Para regular a inteligência artificial, primeiro você precisa conhecê-la. Essa é a opinião dos palestrantes do painel “Tecnologia e escalabilidade: O impacto da conectividade nos negócios e nas relações humanas”, do evento Four Summit, realizado nesta sexta-feira (6), no Auditório Ibirapuera, em São Paulo.
“Estou bastante preocupado, acho que a regulação tal como está sendo discutida pode atrapalhar a inovação, com impacto nos empresários e no bem-estar das pessoas”, afirma o diretor acadêmico do Novo Direito e do curso Ênfase, Erik Navarro.
Tudo o que é destacado na mídia assusta e gera ansiedade regulatória
– Erik Navarro
Segundo o especialista, o Brasil adotou o modelo regulatório europeu e os próprios europeus questionam a rigidez das regras. “Dizem que estamos a ser mais realistas que o rei”, afirma, acrescentando que apoia a criação de padrões éticos.
O fundador do Buscapé e sócio da Domo Invest, Rodrigo Borgesdiz que os países desenvolvidos estão preocupados com a soberania da IA, uma vez que “big techs”, como Oráculo e GoogleComprei todos os chips disponíveis para esse fim. “Enquanto isso, queremos regular.”
Contudo, Borges faz um contraponto à regulamentação do Banco Central, que permitiu a proliferação de “fintechs” (startups de tecnologia em serviços financeiros) e fortaleceu o sistema financeiro do país. “Isso tirou toda a massa cinzenta da equação na hora de definir as regras do jogo.”
De acordo com o vice-presidente da Abranet e líder de tecnologia da informação e operações da Bemol, Jesaías Arruda, muitos parlamentares querem “criar o filho”, referindo-se à regulamentação da IA.
Como podemos regular algo que seria frívolo dizer que sabemos?
— Jesaías Arruda, sobre regras de uso de IA
Os palestrantes, contrários à regulamentação, argumentam que o uso da tecnologia não é uma realidade em todo o Brasil, devido à falta de acesso à internet. Arruda cita que 19% do território nacional não possui nenhum tipo de conectividade. “O mesmo acontece com 45 mil escolas de um total de 140 mil espalhadas pelo país”, afirma.
Acontece que na maior parte do país, que tem acesso à internet, a falta de regulamentação está exigindo medidas alternativas à falta de normas para cada problema que surge. Acadêmicos e empresas favoráveis à regulamentação têm participado dos debates do projeto de lei 2.338/2023, parado no Senado, defendendo a criação de regras, enquanto adversários combatem a iniciativa.
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