Idealizador do Rock in Rio e Genial Investimentos lançam ‘Imagine’, complexo de R$ 1,3 bilhão | Empresas

As conversas entre Medina e Genial começaram há cerca de três anos, disse ele. A participação de Medina e Genial no empreendimento ainda está em discussão, acrescentou Riechert.

O executivo estima que o retorno do investimento levará cerca de cinco a sete anos. “É um projeto muito bom porque é muito fácil de comercializar depois de concluído”, comentou.

Capacidade para 100 mil pessoas por dia

A ideia do “Imagine” é que o local vire uma espécie de parque de eventos, com capacidade para 100 mil pessoas por dia em 385 mil metros quadrados (m2). Atualmente, o espaço abriga uma escola e, numa parte limitada do perímetro, o recém-inaugurado Parque Rita Lee. A infraestrutura do local estará preparada para eventos abrangendo diversas áreas, desde gastronômica, cultural e até mesmo para o público gamer.

Entre as atrações já definidas no projeto estão a Fábrica Rock in Rio, local para conhecer e conhecer mais sobre todas as etapas da criação e realização de um festival; o Anfiteatro Imagine, com capacidade para 40 mil pessoas em um espaço de 38 mil m²; o Museu Olímpico Imagine Imagine, em homenagem aos Jogos Olímpicos Rio 2016; o Imagine Hub Criativo, pólo de inovação e entretenimento com 85 mil m², que pode receber eventos para gamers; bem como audiovisual, gastronomia, arte contemporânea, música e outros eventos.

“Acreditamos no entretenimento como forma, nesta comunicação, de chamar a atenção das pessoas”, acrescentou o CEO. “É isso [vai ser ] uma Disneylândia”, disse ele.

“É também uma Disneylândia dos anunciantes, de todos que querem divulgar sua marca, vinculados a um projeto dessa magnitude aqui no Rio de Janeiro.”

“E isso é importante, que as pessoas venham ao Rio de Janeiro, vão ver o jogo do Maracanã, vão à praia e também venham ao ‘Imagine’ para descobrir o que a capacidade cultural e criativa do Rio de Janeiro é capaz de oferecer em termos de Brasil”, destacou. A ideia dos sócios, segundo Riechert, é que o empreendimento atraia não só um público nacional, mas também internacional.

Outro aspecto é que, para entrar no parque, não é necessário ingresso. “Para entrar no parque, a ideia inicial é que não haja cobrança de nada. Você terá muitas atrações. E os atrativos, obviamente, cada um terá seu modelo de negócio para atrair um retorno em cima do que está sendo oferecido”, explicou.

O volume de negócios a gerar no complexo “Imagine” deverá também gerar impacto económico na cidade, acrescentou Roberto Medina, também presente no evento. Ele citou números de estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) sobre o impacto financeiro do projeto.

Impacto de R$ 9,2 bilhões na economia do Rio de Janeiro

As projeções apontam para um impacto de R$ 9,2 bilhões na economia da capital fluminense, apenas no primeiro ano de funcionamento, com R$ 1,2 bilhão em impostos gerados pelo movimento econômico. Em 30 anos de projeto, esses dois valores deverão subir para R$ 274,1 bilhões e R$ 35,5 bilhões, respectivamente. Estima-se também que o projeto irá gerar 140 mil empregos diretos e indiretos.

Medina destacou o fato do empreendimento ser um projeto de entretenimento contínuo, sem datas específicas no ano. Isso ajuda a movimentar constantemente a economia da capital fluminense, segundo ele. “O rio [a economia da cidade] precisa de âncora, não pode viver só de Carnaval e Rock in Rio. Isso vai ser uma âncora”, afirmou Medina.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, também no lançamento, endossou. Paes disse que a concessão da área, que serviu inicialmente para sediar as arenas das Olimpíadas do Rio em 2016, já foi regularizada para a instalação do complexo. “Essa ‘equipe’ com o Roberto construiu uma solução que nos permite ter aqui um legado permanente de entretenimento [ no local]”, resumiu.