O nadador brasileiro Guilherme Costa, conhecido como ‘Cachorrão’, nos 400 metros livre nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 — Foto: Luiza Moraes/COB
“Ainda não sei o que aconteceu. Eu queria muito a medalha, queria muito ganhar. Eu tentei de tudo. Fiz o que pude no terceiro, que foi onde errei pela manhã. E não sei o que aconteceu nos últimos 50, que é sempre o meu ponto forte. É sempre onde consigo alcançar todos os meus resultados e hoje não consegui.
Uma pesquisa inédita da Unicamp, Universidade Estadual de Campinas, revela os impactos da pressão esportiva sobre os atletas. 3 em cada 10 atletas de alto desempenho apresentam sintomas leves ou moderados de depressão. 16% sofrem de sintomas moderados de ansiedade, enquanto 24% relataram ter pensado em suicídio.
O estudo indica que ainda há muito a ser feito para preparar os futuros atletas para as pressões que o esporte de alto rendimento traz. É o que explica Paula Fernandes, psicóloga e orientadora da investigação.
“Precisamos permitir que o ambiente esportivo em que ele está inserido tenha essa abertura para que ele possa falar sobre suas percepções, seus sentimentos, suas experiências. Ele precisa ser ouvido sem julgamento, sem preconceito. ouça ativamente este atleta. Nesse sentido, digo que ainda somos muito analfabetos.
Ela destaca que os problemas de saúde mental dos atletas são muito menos negligenciados desde que a ginasta Simone Biles se retirou dos Jogos de Tóquio em 2021, quando era vista como favorita absoluta. Tudo para que ela pudesse cuidar de sua saúde mental.
O assunto também se tornou prioridade para os clubes que representam grande parte dos atletas brasileiros. O Minas Tênis Clube, por exemplo, oferece treinamento de habilidades mentais para todos os atletas de base a partir de 6 anos.
Cristiane Moreira, psicóloga esportiva do Minas Tênis Clube, afirma que os atletas estão mais dispostos a cuidar da saúde mental durante os treinos.
“Antes víamos atletas muito mais reprimidos, porque tenho que ser super-herói, tenho que ser forte, tenho que administrar. E agora eles percebem que não precisam administrar tudo, porque eles também são seres humanos, né? Costumamos dizer isso aos atletas. Olha, você também é humano, você também pode chorar, você também pode sentir emoções.
A nadadora Yasmin Veloso tem 15 anos e recebe apoio psicológico do clube mineiro. Ela diz que quando não vai bem em uma prova, aprendeu a focar no que precisa melhorar e a reconhecer o que fez bem. E ela relata o que sentiu ao ver a tristeza de Guilherme Costa, o Cachorrão, nas Olimpíadas de Paris.
“Ele foi incrível, tanto que quando não conseguiu a medalha, senti a dor que ele sentiu no final. Se ele não atingir seu objetivo maior, você ficará muito triste, mas siga em frente, você tem outros. Vamos bater as outras metas e aí tudo ficará bem, certo?”
* Sob supervisão de Lucas Soares e Caroline Tamassia
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