setembro 1, 2024
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Venda de Wesley, do Corinthians, reforça tendência de saída precoce de joias sul-americanos

Venda de Wesley, do Corinthians, reforça tendência de saída precoce de joias sul-americanos
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Jogador de 19 anos deixou o futebol brasileiro para jogar na Arábia Saudita, que se apresenta como mais um destino de novos talentos do continente; especialistas analisam situação atual do mercado do futebol Al-Nassr anuncia Wesley como novo reforço do time A movimentação de jovens talentos sul-americanos para clubes internacionais ganhou força nos últimos anos. Um exemplo recente é o do atacante Wesley, de 19 anos, que, treinado no Corinthians desde os nove anos, foi anunciado na última sexta-feira como novo reforço do Al-Nassr, da Arábia Saudita, time onde joga Cristiano Ronaldo. + Clique aqui para acompanhar o novo canal do ge Futebol Internacional no WhatsApp + Resumo da janela na Europa: Premier League pisa no freio, mas despesas ultrapassam R$ 32,2 bilhões A venda foi assinada por US$ 20 milhões (cerca de R$ 110 milhões), em além de um bônus de US$ 5 milhões (R$ 27 milhões) caso o jogador atinja as metas estipuladas em contrato. Wesley foi o jogador do Corinthians com mais participações em 2024. Em 46 partidas, balançou a rede cinco vezes, além de contribuir com três assistências. + Wesley, ex-Corinthians, é anunciado pelo Al-Nassr de Cristiano Ronaldo + Opinião: confusão do Chelsea causa preocupação sobre o futuro de Estêvão A transferência de Wesley destaca a tendência crescente de jogadores promissores deixarem o Brasil precocemente, buscando desenvolvimento em outras ligas, sejam europeias ou não. Estevão comemora com a família a convocação para a Seleção Brasileira. Aos 19 anos, o ex-Corinthian já conseguiu transferência direta, diferentemente de casos como Estevão (Palmeiras) e Kendry Páez (Independiente del Valle), adquiridos por estrangeiros. , só deixarão seus clubes de formação após atingirem a maioridade. Os casos também reforçam a forma como o mundo olha para os jovens sul-americanos que se destacam desde cedo, principalmente em seleções europeias. Wesley se junta a uma lista de elite de jovens talentos sul-americanos vendidos recentemente, incluindo Endrick, Estevão e Pedro Lima (Brasil), Kendry Páez (Colômbia), Justin Lerma (Equador) e Claudio Echeverri (Argentina), reconhecidos como grandes prospectos do futebol mundial e mostrando o valor e as expectativas crescentes dos clubes em torno desses jovens. Estevão comemora gol pelo Palmeiras Marcos Ribolli Europa leva jovens jogadores com força Recentemente, o Chelsea contratou Estevão, de 17 anos e uma das maiores promessas brasileiras, do Palmeiras. Ele ofereceu ao garoto um contrato longo até 2033. Porém, ele só ingressará no clube londrino na próxima janela de transferências do verão, em 2025, quando completará 18 anos. Da mesma forma, o equatoriano Kendry Páez, do Independiente del Valle, também foi vendido ao Chelsea. + Confira a tabela do Campeonato Saudita Outros clubes também fazem o mesmo movimento. Justin Lerma foi negociado com o Borussia Dortmund e o argentino Echeverri irá para o Manchester City. Kendry Páez comemora gol em Independiente Del Valle x Palmeiras Franklin Jacome/Getty Images — O futebol na América do Sul ainda está muito abaixo do nível europeu, principalmente em termos de formação e cobrança. Como resultado, os clubes europeus procuram negociar com os jovens atletas antes de completarem dezoito anos, de forma a integrá-los nas suas estruturas assim que atingirem a maioridade. Para um jogador de elite, limitar seu desenvolvimento ao cenário sul-americano por uma década ou mais não é vantajoso — afirma Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, agência norte-americana dirigida pelo cantor Jay-Z e que administra suas carreiras. de atletas como Endrick, Vini Jr. e Lucas Paquetá. + Ex-Sport, Pedro Lima estreia pelo Wolverhampton com assistência, bola bate na trave e vitória Endrick passou por situação semelhante; Contratado pelo Real Madrid aos 16 anos no final de 2022, só foi integrado ao elenco após completar 18 anos, no dia 21 de julho deste ano. Outra jovem promessa recentemente vendida ao exterior foi o lateral Pedro Lima, ex-Sport e tratado como “herdeiro de Cafu”, que assinou com o Wolverhampton, da Inglaterra, antes de completar 18 anos. O Forest trouxe o meio-campista Danilo, ex-Palmeiras, e o zagueiro Murillo, revelou pelo Coríntios. O Brighton também se consolidou como um time atraente para os prospectos latinos, com as aquisições dos equatorianos Moisés Caicedo e Jeremy Sarmiento, do paraguaio Julio Enciso e do argentino Facundo Buonanotte. O lateral Pedro Lima fez sua estreia oficial pelo Wolverhampton Wolverhampton/Divulgação O Paris Saint-Germain também vem buscando esse perfil de atleta e trouxe jogadores como Lucas Beraldo e Gabriel Moscardo. Além disso, o West Ham aderiu ao movimento e recentemente assinou contrato com Luis Guilherme, de 18 anos, ex-Palmeiras. + Luis Guilherme se despede de um dos maiores vendedores do Palmeiras: “Até logo” Por isso, os clubes sul-americanos enfrentam grandes dificuldades para manter jovens talentos em seus elencos devido à significativa diferença financeira em relação aos principais centros esportivos globais. Porém, Renê Salviano, especialista em marketing esportivo e CEO da agência Heatmap, destaca que esses movimentos podem trazer benefícios importantes para os times de futebol da América Latina. — As seleções sul-americanas vêem cada vez mais os seus talentos transferidos para a Europa numa fase mais precoce. Esses movimentos acabam trazendo benefícios tanto para os clubes quanto para os jogadores. A transferência para grandes equipas europeias não só aumenta a exposição dos atletas, mas também fortalece a sua posição como perspectivas crescentes. Além disso, essas transações geram um ganho financeiro significativo para os clubes onde os jogadores estiveram, destacando os benefícios tanto no desempenho esportivo quanto nos resultados financeiros que têm origem na base — analisa o executivo. Luis Guilherme assina contrato no West Ham Divulgação/West Ham Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports, por sua vez, destaca que antecipar as transferências desses jovens talentos pode dificultar a criação de uma ligação sólida com seu país e com os clubes que jogam para. foram desenvolvidos. —O mercado europeu tem concentrado sua atenção na aquisição de jogadores de futebol sul-americanos, resultando em transferências cada vez mais antecipadas. Esse fenômeno muitas vezes impede que os atletas alcancem o status de ídolo e o pleno reconhecimento dos torcedores de seus países de origem — explica Fábio.

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