setembro 11, 2024
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Seguradoras ainda calculam perdas com incêndios

Seguradoras ainda calculam perdas com incêndios
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Após um aumento inicial nos pedidos de sinistros, a expectativa é que o efeito seja contido no setor. A indústria seguradora tem acompanhado a forte seca que assola o país e os recentes incêndios, especialmente os registrados no interior de São Paulo, em busca de estimativas de impacto, que ainda não foram rastreadas. A expectativa é que o efeito no setor não seja significativo e nem provoque aumento de tarifas ou alterações nos produtos oferecidos pelas seguradoras aos produtores rurais. Leia também As empresas, porém, já enfrentam um aumento nas solicitações de sinistros, principalmente nos segmentos agrícola e residencial. As próximas semanas ainda serão de altas temperaturas, o que reforça a incerteza sobre os efeitos da seca no setor. Do lado da demanda, o evento provocou um aumento na procura por coberturas, principalmente por parte dos agricultores que iniciam o plantio nos próximos meses, mas também por proteção residencial. “Ainda é cedo para falar em números, porque, no caso de São Paulo, o evento começou há pouco mais de 15 dias, e porque os segurados podem demorar para se comunicar”, diz Magda Truvilhano, vice-presidente de comissionamento de riscos enormes ativos da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg). Agronegócio No segmento agropecuário, “embora os valores de indenização ainda não sejam alarmantes, o número de sinistros é considerado elevado pelas seguradoras no período”, conforme informou a FenSeg no início do mês. Depois de um pico, o volume voltou ao normal, disse ao Valor Daniel Nascimento, vice-presidente da comissão de seguro rural da FenSeg. A maioria dos sinistros movidos pelos segurados ocorreu na região centro e noroeste de São Paulo, a partir de Ribeirão Preto. O facto de a principal cultura afectada, a cana-de-açúcar, historicamente não ter procurado cobertura de seguro pode tornar o impacto na indemnização mais leve. O mesmo ocorre no caso dos seguros pecuários e das pastagens afetadas. “Não houve grande exposição das seguradoras, a base de contratação do mercado na região não é muito elevada”, disse Nascimento. Segundo ele, as apólices geralmente cobrem o risco de incêndio nas lavouras. No caso da cana-de-açúcar, alguns contratos são feitos especificamente contra o fogo. A cobertura também é fornecida para máquinas e equipamentos e pode ser apoiada pelo governo por meio do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). “Os incêndios não são eventos que as seguradoras têm de precificar todos os anos. Há um incêndio, mas é pontual, e as empresas colocam na lista dos produtores. Há preços, mas a incidência é muito pequena”, disse Nascimento. “Mesmo este ano, quando esta região tiver sido duramente atingida, não haverá grandes saltos nas taxas de acidentes.” A percepção geral é que a situação poderia ter sido mais grave se os incêndios tivessem ocorrido durante a colheita das culturas de inverno. “Para o bem ou para o mal, tivemos sorte porque a colheita de inverno já estava colhida, mas mesmo assim houve perdas que estão a ser contabilizadas. A seca é generalizada e os incêndios continuam ocorrendo, o que torna difícil mensurar a extensão dos danos”, afirma James Hodge, diretor de agronegócio e construção da corretora WTW. Na agricultura, em geral, é muito raro haver casos de perda total, explica Hodge. “É muito difícil destruir a plantação inteira”, diz ele. Porém, há expectativa de grandes danos em estruturas e equipamentos, como colheitadeiras e máquinas de limpeza. Trigo e outras culturas O mercado também monitora se haverá algum impacto na produção de trigo. “Ainda há risco porque a colheita do trigo está começando agora. Alguns ainda correm risco de incêndio e precisamos monitorar”, afirma Daniel Pauli, responsável pela área de sinistros da Sombrero Seguros. O produtor de trigo Edjelton Martins, de Ipaussu, município próximo a Santa Cruz do Rio Pardo (SP), decidiu secar sua lavoura para antecipar em dez dias a colheita do cereal e evitar qualquer chance de danos causados ​​pelo fogo. Na região, não chove há mais de cem dias e relatos de incêndios em propriedades vizinhas assustaram o produtor. Martins, que tem uma área plantada segurada de cerca de 80 hectares, preferiu perder na qualidade de maturação, colher mais cedo e até ter o valor do produto desvalorizado, em vez de ter que pagar uma franquia pela perda total. “Quando pega fogo, fica complicado. No ano passado tivemos incêndios nas áreas por causa da seca. Então, desta vez sequei o trigo e antecipei a colheita para não