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O montante destas receitas, somadas, seria equivalente a R$ 1,05320017 por ação, preferenciais (com preferência no recebimento de dividendos) ou ordinárias (com direito a voto nas assembleias).
Os valores serão distribuídos a todos os acionistas em nome da empresa no dia 21 de agosto deste ano, portanto, as ações serão negociadas sem direito a rendimento no pregão do dia 22 de agosto. O pagamento foi dividido em duas parcelas: em 21 de novembro e 20 de dezembro.
Mas com as incertezas que surgem sobre o futuro da empresa após esta perda, Vale a pena comprar ou manter ações da Petrobras apenas até a data base para receber esses recursos e, no dia 22 de agosto, vender tudo?
Bom, logo de cara você pode responder que essa estratégia não é eficiente na maioria das vezes..
- Primeiro, porque deve ser levado em conta o tributação sobre ganhos com vendas de açõesimposto que incide quando esse valor ultrapassa R$ 20 mil.
- Assim, mesmo quando os ganhos das ações ficam abaixo de R$ 20 mil, na maioria dos casos, esse movimento não traz ganho real. Por outras palavras, a dinâmica natural do mercado de ações eliminaria o apelo desta estratégia.
E depois, o mais importante: no caso da Petrobras, que historicamente tem sido uma excelente pagadora de dividendos, o investidor abre mão de ganhos futuros se seguir esse caminho.
Incluindo, neste sentido, o relatório do EXP produzido por analistas Régis Cardoso e Helena Kelm projeta o pagamento de dividendos extraordinários pela empresa, deixando para trás a discussão levantada no início deste ano.
“Em nossas estimativas, Petrobras deve gerar fluxo de caixa livre de US$ 6 bilhões mais do que distribuirá em dividendos em 2024. Acreditamos que esse excesso de geração de caixa poderá se transformar em dividendos extraordinários em algum momento”, apontam Cardoso e Kelm. “Acreditamos que pode haver algum anúncio de dividendos extraordinários (não necessariamente o valor total que prevemos para o ano) antes do final do ano, provavelmente com a divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2024.”
Ora, isto também não significa que a estratégia deva ser absolutamente refutada. Existem alguns cenários em que pode até ser interessante. Eles apenas são mais restritos e precisam ser bem considerados.
Para quem chega ao mercado de ações, aqui estão alguns princípios básicos sobre o pagamento de benefícios:
- O data base (ou “data com”) é aquele em que a empresa tirará uma “foto” de sua base acionária para mapear quais investidores receberão os recursos anunciados. Ou seja, quem detém ações da empresa nessa data (independentemente de ter adquirido ações nesse mesmo pregão ou de as ter há anos) receberá o valor correspondente aos retornos anunciados – independentemente de já ter vendeu o ativo na data do pagamento.
- Um “ex-dados“É portanto a data a partir da qual os títulos começam a ser negociados sem direito ao recebimento desses rendimentos.
- Data de pagamento: autoexplicativo, mas é o data prevista para a empresa pagar os benefícios (dividendos ou JCP) aos acionistas de sua base na “data com”.
- Dividendos: são os participação no lucro da empresa durante um determinado período que é distribuído aos seus acionistas. São isentos de Imposto de Renda (IR).
- JCP: é uma das formas mais comuns de remuneração aos acionistas, e funcionam na prática como uma espécie de “juros” de um empréstimoporque “remuneram o capital que foi investido” na empresa. Como se o acionista fosse o credor, e a empresa, a devedora. Esse mecanismo foi criado para substituir o desconto da correção monetária na determinação do lucro real das organizações. Com isso, a base de cálculo de impostos da empresa torna-se menor. Esse valor é tributado em 15% para investidores residentes no Brasil. A taxa é descontada pela própria empresa na data do depósito.
Lembrando que uma empresa pode anunciar diversas distribuições de lucros, cada uma com seu valor e cronograma de pagamento, com data, ex dados.
Neste caso especificamente, veremos os resultados anunciados pela Petrobras no dia 8 de julho, juntamente com o balanço do segundo trimestre de 2024.
O que importa: vale a pena vender a ação na data ex ou não?
Bruno RocioAnalista CFP certificado e consultor de escritório Investimentos rarosÉ enfático: a estratégia não vale a pena. Para ele, o investidor que adota essa manobra está trocando seis por meia dúzia.
“Isso porque a ação sofre um ‘ajuste’ automático quando a empresa distribui dividendos. Ou seja, se a ação vale R$ 100 e foram pagos R$ 10 por ação em dividendos, no dia do pagamento o investidor receberá esses R$ 10, mas sua ação automaticamente passa a valer R$ 90”, explica. “Isso porque quando a empresa distribui seus lucros entre os acionistas, ela está ‘tirando parte do seu valor’ da empresa.”
Além disso, na prática, é a própria bolsa que desconta os dividendos. Portanto, no pregão seguinte ao “data com”, a ação passa a ser negociada pelo valor descontado.
E a partir daí é o fluxo normal da bolsa, com mais movimento de compra ou venda, que vai definir se a ação terá seu valor ajustado para baixo ou para cima.
Frederico Avrilsócio fundador da Capital de setembro e analista certificado de CFP, ainda vê alguns cenários em que a estratégia de dumping de uma ação na data ex poderia valer a pena.
- Obtenha lucro: “Se a ação subiu muito antes da data ex-dividendo e você quer lucrar [se desfazer do ativo para embolsar a diferença entre o valor de compra e o de venda]Pode ser um bom momento para vender”, pondera.
- Já existe o desejo de vender o ativo: “se você acha que o preço das ações não vai se recuperar rapidamente ou quer evitar volatilidade, venda [na data-ex] pode ser uma opção”, comenta Avril.
- Prioridade é diversificar a carteira de ações: O executivo da Septem Capital explica que, quando os dividendos não são prioridade para a estratégia de investimentos e o investidor deseja diversificar sua carteira de ações, “vender na data ex-dividendo pode liberar capital para novas oportunidades”.
Mas Avril vê mais argumentos para os investidores manterem as ações e ignorarem esta estratégia, mantendo a possibilidade de receber pagamentos futuros da empresa. No caso da Petrobras, que costuma divulgar resultados trimestralmente, isso deverá ter mais peso, principalmente para quem busca renda passiva.
Além disso, o investidor deve ser informado sobre as perspectivas da empresa.
Se, no período relevante para a sua estratégia de alocação, a empresa tiver previsão de crescimento e houver espaço no mercado para a ação valorizar acima do valor do dividendo que foi distribuído, a opção mais vantajosa é manter esta posição.
“Cada investidor deve avaliar esses fatores com base na sua situação financeira e nos objetivos de investimento. Por isso, é importante avaliar seus objetivos de curto e longo prazo e considerar o contexto macroeconômico e da empresa”, afirma Avril.
Conclusão: para quem foca em dividendos, deter ações pode ser mais adequado. Se o objetivo é obter lucros ou diversificar, vender pode fazer sentido em alguns casos.
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