O líder de 73 anos, que recentemente passou por uma cirurgia cardíaca, foi preso na semana passada, no final de uma vigília numa praça de Caracas. Manifestação contra Maduro na Venezuela Reuters/Leonardo Fernandez Viloria O ex-deputado e líder da oposição Williams Dávila, detido na semana passada na Venezuela em meio a uma onda de prisões por protestos pós-eleitorais, foi hospitalizado em “estado grave”, segundo relato feito nesta quarta-feira ( 14) para seu filho. “Ele foi internado com febre alta, desidratação profunda e uma infecção urinária grave que evoluiu para prostatite aguda com risco de septicemia”, disse Williams Dávila Valeri à Agence France Presse (AFP). “Ele está sendo tratado no Hospital de Clínicas Caracas sob custódia do Sebin (serviço de inteligência). Ainda não conseguimos ver”, acrescentou. O dirigente, de 73 anos e recentemente submetido a uma cirurgia cardíaca, foi preso nesta quinta-feira (8), ao final de uma vigília em uma praça de Caracas, capital do país. No encontro, os manifestantes apelaram à liberdade dos “presos políticos”, depois de mais de 2.400 pessoas terem sido detidas por protestos contra a reeleição de Nicolás Maduro, considerada fraudulenta pela oposição. Clique aqui para acompanhar o canal internacional de notícias g1 no WhatsApp As autoridades não comentaram a prisão do líder nem os crimes de que o acusam. O ex-deputado Américo De Grazia também foi detido na quinta-feira em circunstâncias ainda não esclarecidas. A oposição liderada por María Corina Machado reivindica a vitória de Edmundo González Urrutia e afirma ter provas que o comprovam, enquanto Maduro e o seu governo os acusam de instigar um “golpe de Estado” e exigem a prisão de ambos. O Ministério Público abriu uma investigação criminal contra líderes da oposição. A comunidade internacional manifestou preocupação com as detenções e pediu detalhes da contagem dos votos, que a autoridade eleitoral ainda não divulgou. Leia também: Eleições tiveram irregularidades sem precedentes nas democracias contemporâneas, diz Conselho Eleitoral da ONU chama-as de ‘ilegais’ Relatório da ONU critica eleições na Venezuela Maduro e María Corina Machado já descartaram a realização de novas eleições Oposição venceu, indicam atas Segundo o Conselho Nacional Eleitoral Comissão (CNE), o presidente venezuelano foi reeleito com 52% dos votos, contra 43% do seu adversário, Edmundo González Urrutia, mas não publicou os detalhes da votação, alegando que o sistema de votação foi hackeado. A oposição denunciou a fraude e afirmou ter 80% dos minutos, o que comprova a vitória de González Urrutia. O chavismo rejeita as provas apresentadas pela oposição e as classifica como falsas.
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