agosto 12, 2024
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Os desafios da circularidade no setor de feiras e eventos | ESG

Os desafios da circularidade no setor de feiras e eventos | ESG
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Estamos vivendo um momento muito especial no mundo corporativo, que é uma verdadeira preocupação com a reciclabilidade dos resíduos gerados. Se eu escrevesse um artigo sobre a importância da gestão de resíduos na indústria há uma década, provavelmente teria causado surpresa e ceticismo entre leitores e profissionais da indústria. Isto existiu devido a vários factores, incluindo a falta de consciência ambiental e a ausência de tecnologias e práticas sustentáveis ​​amplamente discutidas e aceites. Hoje, a crescente importância das práticas sustentáveis ​​no setor de feiras e eventos, que desempenha um papel crucial na economia global, não é apenas uma tendência, mas uma necessidade urgente!

No setor, ainda não temos um levantamento macro sobre a contribuição de feiras e eventos para a geração de resíduos no país, mas sabemos que o Brasil é o quarto maior produtor de resíduos do mundo, com uma produção de mais de 80 milhões de toneladas por ano. ano. . No setor de feiras, quase 80% dos materiais utilizados, incluindo plásticos, papelão e vidro, ainda não são destinados a um sistema de reciclabilidade.

Mas esta realidade está mudando lentamente! Em São Paulo, por exemplo, a gestão de resíduos sólidos tem diretrizes desde o ano passado. A Lei 17.806/2023, sancionada pelo governador Tarcísio de Freitas, tem efeito imediato e estabelece novas regras para o descarte do que for gerado em eventos públicos, privados ou público-privados, realizados em todo o estado, com benefícios ambientais, sociais e econômicos. A medida tem caráter educativo, pois confere aos organizadores, estabelecimentos e fornecedores a obrigação de informar e orientar os participantes sobre o descarte correto, em conjunto com as estratégias de divulgação do evento.

No mês passado, Brasília sediou a terceira edição do Congresso Internacional Zero Waste Cities, que reuniu gestores públicos, especialistas e líderes comunitários de diversas partes do mundo para compartilhar experiências e soluções inovadoras no campo da gestão de resíduos sólidos. Isso mostra o quanto o mercado já está se movimentando e disposto a sair da sua zona de conforto em relação à circularidade dos resíduos.

O setor de eventos é um dos mais desafiadores em termos de gestão de resíduos. Digo isso porque temos que considerar fatores-chave como fornecedores, expositores, visitantes, equipes terceirizadas de segurança e limpeza, sem contar dois fatores principais: o conhecimento e engajamento da alta direção da empresa de eventos, e a consolidação da educação ambiental dentro do organização. cultura, em conjunto com os colaboradores, e parceria com empresas gestoras de resíduos sérias e certificadas.

As mudanças na circularidade dos resíduos nas empresas, especialmente aquelas que envolvem colaboradores, exigem uma liderança engajada.

O primeiro pilar para a mudança dentro das empresas que promovem feiras é conhecer o assunto de forma verdadeiramente aprofundada. O conhecimento para fazer isso é essencial. Dentro da gestão de topo, é necessária uma liderança forte a este respeito, porque qualquer mudança de cultura em qualquer empresa não acontece sem o envolvimento da gestão de topo. A macrogestão é responsável por definir a visão e estratégia de longo prazo da empresa e, sem um compromisso claro e visível com as práticas ESG, é difícil para uma empresa incorporar essas práticas em sua cultura e operações. Líderes informados e engajados podem alinhar os objetivos ESG com a missão da empresa, definindo metas ambiciosas e inspirando toda a organização a seguir o exemplo.

Envolver os colaboradores na circularidade dos resíduos requer uma abordagem multifacetada que combine educação, comunicação, incentivo e exemplo prático.

O desafio de engajar os colaboradores é enorme! A princípio, a equipe de colaboradores sempre vê qualquer mudança como mais trabalho a ser feito. Como mudar essa mentalidade? É necessário iniciar um movimento de educação ambiental. A gestão precisa avançar em diversas frentes, incluindo a comunicação educativa e a formação constante sobre os princípios da economia circular, os benefícios da gestão de resíduos e as práticas específicas que a empresa está adotando.

