de declaração impugnados nos Recursos Especiais nºs 949.297 e 955.227. Assim, os efeitos da coisa julgada nas sucessivas relações jurídicas tributárias são interrompidos quando o STF declara o contrário.
“A cessão de portfólio faz parte do nosso negócio, mas neste trimestre tivemos um ganho maior. Por outro lado, houve essa decisão do STF, que mudou o entendimento num processo em que havíamos vencido o caso”, explica Guimarães.
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O posto Bmg tem lucro de R$ 105 milhões e avança em reestruturação | Finanças apareceu primeiro em WOW News.