Depois de uma semana focada no exterior, os ativos domésticos enfrentam uma sexta-feira intensa, com reações ao balanço da Petrobras e às sinalizações do diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, que foram lidas como mais “hawkish” (duras) pelos participantes do mercado no encerramento dos negócios de ontem, o que impactou o comportamento dos ativos financeiros no fechamento. O dia também reserva a divulgação do IPCA de julho, num momento em que os debates sobre os rumos da Selic continuam a todo vapor.
As surpresas da alta do IPCA podem alimentar a percepção de que a alta da Selic deverá ocorrer ainda este ano. Empresas relevantes adotaram essa expectativa em seu cenário base, como Kinea Investimentos e Itaú Asset Management. O consenso da pesquisa conduzida por Valor da data aponta para uma inflação de 0,35% em julho, uma aceleração face a junho (+0,21%). A dinâmica dos serviços subjacentes e dos serviços intensivos em mão de obra deverá permanecer no radar e poderá influenciar os ativos financeiros, tal como as declarações de Galípolo ontem.
O diretor fez um discurso muito alinhado com a ata do Copom, divulgada nesta terça-feira, afirmou que os novos diretores ainda precisam ganhar credibilidade na sociedade e destacou o compromisso com a meta de inflação, lembrando que o IPCA projetado para o primeiro trimestre de 2026 , que é o atual horizonte relevante para a política monetária, está em 3,2% e, portanto, acima da meta de inflação (3,0%). Ainda ontem, as taxas de juro futuras ajustaram-se a um aumento firme no final da sessão, dados os sinais mais “hawkish” emitidos por Galípolo.
Os contratos futuros de dólar também reagiram, aumentando o ritmo de queda no pregão estendido, após o fechamento do pregão à vista. O “gap” entre o fechamento do mercado à vista e o mercado futuro deve fazer com que o dólar comercial se ajuste a uma queda firme na abertura desta sexta. O exterior até contribui para este sinal, dada a falta de um sinal único entre as moedas emergentes nos mercados desenvolvidos. Lá fora, o dia é de ausência de indicadores importantes, o que já deve levar o mercado internacional a um dia de ajustes após a alta volatilidade observada durante a semana.
O dia também reserva a reação dos mercados ao balanço da Petrobras do segundo trimestre. No pré-mercado em Nova York, os recebimentos de ações (ADRs) da estatal caíram 1,13% nesta manhã, após a empresa reverter lucros e registrar prejuízo líquido de R$ 2,61 bilhões, resultado que refletiu os efeitos da adesão ao a transação tributária e o acordo trabalhista de 2023, principalmente. Na opinião dos analistas do Safra, ‘eventualmente’, com pouco efeito caixa, causaram o prejuízo, ao mesmo tempo em que o anúncio de R$ 13,57 bilhões em dividendos aos acionistas estava em linha com as expectativas dos participantes do mercado.
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