agosto 7, 2024
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Síndrome de Kawasaki: conheça a doença vascular que matou criança de 7 meses em Campinas

Síndrome de Kawasaki: conheça a doença vascular que matou criança de 7 meses em Campinas
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Em todo o país, foram 1,4 mil atendimentos ambulatoriais e 21 mortes pela doença em 2023. Segundo especialistas, o diagnóstico precoce é a principal ferramenta para evitar complicações. Caio Otsuka, de 7 meses, morreu após ser diagnosticado com síndrome de Kawasaki; vermelhidão nos pés é um dos sintomas Carine Araújo/Arquivo pessoal Você já ouviu falar na síndrome de Kawasaki? A doença vascular, que atinge principalmente crianças de 1 a 5 anos, levou à morte de um bebê de 7 meses em Campinas (SP), e o caso alertou sobre a importância da conscientização sobre os sintomas e o tratamento. Médicos ouvidos pelo g1 classificam a doença como rara. No ano passado, a metrópole registrou aumento de atendimentos ligados à doença, embora os números sejam baixos – 12 em 2023 ante seis no ano anterior. Assine o canal g1 Campinas no WhatsApp Em todo o país, foram 1.429 mil atendimentos ambulatoriais e 21 mortes pela doença em 2023 (veja os gráficos abaixo). Segundo especialistas, os casos fatais são ainda mais raros, pois as chances de recuperação são altas entre crianças diagnosticadas precocemente. Neste relatório você verá: O que é a síndrome de Kawasaki? Qual é a incidência da doença? Como acontecem os casos graves? Morte em Campinas Denúncia de negligência O que é a síndrome de Kawasaki? A síndrome dos linfonodos mucocutâneos – ou doença de Kawasaki, como é popularmente conhecida – foi descrita pela primeira vez na década de 1960 pelo médico japonês Tomisaku Kawasaki. É uma vasculite rara, que causa inflamação nos vasos sanguíneos, principalmente nas artérias coronárias, responsáveis ​​por levar o sangue ao coração. Sem tratamento adequado, pode causar aneurismas. LEIA TAMBÉM: Síndrome de Kawasaki: qual é a doença inflamatória rara que vem afetando crianças infectadas pelo novo coronavírus Professor e médico responsável pelo atendimento inicial às crianças diagnosticadas com a doença no Hospital de Clínicas da Unicamp, Ricardo Mendes explica que a doença é considerada recente e carece de informações ou exames laboratoriais para diagnóstico. Para identificar a síndrome, os médicos observam os seguintes sintomas: febre alta por mais de cinco dias; conjuntivite sem corrimento; inchaço e vermelhidão nos pés e nas mãos; vermelhidão no corpo, como uma alergia; fissuras e lesões nos lábios; e alargamento de um gânglio na região cervical. “Se a criança apresentar cinco dos seis sintomas, e um deles for febre, ela atende aos critérios de Kawasaki. Mas antes o médico vai descartar diversas outras doenças parecidas com Kawasaki”, explica o professor. Segundo Mendes, em casos de diagnóstico tardio, o paciente pode desenvolver aneurismas coronarianos, além de outras condições que podem levar ao óbito. Esse resultado, porém, nunca foi visto pelo especialista em seus 30 anos de carreira. Lúcia Campos, professora e chefe do serviço de reumatologia pediátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), explica que a doença atinge geralmente crianças de 1 a 5 anos, e há uma maior genética predisposição entre eles. Orientais. “Existe uma predisposição genética para a síndrome entre as crianças orientais, como as japonesas. No Brasil, a doença ocorre em crianças de outras etnias, mas atinge principalmente crianças amarelas”, reitera o especialista. Qual é a incidência da doença? Considerando apenas Campinas, dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) de São Paulo mostram que houve 29 atendimentos ambulatoriais e 24 internações pela doença entre 2021 e 2024. Dados nacionais e estaduais também mostram a ocorrência de óbitos por complicações da doença. doença. doença. Entre janeiro e maio de 2024, por exemplo, dados do Ministério da Saúde mostram que oito crianças morreram em decorrência da síndrome em todo o país. É importante ressaltar que os dados de atendimento e internação não representam o total de pessoas diagnosticadas, pois o mesmo paciente pode ter sido