Entre 2021 e 2023, o estado registrou 1.500 casos de estupro contra crianças e adolescentes de até 19 anos. Os dados são da Unicefe do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Roraima registrou 1.500 estupros nos últimos três anos. Reprodução/TV Globo/Arquivo Roraima registrou 1,5 mil casos de estupro contra crianças e adolescentes nos últimos três anos, segundo estudo divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Entre 2021 e 2023, os casos de violência sexual contra crianças de 0 a 19 anos cresceram 22% em todo o estado. Os dados foram publicados nesta terça-feira (13). Segundo o estudo, ocorreram 453 estupros em 2021, o que equivale a uma média de 1,2 casos por dia. Em 2022, foram registados 535 casos de violência sexual, mais 82 casos do que no ano anterior. Em 2023, ocorreram 556 estupros. Acesse o canal g1 Roraima no WhatsApp Em todo o Brasil, mais de 164 mil meninos e meninas foram vítimas de violência sexual nos últimos três anos. Só no ano passado, foram 63.430 casos, o que equivale a um estupro a cada 8 minutos no país. No Brasil, a violência sexual tem afetado crianças menores, de até 4 anos. Em Roraima, a maioria das vítimas são crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Segundo o estudo, em 2023, esse grupo apresentava o maior índice do estado. LEIA TAMBÉM: Roraima tem o maior índice de estupro de mulheres e meninas do Brasil Estupro contra crianças e adolescentes cresce 35% no Brasil 15 mil crianças e jovens foram assassinados no Brasil em 3 anos A pesquisa mostra que a residência da vítima é o local de maior prevalência de violência sexual no Brasil. Entre as vítimas de 10 a 14 anos, 65,5% dos crimes ocorreram em casa, 23,1% ocorreram em outros lugares e 11,4% ocorreram nas ruas. No caso das vítimas de 15 a 19 anos, a violência ocorreu em casa em 59% dos casos. A maioria absoluta dos autores são conhecidos das vítimas, o que evidencia o facto de a violação ser um crime que acontece na maioria das vezes em ambiente familiar. Entre as vítimas de 10 a 14 anos, 85,7% dos perpetradores são conhecidos. No caso das vítimas entre 15 e 19 anos, 78,4% dos autores são conhecidos. Embora a legislação brasileira estabeleça que adolescentes são pessoas de 12 a 18 anos, o estudo considera dados de vítimas de até 19 anos — isso porque as faixas etárias analisadas são as mesmas utilizadas nos registros do Sistema Único de Saúde (DataSus), que segue determinação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Leia outras notícias do estado no g1 Roraima.
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