Especialista em anfíbios explica a razão e as variações de comportamento entre diferentes espécies. Vídeo postado nas redes sociais mostra sapo se enterrando; entenda o comportamento Um vídeo com mais de 14 mil visualizações nas redes sociais chamou a atenção dos internautas ao mostrar um sapo da espécie Rhinophrynus dorsalis indo para a clandestinidade. Embora o comportamento já seja conhecido pela ciência, despertou a curiosidade do público devido aos movimentos realizados pelo sapo. Segundo Felipe Toledo, professor do Departamento de Biologia Animal da Unicamp e especialista em anfíbios, diversas espécies têm o hábito de se enterrar. Geralmente, o comportamento acontece quando esses animais vão dormir. Muitas espécies noturnas saem à noite para se reproduzir e, durante o dia, cavam buracos para se enterrar. Dessa forma, eles permanecem no subsolo por muito tempo. Porém, isso varia dependendo da espécie, e alguns podem permanecer enterrados por meses ou até anos. Imagem da espécie Rhinophrynus dorsalis enterrando-se no solo. Reprodução na Internet “Tem animais que cavam no início do inverno e só saem no verão. Na verdade, algumas espécies podem ficar enterradas por anos, até que cheguem boas condições de chuva para que esses animais possam sair e se reproduzir”, explica Toledo. Outras rãs escavadoras A espécie Rhinophrynus dorsalis não ocorre no Brasil, tendo sua distribuição desde o sul do Texas passando pelo México, Guatemala, Honduras, El Salvador e indo até a Nicarágua e Costa Rica. Entretanto, o mesmo comportamento pode ser observado nas espécies brasileiras de perereca da Caatinga (Ceratophrys joazeirensis) e Odontophrynus toledoi. Sapo Chifre da Caatinga Alenilson Rodrigues/iNaturalist “O buraco é feito no chão por meio de adaptações nas patas traseiras do animal, que permitem que ele se enterre ‘ao contrário’, como mostra o vídeo”, comenta o especialista. Segundo o biólogo, outras espécies de sapos escavam o solo com o focinho, como o Elachistocleis cesarii, com outra adaptação morfológica para realizar esse comportamento. Elachistocleis cesarii Jean Martins / iNaturalist Em alguns casos, como acontece com a espécie Ceratophrys joazeirensis, encontrada na Caatinga, o animal permanece enterrado por longos períodos. Para se proteger, secreta várias camadas de pele, formando um casulo. Este casulo evita a perda de água, permitindo-lhe sobreviver durante meses em condições ambientais adversas. O especialista destaca ainda que a diminuição das chuvas em determinadas regiões pode prolongar o tempo que esses animais permanecem enterrados. “Eles ficam assim até que as condições climáticas sejam ideais para a reprodução. Por isso, em períodos de pouca chuva, ficam enterrados até chover”, finaliza. VÍDEOS: Destaques Terra da Gente Veja mais conteúdos sobre a natureza na Terra da Gente
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