Os candidatos fizeram cerca de 20 pedidos de direito de resposta por infrações. Houve pouca apresentação de propostas, que se concentraram nos últimos blocos. Os apelidos dominaram o debate. Debate realizado pela Gazeta. Reprodução O debate realizado pela Gazeta, no Auditório da Gazeta, na Avenida Paulista, na noite de domingo (1º) foi marcado por insultos e troca de acusações entre os candidatos a prefeito de São Paulo. Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB) participaram do debate. A mediação foi realizada pela jornalista Denise Campos de Toledo. Houve cerca de 20 pedidos de direito de resposta durante o período. Os candidatos usaram apelidos como “bananinha”, “Chatabata”, “Boules”, “fugitivo” e “tchuchuca do PCC” para se ofenderem. Ao final do terceiro bloco, Marçal provocou Datena, que saiu do púlpito e foi em direção ao treinador. A apresentadora chamou a segurança, mas eles não subiram ao palco e Datena voltou ao seu lugar. Primeiro bloco: perguntas entre candidatos, nesta ordem: Marçal, Nunes, Tabata, Boulos e Datena. Segundo bloco: perguntas feitas pelos jornalistas Terceiro bloco: perguntas sobre os temas: mobilidade, educação, saúde, meio ambiente e economia. O candidato escolhe o adversário para comentar a resposta. Quarto bloco: perguntas do público enviadas pelas redes sociais e selecionadas pelos organizadores do debate. Quinto bloco: considerações finais No primeiro bloco houve questionamentos entre os candidatos. Na ordem do sorteio, Marçal fez a primeira pergunta a Boulos e questionou o psolista sobre o episódio do comício em que a letra do Hino Nacional foi alterada para linguagem neutra. Marçal perguntou ainda se Boulos já fez uso de substâncias alucinógenas e se fez exame toxicológico. O TRE-SP multou Marçal em R$ 30 mil por publicar mentiras contra Boulos nas redes sociais. Segundo o juiz Rodrigo Marzola Colombini, da 2ª Zona Eleitoral, Marçal usou as redes sociais para espalhar propaganda eleitoral negativa e inverídica contra Boulos, dizendo que seu adversário já havia sido preso com drogas e é “viciado em drogas”. Boulos respondeu chamando Marçal de “criminoso condenado”. E afirmou que o candidato do PRTB foi “condenado por humilhar funcionários”. Em seguida, Nunes perguntou a Marçal como ele lidaria com os problemas de segurança pública da cidade. O atual autarca disse ainda que membros do partido de Marçal têm ligações ao PCC. Marçal respondeu chamando Nunes de “banana” e “amante de Bolsonaro”. E, mais uma vez, Nunes respondeu chamando Marçal de “tchuchuca do PCC”. Tabata questionou Nunes sobre a queda nos índices de alfabetização e a posição da capital no Ideb. Nunes respondeu que São Paulo está “acima da média” nos índices do Ideb em comparação com outras capitais. Ele admitiu que nos anos iniciais o índice caiu, mas ainda são melhores que as demais capitais. Boulos então questionou Datena sobre a falta de médicos, falta de remédios e filas para cirurgias. Datena apresentou propostas para eliminar filas, deixando as Unidades Básicas de Saúde (USB) abertas 24 horas para atendimento, mas também fez acusações contra Nunes durante sua fala. O último a perguntar foi Datena, que questionou Tabata sobre o crime organizado na política. Durante sua resposta, Tabata afirmou que entrará com uma ação na Justiça Eleitoral contra Pablo Marçal. Ela também criticou a gestão Ricardo Nunes em relação ao caso dos supostos milicianos da Cracolândia. Segundo, terceiro e quarto bloco No segundo bloco, os jornalistas fizeram perguntas a cada candidato, com direito a escolher outro candidato para comentar a resposta. Entre os temas das questões estavam segurança pública, privatizações e campanha política. No terceiro bloco foram selecionados temas específicos: segurança, zeladoria, mobilidade, educação, saúde, meio ambiente e economia. Cada candidato escolheu um oponente para comentar a resposta. Mais uma vez, os candidatos ficaram ofendidos e a organização chegou a pedir que os candidatos se chamassem apenas pelo nome. Mesmo assim, Nunes chamou Boulos de invasor e o candidato do Psol chamou o prefeito de ladrãozinho. Datena e Marçal também se sentiram ofendidos durante o bloqueio. O treinador provocou o apresentador que saiu do púlpito e se aproximou de Marçal, que continuou provocando. A mediadora ainda chamou a segurança no palco, mas Datena voltou ao seu lugar. No quarto bloco, os candidatos deveriam apresentar propostas respondendo a perguntas enviadas por internautas e selecionadas pela organização. Foram discutidos temas como saúde, zeladoria e Cracolândia.
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