Foi registrada troca de tiros a aproximadamente dez quilômetros do local do crime que resultou na morte do sargento PM Hélio Rosa Froes, 43 anos. O caso aconteceu no Guarujá, SP. Selfie tirada no momento de assalto contra PM garantiu absolvição de acusado do crime Reprodução Um homem de 31 anos, acusado de participar de um assalto no Guarujá (SP), foi absolvido graças a uma selfie que tirou para a namorada. Segundo documento judicial obtido pelo g1, a foto foi tirada a cerca de dez quilômetros do local do crime e dois minutos antes da troca de tiros que resultou na morte do sargento Hélio Rosa Froes, de 43 anos. Clique aqui para acompanhar o g1 Canal Santos no WhatsApp. No dia 4 de setembro de 2021, o sargento andava de moto em frente à Praça Mário Covas, no bairro Morrinhos, bairro Vicente de Carvalho, quando foi baleado. Hélio revidou, mas os suspeitos conseguiram fugir com sua bolsa. O advogado Marcos do Nascimento Jesuino Junior entrou com pedido de absolvição e anexou ao processo uma selfie tirada por seu cliente a caminho do bar onde trabalhava na época. Ele enviou a imagem para a namorada por meio de um aplicativo de mensagens. Sargento trocou tiros com criminosos antes de ser morto a tiros no Guarujá, SP Reprodução Conforme relatado no documento, exame técnico realizado no celular do homem confirmou que a foto foi tirada na Rodovia Cônego Domênio Rangoni, por volta das 17h08. Imagens de câmeras de vigilância do local do crime mostraram que a troca de tiros ocorreu às 17h10. Segundo a decisão, a Justiça do Guarujá considerou que nada impediu o homem de cometer o crime após tirar a selfie, pois ele estava em uma motocicleta e poderia chegar rapidamente. Porém, a decisão considerou que o tempo disponível seria curto para que ele tirasse a foto, se reunisse com os cúmplices e aguardasse a aproximação do PM. O homem foi absolvido em primeira instância e libertado em 2023, mas o Ministério Público (MP) recorreu da decisão. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) negou provimento ao recurso e confirmou a absolvição, encerrando o processo na semana passada. Vídeo mostra sargento trocando tiros com criminosos antes de ser morto no Guarujá, SP Outras provas O acusado foi preso temporariamente após outro envolvido alegar que lhe emprestou o veículo usado no crime. Além disso, a Polícia Civil obteve acesso a mensagens trocadas entre os dois por meio de um aplicativo, nas quais pareciam concordar em cometer um crime. Em depoimento, o homem afirmou que pretendia trair a namorada no dia em que o sargento foi morto. Ele explicou que pediu a um amigo que mandasse uma mensagem para dar a impressão de que estavam planejando um assalto. No documento da decisão que absolveu o homem, o Tribunal destacou que as provas contra ele eram insuficientes para condená-lo por um crime tão grave. Sargento foi morto a tiros enquanto andava de moto por Morrinhos, no Guarujá. Reprodução Selfie enquanto dirigia A foto foi tirada enquanto o acusado andava de moto em uma rodovia. O g1 entrou em contato com o Departamento de Trânsito do Estado de São Paulo (Detran-SP) que explicou os três tipos de infrações de trânsito relacionadas ao uso do celular, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Confira: Dirigir veículo utilizando celular: Infração gravíssima, que resulta em sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e multa de R$ 293,47. Ele é aplicado quando o motorista clica no celular enquanto dirige o veículo. Dirigir veículo com celular: A infração é gravíssima, equivale a sete pontos na carteira de habilitação, com multa de R$ 293,47. É registrado quando o motorista segura o celular com uma das mãos enquanto dirige o veículo. Dirigir um veículo usando seu celular. Infração considerada média. Geralmente acontece quando o motorista dirige enquanto fala ao celular. São quatro pontos na carteira de habilitação e multa de R$ 130,16. Segundo o Detran, para que as infrações de trânsito sejam efetivamente registradas e cobradas do condutor, é necessário especificar, em tempo real, o local, a data e a hora em que foram cometidas. Além disso, segundo o órgão, a infração também deverá ser comprovada pela autoridade, agente de trânsito ou flagrada por imagens tiradas de celular, previamente regulamentadas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). VÍDEOS: g1 em 1 minuto Santos
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