A prisão preventiva foi decretada contra um sócio da empresa e um funcionário apontado como responsável pela arrecadação e distribuição de valores recebidos no golpe. Vista aérea da fazenda Hort Agreste, em Lagoa Seca Reprodução/Hort Agreste A 7ª Vara Criminal determinou a prisão preventiva e o congelamento de contas e bens de Priscila dos Santos Silva e Nuriey Francelino de Castro. Os dois são acusados de envolvimento em um golpe que atraiu investidores para o cultivo hidropônico ao prometer lucros acima da realidade do mercado financeiro e sem receber o rendimento. Segundo as investigações, o grupo cometeu crimes por meio da empresa Hort Agreste, localizada em Lagoa Seca, no Agreste Paraibano. A decisão foi tomada pelo juiz Geraldo Emílio Porto e assinada nesta segunda-feira (2). O mandado de prisão dos dois envolvidos foi expedido nesta terça-feira (3). Priscila é esposa e companheira de Jucélio Pereira, preso no dia 7 de fevereiro deste ano por envolvimento no mesmo esquema. Nuriey Castro é apontado pelas vítimas do golpe como o funcionário responsável pela arrecadação e distribuição dos valores da empresa. MAIS com promessa de ‘invenção mágica’ O advogado de Priscila dos Santos Silva, Diego Elí, disse ao g1 que, antes da publicação do mandado, já havia feito pedido de revogação dele dentro do processo. Segundo o advogado, Priscila está ciente da decisão e aguarda orientação da defesa. “Existe um pedido de revogação que está dentro do processo e outras medidas cabíveis serão tomadas, a partir do que o juiz decidir em relação a essas medidas que tomamos, decidiremos sobre a apresentação”, afirmou. O advogado de Nuriey Francelino de Castro, Abraão Beltrão, afirmou que considera desnecessário o pedido de prisão porque seu cliente se apresentou à polícia, prestou depoimento, seu endereço consta do processo e ele é réu primário. O advogado afirma ainda que Nuriey não representa perigo à ordem pública e que todos os envolvidos estão distantes uns dos outros. “Ele foi à delegacia, foi interrogado pelo delegado, colocou-se à disposição das autoridades e agora vem a surpresa desta prisão preventiva que evidentemente será contestada ou com pedido de revogação da prisão do próprio juiz ou através de habeas corpus”, disse o advogado. . A decisão Relatórios técnicos mostraram que Priscila dos Santos e Nuriey Castro estiveram envolvidos no golpe, após análise de transferências bancárias entre empresa e sócios. O pedido de prisão preventiva foi feito pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB). O juiz acatou o pedido e argumentou com base na garantia da ordem pública, considerando que os envolvidos utilizaram continuamente o mesmo método e forma de execução para cometer o crime. Segundo a decisão, isso demonstra a periculosidade dos dois suspeitos, motivando a adoção do pedido de prisão preventiva para evitar a repetição das agressões. Segundo o juiz, os valores obtidos através do crime de peculato ultrapassam R$ 25 milhões. Inicialmente, a Polícia Civil estimou o prejuízo gerado pela empresa em cerca de R$ 120 milhões. O empresário golpista Jucélio Pereira de Lacerda foi preso na zona rural de Lagoa Seca, região de Campina Grande, sob suspeita de peculato qualificado e formação de quadrilha, em esquema de investimento no cultivo de hortaliças hidropônicas em que não cumpriu o retorno prometido . Ele foi preso em cumprimento de mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça. Segundo as investigações, o suspeito é dono de uma fazenda que cultiva hortaliças hidropônicas, que são hortaliças plantadas na ausência de solo, apenas com a água e os nutrientes necessários. Empresário Jucélio Pereira de Lacerda foi preso suspeito de atrair investimentos em hortaliças e fraudar mais de R$ 120 milhões Hort Agreste Hidroponia/Divulgação Ofereceu investimentos nessa cultura, com a justificativa de que a manutenção da plantação é cara, e prometeu em troca lucros acima da realidade do mercado financeiro. Quando chegou a hora do investidor começar a receber seu retorno financeiro, os pagamentos não foram efetuados. O g1 teve acesso a um boletim de ocorrência feito por uma das vítimas do golpe contra o empresário. De acordo com a denúncia, foram prometidos rendimentos mensais de 7% para o tomate tipo 1 durante 12 meses e de 10% para o tomate tipo 2 durante 24 meses. Após os prazos estipulados, o investidor teria acesso a uma participação de 30% nos lucros. O denunciante alega que investiu e pagou mais de R$ 180 mil em outubro de 2023, mas desde 15 de novembro não recebe seus pagamentos. Segundo relatos das vítimas, Jucélio também prometeu aos investidores uma “invenção mágica”, que garantiria a produção de hortaliças em tempo recorde, nunca antes vista. O Ministério Público da Paraíba (MPPB) denunciou, em fevereiro deste ano, o casal Jucélio Pereira e Priscila Santos, proprietários da empresa Hort Agreste. Nuriey Francelino de Castro, que aparece no documento como sócio comercial de Jucélio e Priscila, também foi denunciado. Os três envolvidos são responsáveis pelos principais desvios. Os três acusados tornaram-se réus em fevereiro. Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba
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