No caso de feiras e eventos, além da equipe interna, o desafio se estende a parceiros, terceirizados e visitantes. É aqui que tudo se torna mais complexo. Grandes eventos dependem de um grande número de empresas terceirizadas que possuem cultura e valores próprios. Escolher parceiros que partilhem os mesmos valores de sustentabilidade é essencial! Isso inclui todos os fornecedores, expositores e quem quer que os expositores contratem para montar seus estandes. É um ecossistema grande e todos os aspectos precisam estar ligados à sustentabilidade através do engajamento de quem faz a feira acontecer. E para atingir este objetivo é fundamental realizar um planeamento periódico que reúna cada fornecedor para momentos de explicação e integração no projeto, o que motiva sempre as equipas.

Muitas estratégias para envolver outras pessoas com práticas sustentáveis ​​incluem o estabelecimento de padrões claros sobre a gestão de resíduos, a criação de critérios de reconhecimento, descontos em futuras feiras comerciais, melhores localizações de estandes ou publicidade extra para expositores que adotam práticas sustentáveis.

Agora imagine uma grande feira que deve atrair 5 mil visitantes por dia? Para que uma feira desse tipo incentive seus visitantes a adotarem práticas sustentáveis ​​com seus resíduos, é necessária a implementação de uma série de estratégias de educação, infraestrutura e comunicação. Como, por exemplo, realizar campanhas antes e durante a feira para conscientizar os visitantes sobre a importância da gestão adequada de resíduos e de práticas sustentáveis; distribuição de folhetos e utilização de sinalização clara e visível no local do evento para orientar os visitantes sobre o descarte correto de seus resíduos.

Nada disto é possível sem a colaboração de empresas especializadas na gestão de resíduos. É preciso buscar parceiros certificados e respeitados no mercado, que estejam profundamente envolvidos no projeto, pois é muito difícil começar do zero. Esses parceiros devem trazer desenvolvimento cultural e sustentável para as equipes.

Gerir 90% dos resíduos de uma grande feira é um enorme desafio, mas não é impossível!

Destaco como exemplo o Febratex Summit, realizado em 2023, que teve mais de 92,2% dos resíduos produzidos no evento destinados à reciclagem. Foi um evento que conectou mais de 5.500 profissionais e, com toda a logística de gestão de resíduos, o Grupo Febratex conquistou o selo Desperdício Zero, sendo o primeiro do setor têxtil das Américas a alcançá-lo.

Outro exemplo está fora da área de eventos, mas dentro de um setor cuja sustentabilidade também é um caminho cheio de desafios: o varejo. A Renner foi a única varejista brasileira no Anuário de Sustentabilidade S&P – guia que reúne empresas de capital aberto com as melhores práticas sustentáveis ​​do mundo. A busca pela criação de valores alinhados à sustentabilidade trouxe resultados como: 100% da cadeia de fornecimento com certificação socioambiental; 100% do consumo corporativo de energia provém de fontes renováveis ​​e de baixo impacto; 81,3% de produtos com atributos de sustentabilidade; e uma redução de 35,4% nas emissões de gases de efeito estufa em relação a 2017.

Ao voltarem a sua atenção para a sustentabilidade, as empresas de eventos podem não só reduzir o seu impacto ambiental, mas também criar valor a longo prazo, melhorar a sua reputação e garantir a conformidade regulamentar.

Giordana Madeira É Diretora de Sustentabilidade do Grupo Febratex, maior grupo de feiras e eventos do setor têxtil das Américas, com eventos nos principais polos têxteis do Brasil. O grupo possui nove feiras em seu catálogo, sendo a maior delas a Febratex, que leva o nome do grupo e é a terceira maior feira mundial do setor têxtil e é estrategicamente esperada pelo mercado para apresentar lançamentos da indústria e do vestuário, com 40% de participação. a partir daí, teve início o negócio brasileiro de máquinas têxteis.

Giordana Madeira é Diretora de Sustentabilidade do Grupo Febratex — Foto: Grupo Febratex/ Divulgação

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