comprometer a produção”, lamentou. Até agora, Sombrero não teve impacto direto dos incêndios, mas houve um aumento este ano nos relatos de perdas devido à seca. “Já causou alguns danos às lavouras de grãos. Temos muitos acidentes no Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo por causa da seca. O milho, por exemplo, teve queda de produtividade devido ao período sem chuvas”, afirma Pauli. Este ano, não houve indenização por incêndio nas apólices cobertas pelo programa de subsídio PSR. Dos R$ 741,5 milhões pagos até setembro, 99,7% são referentes à seca. Seguem-se chuvas excessivas (0,12%), ventos fortes (0,11%) e granizo (0,05%). No acumulado desde 2016, foram pagos R$ 856 milhões em sinistros de seguros rurais por incêndio, o equivalente a 0,36% do valor total desembolsado no período, R$ 235,4 bilhões. O principal evento gerador de sinistros é a seca, que responde por 77,84% do valor pago no período. Ainda é cedo para falar em números, porque, no caso de São Paulo, o evento começou há pouco mais de 15 dias” Baixa cobertura O nível de penetração do seguro agrícola no país ainda pode ser considerado baixo, em torno de 10%. O seguro residencial é de 17%, segundo dados mais recentes da FenSeg, de 2021. Em São Paulo, o percentual é maior, 29%, e está mais concentrado em áreas urbanas. A cobertura básica do seguro residencial inclui necessariamente incêndios tanto quando começam dentro de casa – como é mais comum – quanto fora dela. Nas zonas rurais, a cobertura pode abranger a produtividade e incluir perdas de propriedade. Em geral, as seguradoras garantem cobertura contra incêndio, exceto quando há dolo do segurado, ou seja, quando ele ou pessoas relacionadas provocam o sinistro. +Projeto orçamentário prevê R$ 1,06 bilhão para seguros rurais em 2025 Do lado da demanda, as seguradoras têm notado um aumento no interesse pelos seguros agrícolas tanto em produtos com cobertura de risco nominal, exclusivo para incêndios, quanto em multirriscos, que incluem uma espécie de “franquia” para perdas causadas por extremos climáticos. Um grupo que foi diretamente afetado pelas queimadas do mês passado e no qual houve certa mudança na percepção de risco são as pequenas propriedades rurais, afirma Fabio Damasceno, diretor técnico de seguro rural da seguradora Mapfre. “São pecuária de corte e fazendas leiteiras. Eles não costumam ter muita adesão aos contratos de seguros, mas percebemos um aumento na procura por produtos em nossos canais de consulta, principalmente para proteção de benfeitorias, equipamentos e gado”, afirma. Na corretora Vokan, que atua principalmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, a procura por um produto voltado exclusivamente aos produtores de cana-de-açúcar aumentou 200% em agosto, com a propagação das queimadas, afirma o responsável pela área de seguros agrícolas, Weverton Anício. “Até agora, acreditava-se que o maior risco para os produtores de cana era o fogo e que, mesmo com o fogo, é possível colher e ter alguma produtividade medida. Porém, um evento do porte do atual pode mudar essa visão”, afirma, destacando a baixa penetração dos seguros na cultura da cana-de-açúcar. Safras de verão Os produtores de grãos, que iniciarão a produção nos próximos meses, também têm observado mais atentamente os corretores, segundo relatos de três empresas do setor ouvidas pelo Valor. “Além da incerteza no valor das commodities, que é comum, os produtores começam a enxergar os riscos de terem sua produção impactada pelas mudanças climáticas”, afirma Anício. Na Agrotech, corretora especializada em seguros agrícolas, a demanda aumentou não só pela cana-de-açúcar, mas por outras culturas, como trigo e milho. A preocupação com a falta de chuvas e os sinais recentes na região de Ribeirão Preto despertaram o alarme entre a maioria dos produtores de trigo da região, afirma Danilo Criveli, sócio da corretora. De janeiro até o início de setembro, a Agrotech pagou aproximadamente R$ 28 milhões em indenizações aos segurados produtores de cana-de-açúcar devido a períodos de estiagem e queimadas. A empresa atende atualmente 1.000 clientes agrícolas. “Vemos áreas de milho afetadas, em algumas lavouras e nas margens de estradas de Ipaussu. Os incêndios acabam assustando os produtores e os acidentes aumentam. A procura e a preocupação têm sido maiores desde o final de agosto”, acrescenta Criveli. O seguro agrícola arrecadou, no primeiro semestre de 2024, R$ 2,2 bilhões, 16,3% menos que um ano antes. As remunerações cresceram 2,3%, para R$ 1,8 bilhão. Nos seguros residenciais, os sinistros pagos cresceram 31% no mesmo período, para R$ 889,3 milhões e os contratos aumentaram 25,3%, para R$ 2,9 bilhões.

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