Em seus 22 anos de carreira na WEG, Rodrigo Fumo atuou em diversas áreas de tecnologia, pesquisa e desenvolvimento da empresa. Não só no Brasil, mas também em unidades nos Estados Unidos, Áustria e China, até assumir, em abril deste ano, o cargo de diretor superintendente de motores industriais da multinacional. Nesse período, o executivo conheceu algumas coisas sobre a cultura da empresa catarinense, vencedora do prêmio Valor Inovação na categoria eletroeletrônicos e uma das dez empresas mais inovadoras do país. “Temos uma mentalidade de melhoria contínua, engajamento e persistência para chegar onde queremos, o que faz parte da filosofia da WEG desde a sua fundação e que é fundamental para a inovação”, explica. Na prática, isso significa impulsionar os negócios.
Em 2023, a empresa investiu R$ 832,5 milhões em pesquisa e desenvolvimento, equivalente a 2,6% da receita operacional líquida do ano. “Vemos a inovação como uma força motriz e um ambiente provocador”, continua Fumo. “É isso que nos leva a buscar o que fazer de diferente para estarmos à frente do mercado e melhor posicionados que nossos concorrentes, não só no Brasil, onde temos entre 80% e 85% do mercado de motores elétricos, mas também no mercado cenário mundial. “, ele afirma.
Portanto, a inovação é uma alavanca que permite à WEG capturar novas oportunidades de negócios em todo o mundo. “Se você não inova, seu crescimento fica limitado”, diz Fumo. O diretor acrescenta que a inovação envolve riscos calculados. E isso está previsto na estratégia da WEG. “Costumo dizer que investimos pequenas moedas em iniciativas complementares ao nosso negócio principal e escalamos projetos passo a passo para diluir o risco.”
Tradução: a empresa não investe grandes somas em projetos absolutamente novos, em áreas nas quais não possui expertise. Uma política alinhada à estratégia de internacionalização própria da WEG, que busca verticalizar suas cadeias produtivas nos países onde atua. “Começamos um projeto aos poucos, vamos fazendo com os fornecedores, até começarmos a fazer a maior parte internamente, para maximizar as nossas margens”, explica Fumo.
Hoje, a WEG conta com 32 centros de P&D, sendo 11 no Brasil e 21 no exterior. Além disso, possui 128 laboratórios espalhados pelo mundo para testar produtos e fornecedores. “Isso é fundamental para garantir que entregamos sempre a mesma qualidade e confiabilidade da matriz, em todos os mercados”, afirma o executivo. A estrutura global de pesquisa também permite à WEG testar peças e materiais alternativos que permitem à empresa reduzir custos sem perder qualidade.
A utilização da prototipagem virtual também auxilia na redução de riscos em novos lançamentos de produtos e soluções WEG no mercado global. “Usamos essa tecnologia para simular o comportamento dos produtos, antes mesmo da construção do primeiro protótipo físico”, explica Fumo.
Outra vantagem da estrutura laboratorial é reduzir o tempo de chegada de novos produtos ao mercado. Fumo diz que isso é essencial para a competitividade. “Quando você chega mais cedo ao mercado, com um produto inovador, você consegue uma margem melhor”, explica. Para isso, a WEG utiliza mais de seis décadas de bases de testes e histórico de desempenho para dar mais assertividade aos resultados dos experimentos em nível global.
“O processo é contínuo”, diz Fumo. “Um produto lançado há dez anos, como o motor elétrico W22, por exemplo, é hoje muito mais eficiente e robusto, além de ter um custo bem menor.” Segundo ele, essa capacidade de evolução é o que mantém a empresa na liderança. “Quando um concorrente se aproxima, já temos outra inovação em preparação para nos mantermos à frente.”
Fumo lembra que o processo de inovação da empresa se acelerou a partir da década de 1990, quando a WEG chegou a mercados como Estados Unidos e Europa, onde o nível de exigência de qualidade era maior. “Imagine, você vende motores para os alemães”, diz ele. Isso forçou a empresa a investir em tecnologia de design e fabricação. “Cada movimento foi importante para isso, desde a abertura dos primeiros escritórios comerciais até a implantação de fábricas, com produtos adequados à realidade de cada mercado”, comenta o diretor. Ele conta que os produtos de entrada da WEG no mercado chinês, há 20 anos, não tinham o mesmo padrão dos produtos vendidos pela empresa no mercado europeu, por exemplo.
O processo de inovação também permitiu à WEG estender sua atuação para outros segmentos de negócios, como automação e energia, que também incluem equipamentos de transmissão e distribuição elétrica, e tintas. Em 2022, a empresa criou a unidade WEG Digital, spin-off da área de automação, para explorar as possibilidades da indústria 4.0.
Fumo conta que a nova unidade começou com um projeto de utilização de sensores no chão de fábrica da planta de fios de cobre da WEG, em Jaraguá do Sul, Santa Catarina. A ideia era monitorar o funcionamento da linha de produção para otimizar as operações industriais, reduzindo o número de paradas. Com o tempo, a empresa viu outras possibilidades.
“Temos motores, grandes máquinas conectadas. Por que não incorporar sensores conectados à Internet em nossos produtos para monitorar os equipamentos que vendemos aos nossos clientes?” ele pergunta. Isso reduziria custos de manutenção e otimizaria o funcionamento de motores e equipamentos, agregando valor aos produtos da empresa. O negócio deu tão certo que, hoje, os sensores WEG Digital podem ser instalados até em equipamentos de terceiros.
A WEG também segue atenta às tecnologias disruptivas. Há dois anos lançou o Programa de Upskilling em Inteligência Artificial, um programa de formação em inteligência artificial (IA) que já formou quase uma centena de colaboradores da empresa. “Através da IA aplicada em laboratórios, reduzimos o tempo de testes de motores, diminuindo em até 40% o consumo de energia”, afirma Fumo.
A tecnologia também tem sido usada para acelerar o desenvolvimento e as entregas de produtos. “Não usamos IA para substituir pessoas, mas para tornar o processo mais rápido”, explica Fumo. IA começa a ser aplicada na WEG Digital, para gerar diagnósticos avançados de equipamentos. “Ele permite monitorar o comportamento de uma máquina e aprender com esse padrão, para gerar alertas específicos e possibilitar uma melhor tomada de decisão.”
A política de inovação da WEG também inclui parcerias. Além da plataforma de inovação aberta, onde a empresa lança desafios para startups, a multinacional brasileira também assinou um acordo com o Massachusetts Institute of Technology (MIT), que dá acesso ao banco de dados de pesquisas da universidade norte-americana, bem como ao treinamento e webinars, sem custo para os funcionários. “Além disso, temos parcerias importantes com universidades brasileiras, como USP e UFSC, e com entidades como Senai, Embrapii [Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial] e o Instituto Euvaldo Lodi, entre outros”, lista Fumo. A empresa conta com 52 projetos com universidades, TICs, startups e empresas, 210 soluções tecnológicas avaliadas de startups e 16 provas de conceito realizadas com startups.
Os resultados de todo esse esforço podem ser mensurados: hoje, 59,1% dos produtos do portfólio WEG foram lançados nos últimos cinco anos. “Isso é inovação virando receita”, resume Fumo. “Definitivamente, no final das contas, inovar vale muito a pena.”
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