O cenário de discussão sobre os rumos dos juros no Brasil e nos Estados Unidos continua no foco dos agentes de mercado, numa terça-feira sem muitos indicadores relevantes. A participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento do BTG Pactual pela manhã deve ser acompanhada de perto pelos investidores, em um dia que não traz grandes novidades pela frente, que poderia manter os ativos financeiros nacionais com flutuações contidas no início da sessão.
No exterior, aliás, esse ambiente é o que foi colocado em cima da mesa. Às 8h, os futuros do índice de ações de Nova York oscilavam em torno da estabilidade, assim como os rendimentos do Tesouro e o índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de seis outras principais moedas. Ontem, Wall Street teve um dia de ganhos, numa altura em que o mercado tem sido impulsionado pela perspectiva de cortes nas taxas de juro por parte da Reserva Federal (Fed). Não é coincidência que o dólar tenha perdido força globalmente.
O exterior tem fornecido a base para os movimentos dos ativos domésticos, mas fatores locais também têm sido decisivos para a magnitude de toda a valorização observada nos mercados brasileiros. Ontem, o dia marcou forte queda do dólar, que testou abaixo de R$ 5,40, ao mesmo tempo em que o Ibovespa renovou máximas históricas. A percepção de que a futura composição do conselho do Banco Central não será tolerante com a inflação apoiou uma forte retirada dos prémios de risco dos activos financeiros.
Nesse sentido, também ganha destaque a condução da política monetária no curto prazo, em meio à crescente aposta de que o BC aumentará novamente a taxa básica de juros. Em entrevista ao jornal “O Globo”, Campos Neto não deu muitas pistas sobre os próximos passos na gestão de juros, mas destacou que é preciso manter a calma em momentos de volatilidade e, assim como o diretor Gabriel Galípolo no dia anterior, mostrou-se mais dependente de dados, além de voltar a comentar possíveis consequências do aperto do mercado de trabalho sobre a inflação de serviços.
A participação de Campos Neto em evento do BTG, portanto, deve ser observada com atenção, principalmente depois que Galípolo endureceu o tom e ajudou a cristalizar as apostas em torno da alta da Selic em setembro. Ontem, casas importantes, como XP e BTG Pactual, começaram a adotar em seus cenários a possibilidade de retomada do aperto monetário pelo BC no próximo mês, com um ciclo que se estenderia até a Selic atingir 12% no início de 2025.
empréstimo pessoal do banco pan
simulador de empréstimo de caixa aposentado
empréstimo consignado para assalariados
The post Manhã de mercado: Sinais de juros nos EUA e no Brasil devem orientar ativos locais | Finanças apareceu primeiro em WOW News.