Assessor Especial do Presidente, Celso Amorim disse, nesta quarta-feira (7), que “teme muito” com a possibilidade de agravamento da situação crise na Venezuela resultar em um guerra civil. Ele fez a afirmação em entrevista ao Globonews, quando questionado sobre qual seria o pior cenário diante do impasse no país vizinho, que passou por turbulentas eleições presidenciais no dia 28 de julho.
“O pior cenário é ficarmos com esta questão, condenarmos um, condenarmos outro… Tenho muito medo que possa haver um conflito muito grave. Não quero usar a expressão guerra civil, mas tenho muito medo”, disse Amorim.
Defendeu a mediação internacional para que haja um “entendimento”. Mas disse que, para o conseguir, é preciso haver “flexibilidade de todas as partes”, referindo-se ao sanções impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia contra Caracas.
“E acho que temos que trabalhar para que haja um entendimento. Isto requer conciliação. E a conciliação exige flexibilidade de todas as partes. Porque é que os EUA mantiveram sanções violentas quando já existia um processo de negociação? Porque é que a União Europeia manteve sanções quando o senhor foi convidado para ser observador?”
Amorim: Brasil não dará ultimato
Amorim afirmou que não dará “ultimato” a Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, apresentar a acta comprovativa do resultado das eleições presidenciais, que tanto ele como a oposição afirmam ter vencido.
Em entrevista à Globonews, Amorim afirmou que o Brasil continuará investindo no diálogo interno e no cenário internacional como forma de pacificar o país vizinho.
Ele esteve na Venezuela durante as eleições e se encontrou com Maduro no dia seguinte às eleições. Na altura, recebeu a promessa do líder venezuelano de que a ata seria divulgada “nos próximos dias”, o que não aconteceu até agora. Embora não queira estabelecer prazo para que o tribunal eleitoral venezuelano divulgue a ata, Amorim disse que Maduro está ciente de que pode haver “cansaço”
“Não haverá ultimato”, disse ele. “Mas ele [Maduro] entenda que chegará um momento em que haverá cansaço [se a divulgação das atas demorar a acontecer].
Esperando por uma chamada
O principal conselheiro internacional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ele também disse não acreditar que um tão esperado telefonema entre Maduro e os presidentes Lula, López Obrador (México) e Gustavo Petro (Colômbia) acontece nesta quarta-feira (7).
Maduro pede há dias um telefonema com Lula, mas a posição no Planalto, no momento, é que o presidente brasileiro só conversará com o venezuelano em um diálogo conjunto com Petro e Obrador. “Mais importante do que o telefonema ao presidente Maduro, que pode acontecer em algum momento, é a colaboração entre Brasil, México e Colômbia, que já abordaram o assunto”, disse.
“Nunca tive essa expectativa [de um telefonema nesta quarta]. Poderia ser. Mas é mais importante que os três presidentes falem entre si e saibam conduzir uma conversa que poderia ser com Maduro, mas também poderia ser com o candidato da oposição. [Edmundo Gonzalez] a qualquer momento.”
Amorim disse que o tom adotado pelo Brasil até agora lhe dá credibilidade para conversar com os venezuelanos. Segundo Maduro, o fato de Brasil, Colômbia e México terem governos “progressistas” também contribui para que esses países tenham a confiança do governo Maduro para dialogar.
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