atendido e contabilizado mais de uma vez (seja porque foi tratado e internado, seja porque ficou internado mais de uma vez). vez) . Como acontecem os casos graves? Lúcia Campos explica que uma dose de imunoglobulina humana é suficiente para uma criança se recuperar da doença. Mas, segundo o médico, existem duas formas da doença que aumentam a gravidade e o risco de um aneurisma: refratária e incompleta. Refratário: quando o paciente não responde ou responde mal ao tratamento com imunoglobulina. Incompleto: quando o paciente não preenche todos os critérios diagnósticos (sintomas e faixa etária). “Formas incompletas resultam em atraso no diagnóstico e tratamento e determinam pior prognóstico. E podem ter, por si só, uma forma mais grave, o que significa ser refratária ao tratamento. De qualquer forma, essas crianças correm maior risco de desenvolver um aneurisma”, explica. Morte em Campinas Caio Otsuka, de 7 meses, começou a apresentar os primeiros sintomas de febre no dia 22 de abril deste ano. Ao g1, Carine Araújo, mãe do menino, relata que começaram a aparecer manchas no corpo do bebê, principalmente nos pés e nas pernas, no dia seguinte. Um exame de sangue inicial mostrou escarlatina, para a qual os médicos prescreveram antibióticos por 10 dias. Uma semana após o diagnóstico, porém, o menino foi levado ao Hospital Mário Gattinho com dores e anemia. Família de Caio Benício Araújo Otsuka denuncia Carine Araújo Apesar de não apresentarem melhora, os médicos mantiveram o diagnóstico de escarlatina. “[Uma das médicas] Ele me disse: ‘Sim, mãe, algo está estranho. As plaquetas estão altas, a contagem de glóbulos brancos está alta, mas não sei dizer o que é. E isso só o libertou”, lembra Carine. No dia seguinte à alta, ainda com febre, a criança foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Campo Grande pelo SAMU; Depois, no dia 2 de maio, Caio foi transferido para o Hospital Ouro Verde, onde foi diagnosticado com síndrome de Kawasaki e dois aneurismas. O bebê permaneceu nove dias internado e faleceu no dia 12 de maio, Dia das Mães, após ser transferido para o Hospital de Clínicas da Unicamp, onde seria submetido a uma cirurgia cardíaca para instalação de marca-passo. Denúncia de negligência A família de Caio abriu boletim de ocorrência por negligência médica após a morte do menino. Isso porque, segundo a mãe, houve demora no atendimento e os médicos não solicitaram todos os exames necessários para identificar possíveis complicações da síndrome. Carine afirma ainda que nenhum cardiologista ou reumatologista examinou seu filho durante o período em que ele ficou internado no Hospital Ouro Verde, mesmo após o diagnóstico da forma aguda da doença de Kawasaki. “Se tivessem dito que tentaram de tudo, mas não conseguiram salvar meu filho, eu teria renunciado. Mas não estou feliz que ele não tenha um especialista para o caso dentro de dez dias.[…] Dez dias foram suficientes e perdi o meu bem mais precioso”, lamenta. Em nota, a Rede Mário Gatti afirmou que o menino “recebeu todos os cuidados indicados e necessários para o quadro que apresentava”, mas não comentou a falta de exames e cuidados do cardiologista durante a internação. Veja a nota na íntegra abaixo: “ A Rede de Urgência do Hospital Mário Gatti informa que a criança foi atendida na Unidade Pediátrica Mário Gattinho no dia 30 de abril, fez exames e recebeu alta com orientação. compatível com o quadro que apresentava no dia 1º de maio, foi atendida na UPA Campo Grande e transferida no dia 2 de maio para posterior diagnóstico e tratamento no Complexo Hospitalar Prefeito Edivaldo Orsi (Ouro Verde). A criança permaneceu internada até o dia 11 de maio. , devido à necessidade de tratamento especializado (cirurgia cardíaca), foi transferido para o Hospital de Clínicas da Unicamp. Durante o período em que foi atendido nas unidades da Rede Mário Gatti, a criança recebeu todos os cuidados preconizados. e necessário para a imagem apresentada.” Hospital Municipal Ouro Verde, em Campinas Reprodução/EPTV *Estagiário sob supervisão de Arthur Menicucci e Gabriella Ramos. VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais novidades da região no g1 Campinas

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