Hamilton Dias de Moura foi morto a tiros, na Zona Oeste de BH, em julho de 2020, por causa de um desentendimento com o sindicalista Ronaldo Batista de Morais. Justiça condena quatro envolvidos no assassinato do vereador de Funilândia, Marcelo Almeida/TJMG A Justiça condenou quatro envolvidos no assassinato de Hamilton Dias de Moura, vereador de Funilândia (MG). O parlamentar foi morto a tiros, na Região Oeste de BH, em julho de 2020, por causa de um desentendimento com o sindicalista Ronaldo Batista de Morais, segundo as investigações (relembre o caso abaixo). O julgamento no Tribunal do Júri de Belo Horizonte começou na última segunda-feira (29) e terminou nesta sexta-feira (2). Os arguidos foram condenados a penas distintas, por diferentes participações no crime: Ronaldo Batista de Morais, apontado como mandante e responsável pela entrega do pagamento ao autor do homicídio, foi condenado a 26 anos e seis meses de prisão; Antônio Carlos Cesário, denunciado como um dos autores do crime, foi condenado a 22 anos e nove meses de prisão; Leandro Félix Viçoso, identificado como atirador, foi condenado a 23 anos e um mês de prisão; Fernando Saliba, acusado de apoiar a execução do crime, foi condenado a 14 anos e dois meses de prisão. A juíza Myrna Fabiana Monteiro Souto negou ao quarteto, que já estava preso, o direito de recorrer em liberdade. Tiago Ribeiro de Miranda e Deborah Caetano Felix Aragão, também citados na denúncia, foram absolvidos pelos jurados. O sétimo réu, Filipe Viçoso, foi beneficiado pela transação penal e teve o processo penal suspenso nesta quinta-feira (1º). Esse tipo de acordo é firmado com o Ministério Público para evitar uma condenação mediante o cumprimento de algumas medidas propostas pelo órgão. Relembre o caso Vereador de Funilândia, Hamilton de Moura, é encontrado morto em BH Divulgação Vereador Hamilton Dias de Moura, de Funilândia (MG), foi encontrado morto dentro de um carro, em frente à estação de metrô, na Zona Oeste de Belo Horizonte , em 23 de julho de 2020. Segundo as investigações, a motivação do crime envolveu um desentendimento iniciado cerca de dez anos antes, quando o parlamentar e sindicalista Ronaldo Batista, que integrava o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários e da Região de Belo Horizonte (STTRBH), foram para lados opostos. Segundo denúncia do Ministério Público, após Ronaldo assumir a presidência do sindicato em 2011, Hamilton foi afastado. Estabeleceu um novo órgão de classe e passou a se opor ao STTRBH, cooptando membros da entidade. Ronaldo perdeu renda e virou alvo de ações judiciais de ex-integrantes, incentivados pelo novo sindicato e por denúncias de Hamilton ao Ministério Público do Trabalho. As investigações concluíram que o dirigente sindical liderava uma organização criminosa, envolvida em fraudes e desvios de valores em sindicatos, e planejou o assassinato, junto com os irmãos Gerson Geraldo Cesário e Antônio Carlos Cesário. Segundo a investigação, os três contrataram o ex-policial criminal Leandro Félix Viçoso e o policial militar Felipe Vicente de Oliveira para a prática do crime, mediante pagamento de R$ 40 mil. Junto com Fernando Saliba, a dupla passou a monitorar a rotina da vítima e, como Hamilton vendia lotes na cidade, ele fingiu estar interessado na compra. Além disso, ele usou um perfil falso de mulher nas redes sociais para marcar um encontro com o vereador. A investigação apurou que o responsável pelo tiroteio foi o ex-policial criminal, que contou com a ajuda de Saliba. Os demais réus tiveram participações diversas. Thiago Viçoso foi contratado para adulterar o cano da arma, para que não fosse identificado em uma possível perícia. Fernando pediu ainda a Tiago Ribeiro de Miranda que alterasse a matrícula do veículo que os autores do crime utilizavam no dia do crime. Uma mulher foi acusada de guardar e transportar a arma usada no homicídio. Outras condenações Em 2022, o policial militar Felipe Vicente de Oliveira foi condenado a 17 anos de prisão, após ser apontado como um dos autores da morte do vereador. No entanto, ele assinou um acordo judicial e teve sua pena reduzida para dez anos de prisão. No mesmo julgamento, o réu Thiago Viçoso de Castro foi condenado a quatro anos e três meses de prisão por fraude processual e porte ilegal de armas, mas foi absolvido das acusações de participação na organização criminosa e de adulteração da arma utilizada no crime. . A punição de Gerson Geraldo Cesário foi eliminada porque ele morreu durante o processo. Os vídeos mais vistos no g1 Minas:
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