Lojas Americanas registrou prejuízo de R$ 2,3 bilhões em 2023, segundo balanço divulgado na noite desta quarta-feira (14) pela empresa. É a primeira publicação com os resultados consolidados do ano passado, depois que a fraude bilionária que levou a varejista à recuperação judicial se tornou pública em janeiro de 2023.
Segundo o documento, o prejuízo de 2022 foi atualizado de R$ 12,9 bilhões para R$ 13,2 bilhões. Em 2023, a receita líquida caiu 42,1%, para R$ 14,9 bilhões. O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi negativo em R$ 2,4 bilhões, variação de 26,2% frente aos R$ 3,2 bilhões negativos registrados em 2022.
“O resultado de 2023 foi marcado negativamente pelo impacto operacional da crise e pela redução de receitas, incluindo os custos adicionais de investigação e recuperação judicial, e parcialmente compensado pelos impactos fiscais”, afirmou Americanas.
As ações da empresa fecharam ontem cotadas a R$ 0,33, caindo 19,5%, devido aos resultados esperados.
Perda no segundo trimestre
Americanas teve prejuízo de R$ 1,9 bilhão no segundo trimestre, aumento de 48,1% na comparação anual. A receita da varejista em recuperação judicial atingiu R$ 3,1 bilhões entre abril e junho, queda de 8,6% em relação ao mesmo período de 2023.
A empresa teve lucro de R$ 433 mil no primeiro trimestre, após prejuízo de R$ 1,9 bilhão um ano antes. A receita cresceu 3% nos três primeiros meses do ano, para R$ 3,7 bilhões.
O resultado financeiro da Americanas foi negativo em R$ 1,6 bilhão nos primeiros seis meses de 2024, ante R$ 1,4 bilhão no mesmo período de 2023, com maiores despesas financeiras no período.
A dívida da varejista em junho era de R$ 38,9 bilhões, ante R$ 33,4 bilhões ao final de 2023. O patrimônio líquido da empresa ficou negativo em R$ 30,4 bilhões ao final de junho, ante R$ 28,9 bilhões ao final de 2023, uma piora devido ao saldo apresentado.
Em junho, a Americanas divulgou dados do balanço de 2023 e do primeiro trimestre de 2024, mas ainda não haviam sido auditados. Em julho, o conselho de administração de Lojas Americanas aprovou o aumento de capital da empresa.
Parte desse valor vem do aporte de R$ 12 bilhões dos acionistas de referência, o trio Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles. Isso inclui dinheiro novo e conversão de empréstimos de bilionários para o varejista.
O aumento, que havia sido aprovado em assembleia geral extraordinária no dia 21 de maio, teve valor total de emissão de R$ 24,46 bilhões, segundo comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). As novas ações só poderão ser negociadas a partir desta quinta-feira (15).
Há cerca de um mês, a empresa informou que uma investigação de um comitê independente confirmou fraudes contábeis responsáveis por inconsistências no balanço.
Essas inconsistências levaram ao pedido de recuperação judicial da empresa em janeiro de 2023.
Em documento à CVM, a empresa disse que as provas apresentadas pelo comitê confirmam a existência de fraude contábil.
Quatorze pessoas ligadas à varejista são investigadas por crimes de manipulação de mercado, uso de informação privilegiada e associação criminosa.
No dia 1º de julho, a ex-diretora das Lojas Americanas Anna Saicali chegou a São Paulo e entregou o passaporte à Polícia Federal, como parte das investigações sobre fraudes na empresa. Ela estava em Portugal desde 15 de junho.
No dia 29 de junho, Miguel Gutierrez, ex-CEO das Lojas Americanas, foi libertado pelas autoridades espanholas, após ter sido preso pela polícia espanhola em Madrid no dia anterior.
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